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Homenagem da Assembleia aos 15 anos dos campi Realeza e Laranjeiras do Sul da UFFS

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A Assembleia Legislativa do Paraná homenageou a Universidade Federal da Fronteira Sul (UFFS), campi de Realeza e de Laranjeiras do Sul, pelos seus 15 anos de história no estado. Por proposição dos deputados estaduais Luciana Rafagnin (PT) e Professor Lemos (PT), uma sessão solene foi realizada na quinta-feira (12), nos dois municípios, onde foram entregues menções honrosas à reitoria da instituição, docentes, estudantes e servidores.

A UFFS foi criada em 2009 e nasceu da luta dos movimentos sociais, das organizações do movimento pró-universidade, lideranças da agricultura familiar e camponesa, prefeitos dos municípios, além do apoio determinante do governo federal.

A deputada Luciana Rafagnin participou do movimento social pró-universidade, que encampou a proposta nos três estados do Sul, e defendeu a instalação dos campi paranaenses. Ela foi uma das defensoras do campus de Realeza, que inicialmente não estava programado.

Para a deputada, é uma satisfação saber que, nesses 15 anos de história, a instituição vem cumprindo as metas traçadas pelos movimentos populares, quando se constata que 96% dos estudantes são oriundos de escolas públicas e a maioria é composta por jovens nascidos na região. “Essa conquista é fruto da organização dos movimentos para ter uma universidade que trabalhasse mais a realidade da nossa região. Foi tijolo por tijolo colocado por várias pessoas que buscaram esse sonho.”

O deputado Professor Lemos também destacou a importância de construir o campus de Laranjeiras do Sul dentro do assentamento 8 de Julho. “Cederam esse espaço para que a universidade fosse construída. O MST, ao lado de outros movimentos, lutou muito para que essa universidade fosse inclusiva, acolhendo alunos de escolas públicas, inclusive indígenas”, afirmou.”

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A aluna Jocieli Fidêncio Ferreira, kaingang da Terra Indígena Rio das Cobras, foi uma das homenageadas e destacou a possibilidade de entrar numa universidade pública. “A UFFS abriu as portas para a gente, agradeço muito por estar aqui”, afirmou a estudante do curso de Licenciatura em Educação do Campo: Ciências Sociais e Humanas.

Atualmente, o campus de Laranjeiras do Sul possui 600 estudantes e oferece cursos em diversas áreas, como Licenciatura em Educação no Campo, Pedagogia, Ciências Sociais, Agronomia e Engenharias, além de Mestrados em Agroecologia e Desenvolvimento Rural Sustentável e em Ciência e Tecnologia de Alimentos. Em 15 anos, 772 estudantes já se formaram.

Em Realeza, estão matriculados 800 alunos na graduação e 66 na pós-graduação. O campus oferece 8 cursos de graduação, especialização em Direitos Humanos e Mestrado em Saúde, Bem-Estar e Produção Animal Sustentável na Fronteira Sul. São1028 alunos formados desde a criação do campus.

O reitor José Alfredo Braida destacou que, ao longo da história, a universidade passou de 33 para 54 cursos, oferecendo 19 cursos de pós-graduação e 2.203 vagas anuais para alunos de escolas públicas. “A universidade vem mudando a realidade de nossa gente, oferecemos duas refeições por dia a esses estudantes, que vêm em busca de um sonho. Temos alunos hoje trabalhando na Espanha, no Pará e também em nossa região”, afirmou.

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O diretor do campus de Laranjeiras do Sul, Fabio Lazzarini, lembrou que, em 2009, pensar numa universidade pública do tamanho da UFFS era uma utopia. “E utopia é um sonho a ser construído que deu certo”. Ele anunciou que está em andamento o processo de instalação do inédito curso de Direito na UFFS.

Antes da sessão solene em Realeza, houve uma mesa-redonda sobre os primeiros 15 anos e as perspectivas futuras, para discutir o projeto de expansão do ensino superior na região Sudoeste.

Participaram da mesa os integrantes do movimento pró-universidade: o reitor da UFFS, João Alfredo Braida; o professor do IFPR – Campus Capanema, Jaci Poli; Célio Boneti; Cristiane Katzer, da Assesoar; o ex-deputado federal Assis Miguel do Couto; Elizandro Paulo Krajczyk, da Fetraf; e Luiz Pirin.

Presenças

Diretor do campus de Realeza, Marcos Antonio Beal; prefeito de Laranjeiras do Sul, Berto Silva; vice-reitora da UFFS, Sandra Hopner Pierozon; presidente do Conselho Comunitário de Campus de Laranjeiras do Sul, Mirian Maria Kunrath; vice-prefeito de Realeza, Moacyr Oldra, entre outras lideranças.

Fonte: ALPR PR

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Assembleia recebe a exposição “Araucárias Vivas” do artista plástico Toto Lopes

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“Araucárias Vivas” é o tema da exposição do artista plástico Toto Lopes, aberta nesta segunda-feira (05), no Espaço Cultural da Assembleia. A mostra, uma iniciativa da deputada Cristina Silvestri (PP), é um convite à reflexão sobre a relação entre arte, natureza e sustentabilidade, através de esculturas únicas que emergem do refugo de tapumes de obra e compensados de madeira reflorestada. “Nós temos que valorizar o que é nosso. O Toto é um artista, eu sempre digo, que ama o Paraná. E ele consegue transmitir esse amor através da sua arte, representando a nossa história, a nossa cultura, as nossas raízes”, disse a deputada, ao destacar que o que ela mais valoriza no artista é o seu lado social, o seu lado humano.

