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UEPG leva serviços de saúde e atendimentos para aldeia indígena em Ortigueira

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Em uma ação inédita, professores e alunos do curso de Medicina da UEPG foram até a Aldeia Indígena Mococa, na cidade de Ortigueira, nos Campos Gerais, com o objetivo de levar serviços de saúde para a comunidade. O projeto “Missão: Aldeia Mococa” contou com a participação de 60 estudantes.

Segundo a coordenadora do projeto, a professora e endocrinologista Janete Machozeki, o intuito da missão, realizada no mês passado, foi rastrear doenças crônicas não transmissíveis em adultos; dados antropométricos da população (medida das circunferências cervical, cintura e quadril); avaliação de pressão arterial; glicemias capilares nos indivíduos com indicação; verificação de sinais físicos que sugerem resistência insulínica; imunização e distúrbios do desenvolvimento pôndero-estatural (curva de crescimento) em crianças.

“Todos os alunos tiveram uma experiência muito rica pela inserção em uma comunidade de cultura diferente, respeitando a diversidade, além de um aprofundamento no conhecimento das patologias citadas, aperfeiçoamento na prática de saúde pública e nas técnicas utilizadas nas ações, sempre supervisionados por professores capacitados”, destacou a professora.

Ela explica que foi incentivada a busca por conhecimento, a não interferência nos costumes locais, porém trazendo melhoria de qualidade de vida da população impactada pelo projeto, que contou também com o pediatra Renato Van Wilpe Bach, a enfermeira Maria Dagmar da Rocha, a psicóloga Camila da Silva Eidan de Lima e a nutricionista Vanessa Ferreira.

Além dos atendimentos específicos realizados pelos alunos de Medicina, Janete destaca ainda que foi ofertado para a população indígena acompanhamento nutricional, sobre alimentação adequada, com a aplicação de questionários sobre insegurança alimentar. Também foi disponibilizado atendimento psicológico, já que a população indígena tem demanda para esse tipo de serviço, levando avaliação de ansiedade, depressão e prevenção ao suicídio (em alusão ao Setembro Amarelo).

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A comunidade indígena avaliou positivamente a ação na Aldeia Mococa, idealizada por Guilherme Andrade Saldanha, aluno do 3º ano do curso de Medicina. Segundo ele, foi um projeto-piloto e um dos primeiros na área da saúde que levaram a UEPG para dentro de uma comunidade indígena.

“Acredito que o projeto vai fazer com que desperte nos estudantes que estiveram na aldeia a consciência sobre a importância de levar a saúde para os lugares mais remotos. Porque nós, como futuros médicos, devemos sempre pensar na saúde de todos e não apenas dos pacientes do nosso município ou do nosso Hospital Universitário, mas de todo o Estado e de todo o país”, ressaltou Guilherme.

O cacique da Aldeia Mococa, Elielson Virgílio, ficou grato com a presença de todos os alunos na aldeia e elogiou o trabalho desempenhado por eles. “Para a nossa comunidade foi muito importante participar desse projeto. Faz tempo que estavam trabalhando para o projeto vir para cá”, destacou.

Quem também elogiou a atuação dos alunos de Medicina foi o professor bilíngue Neno Pereira. “Eu gostei muito. Minha família e eu fomos muito bem atendidos. Outras pessoas também falaram que foram bem atendidas. Isso foi muito importante, principalmente para as crianças, a presença de profissionais de Medicina e de outras áreas da saúde aqui na comunidade”, disse.

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ÁREAS INDÍGENAS – O processo de atendimento de saúde das populações indígenas é feito pela Secretaria de Saúde Indígena (Sesai), responsável por coordenar e executar a Política Nacional de Atenção à Saúde dos Povos Indígenas e todo o processo de gestão do Subsistema de Atenção à Saúde Indígena (SasiSUS) no Sistema Único de Saúde (SUS).

Para que a execução do projeto fosse possível, foi preciso uma autorização especial do órgão para a entrada dos professores e alunos na comunidade. O acadêmico idealizador da missão agradeceu a Sesai por autorizar a entrada dos envolvidos para as ações do projeto.

“O processo não foi nada fácil, porque por si só já é burocrático. A Sesai sempre deixou claro o que seria e o que não seria possível, mas foram nossos aliados. Tivemos que protocolar o projeto na Plataforma Brasil, pois também foi um estudo para melhores práticas em medicina para essa população, e também a questão ética”, finalizou.

A Pró-Reitoria da UEPG apoiou o projeto fornecendo os ônibus e os motoristas para o transporte dos alunos e a Coordenadoria de Comunicação que registraram a ação.

Fonte: Governo PR

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Secretaria da Saúde promove mutirão de cirurgias pediátricas em Londrina neste sábado

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Com o objetivo de reduzir o tempo de espera por cirurgias eletivas pediátricas e ampliar o acesso ao atendimento especializado para crianças, a Secretaria de Estado da Saúde (Sesa), por meio do Hospital Eulalino Ignácio de Andrade (Zona Sul) de Londrina, promove neste sábado (12) um mutirão de cirurgias pediátricas. A ação vai beneficiar pacientes do próprio município e de outras cidades que integram a 17ª Regional de Saúde.

Ao todo, serão 22 procedimentos cirúrgicos: 16 postectomias – cirurgia comum em crianças, voltada à correção de fimose, e seis intervenções de otorrinolaringologia, como a retirada de amígdalas ou adenoides, indicadas para pacientes com infecções recorrentes ou dificuldades respiratórias.

Os pacientes atendidos no mutirão terão internação e alta no mesmo dia, com atendimento 100% gratuito pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Para viabilizar a ação, o hospital reservou 26 leitos exclusivos para a internação e recuperação pós-cirúrgica e mobilizou uma equipe especializada, composta por 15 profissionais, entre cirurgiões, anestesistas, enfermeiros, técnicos de enfermagem e equipe de apoio administrativo.

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O secretário de Estado da Saúde, Beto Preto, destacou a importância da ação e o impacto positivo na rotina das famílias. “Estamos falando de cirurgias simples, mas muito importantes para a saúde e o bem-estar das crianças. Sabemos o quanto as famílias aguardam por esses procedimentos e, com esse esforço concentrado, conseguimos dar agilidade à fila de espera. Ampliar o acesso é uma missão que temos levado muito a sério em todo o Paraná”, afirmou.

O Hospital Zona Sul é referência regional em cirurgias pediátricas de média complexidade. Em média, realiza 160 procedimentos eletivos por mês, sendo 120 na área de otorrinolaringologia e 40 em outras especialidades. Do total de pacientes atendidos, 58% são de Londrina e 42% vêm de outros municípios do Paraná.

O diretor-geral da unidade, Geraldo Júnior Guilherme, reforça que a realização de mutirões tem sido uma estratégia eficaz para desafogar a demanda reprimida e atender as crianças que esperam pelo procedimento há mais tempo. “Somos o único hospital da região que realiza cirurgias pediátricas em nível secundário. Sabemos da responsabilidade que isso representa e, por isso, estamos organizando ações como essa, que ajudam a dar vazão à fila e garantem mais agilidade no cuidado com os pequenos”, pontuou.

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ATENDIMENTOS – O Hospital Zona Sul vem registrando números expressivos em 2024. Já foram realizadas 10 mil cirurgias eletivas, mais de 10 mil internações e 25 mil atendimentos ambulatoriais. Apenas no primeiro trimestre deste ano, foram 2.684 cirurgias, 2.299 internações e 6.536 atendimentos ambulatoriais, consolidando o papel estratégico da unidade na assistência especializada da região.

Fonte: Governo PR

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