“Ele trabalha com crianças, com idosos, com crianças especiais, transformando objetos que provavelmente iriam para o lixo em arte levando esperança às pessoas, transformando a vida deles. Além disso, ele faz pinturas lindas em hospitais de crianças e de forma voluntária. Então esse lado social do Toto também me encanta muito. Por isso, é uma pessoa que merece ser homenageada e que sua obra seja divulgada para o Paraná e para o mundo”, disse a deputada, ao entregar uma menção honrosa ao artista, como forma de reconhecimento à sua contribuição para a cultura do estado.

Presente na aberta da mostra, o presidente da Assembleia, deputado Alexandre Curi (PSD), disse que é importante valorizar aqueles que valorizam o Paraná como Toto Lopes que é um apaixonado por esse estado, e que tem no pinheiro araucária, sua principal referência. “Para nós é uma honra muito grande ter você aqui nessa Casa e, em nome dos 54 deputados, quero agradecer todo o trabalho que você faz como artista, mas principalmente o trabalho que você faz divulgando o estado do Paraná, esse estado que é pujante, de gente séria, de gente trabalhadora, que está vivendo um momento extraordinário, mas que tem que valorizar os nossos artistas”, afirmou.

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Preservação

Toto Lopes falou um pouco sobre a sua exposição. “São araucárias que são feitas com reaproveitamento de material, tapumes de obra, compensados, que eu reutilizo e transformo elas em arte”, explicou. “A escolha de trabalhar com madeira reflorestada não é apenas uma opção estética, mas uma declaração de compromisso com a preservação ambiental e a valorização dos recursos naturais”, disse, ao destacar que a coleção “Araucárias Vivas” se inspira na majestosa araucária angustifolia, uma árvore que desempenha um papel vital em nosso ecossistema, mas que está ameaçada de extinção. “Minhas esculturas servem como um poderoso lembrete da fragilidade da natureza e da importância de sua preservação”, alertou. “É uma forma de repensar nossos hábitos de consumo e a importância de uma abordagem mais consciente em relação ao meio ambiente, é promover essa jornada de transformação e conscientização ambiental através da arte”, finalizou.

O artista também tem uma ligação grande com a questão social. “Na minha infância eu tive o privilégio de participar de um projeto gratuito, que transformava a arte junto com as crianças. Eu fui privilegiado de ter participado desse projeto e eu vi que a arte realmente tem um poder de transformação na vida de pessoas. E, hoje, eu utilizo a minha arte como um reflexo de tudo que eu recebi, mas também plantando várias sementinhas aí, mostrando para as crianças que a arte pode mudar a vida delas também”, explicou. A mostra fica em cartaz até o dia 09 de maio, das 09 horas às 18 horas, no Espaço Cultural da Assembleia.

Perfil

Tanielton Lopes Pereira, conhecido como Toto Lopes, nasceu em Campo Largo (PR), é especialista em reutilização de materiais descartados e formado em artes visuais pela Universidade Federal do Paraná (UFPR). É um artista plástico autodidata, fundador da Toto Artes – Soluções Artísticas e se destaca pelo impacto social de seu trabalho.
Desde 2007, ministra oficinas de artes plásticas em projetos sociais do município de Campo Largo e Região Metropolitana de Curitiba, desenvolvendo oficinas para todos os públicos e faixas etárias, incluindo crianças com vulnerabilidade social, portadores de necessidades especiais, adultos, idosos, dentre outros.

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É idealizador e coordenador do Projeto Eco Natal que mobilizou mais de cinco mil pessoas para criar a decoração natalina de Campo Largo com materiais recicláveis; do projeto “Fazendo Arte”, que já atendeu mais de três mil crianças com vulnerabilidade social e do projeto “Medicando Alegria”, que visa levar apresentações de teatro, contação de história, música, circo para pacientes, familiares e funcionários de hospitais. Toto também é voluntariado do HI Hospital Infantil Waldemar Monastier, em Campo Largo. Além de ter suas obras reconhecidas no Brasil, o quadro “A Santa”, participou de três mostras de arte em Napoli e Roma (Itália), sendo uma delas o “Fórum Mundial da Cultura pela Paz”, organizada pena Unesco.

Premiações

O artista já recebeu diversas premiações, entre elas o prêmio de honra ao mérito “Professora Odila Portugal Castagnoli”, pelos relevantes serviços prestados a cidade e a cultura de Campo Largo; o “Prêmio Personalidades Empreendedoras do Paraná”, pelos relevantes serviços prestados para sociedade paranaense e a “Medalha das Ordens das Araucárias”, conferida pelo Tribunal Regional do Trabalho do Paraná (TRT/PR). Sua obra “Acaé Azul” foi reconhecida pelo Governo do Paraná para fazer parte do acervo artístico do cerimonial do estado, assim como a obra “Mestre Fandangueiro do Paraná”, que já faz parte do acervo artístico do Palácio Iguaçu.

Fonte: ALPR PR

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