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Técnica dos produtores e apoio do Estado ajudaram Carlópolis a virar Capital Nacional da Goiaba

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Carlópolis, no Norte Pioneiro, é a Capital Nacional da Goiaba, título concedido por meio da Lei Federal 14.672/2023, sancionada na semana passada. É um reconhecimentos não apenas à quantidade da fruta produzida no município, mas também à qualidade, o que abriu portas para o mercado internacional, com exportação para países da Europa e Oriente Médio. Esses resultados são fruto de um esforço integrado que inclui principalmente a dedicação dos produtores e o trabalho do IDR-Paraná com apoio técnico junto aos agricultores.

Esse é o terceiro grande reconhecimento do produto. Em março de 2019 a goiaba de mesa produzida em Carlópolis conquistou a certificação Good Agricultural Practices (GAP), que reconhece a segurança alimentar e sustentabilidade em produtos de origem agrícola. Ela é concedida por uma organização privada que estabelece padrões voluntários para a certificação de produtos agrícolas em todo o mundo.

Antes, em 2016, já havia obtido o registro de Indicação Geográfica (IG) junto ao Instituto Nacional de Propriedade Intelectual (Inpi), com apoio do Sebrae, da prefeitura e do Governo do Estado.

A cidade lidera a produção de goiaba no Paraná. Em 2022 o município cultivou cerca de mil hectares. Eles renderam uma colheita de aproximadamente 38 mil toneladas da fruta, somando um Valor Bruto de Produção (VBP) de R$ 129 milhões. A cultura se tornou o principal negócio da agricultura local, responsável por 25% do VBP agropecuária do município, segundo levantamento da Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento (Seab).

A goiaba de Carlópolis também responde por metade da variedade comercializada nas cinco unidades regionais da Ceasa Paraná, o que faz com que o produto seja consumido em todo o Paraná.

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ESFORÇO INTEGRADO – Segundo os técnicos do IDR-Paraná (Instituto de Desenvolvimento Rural do Paraná – Iapar-Emater) da região, essa conquista é resultado de vários fatores. Entre eles, o trabalho especializado dos produtores, as condições favoráveis de clima e solo, a disponibilidade de boa tecnologia de produção e de tratamento pós-colheita. Também é decisivo o empenho de várias instituições que prestam apoio aos fruticultores no processo de produção e de acesso ao mercado.

O IDR-Paraná orienta os fruticultores na aplicação de tecnologia de produção e para a realização de um trabalho coletivo, hoje feito através da Cooperativa Agroindustrial de Carlópolis – COAC, com 43 famílias associadas, e a Associação dos Fruticultores de Carlópolis, com 46.

O último benefício conquistado pela cooperativa, em maio deste ano, com a assessoria dos técnicos do IDR-Paraná, foi a obtenção de R$ 389 mil do programa Coopera Paraná, da Secretaria estadual da Agricultura e do Abastecimento, para aprimorar a logística de distribuição da produção.

“O IDR-Paraná ajudou na elaboração do projeto, pedimos alguns itens para melhorar o funcionamento da cooperativa, para agregar valor ao produto. Solicitamos, então, uma câmara fria, que neste ano de inverno atípico, mais quente, já foi muito utilizada, contribuiu bastante com a conservação das frutas, com a formação de lotes para o mercado”, destaca a engenheira agrônoma Luiza Rocha Ribeiro, extensionista do IDR.

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Nos últimos anos também foram adquiridos alguns climatizadores, um veículo utilitário para a visitação técnica aos produtores e um software, que é usado para fazer anotação de tudo que é feito nas propriedades. Agora ela trabalha com a cooperativa na elaboração de um novo projeto para instalação de sistema próprio de geração de energia com placas solares.

CULTURA EM ALTA – O sabor, o tamanho e a aparência dos frutos de Carlópolis são alguns diferenciais, além da ausência de resíduos de agroquímicos. Este último resultado, segundo a extensionista, é obtido graças à prática de ensacamento dos frutos quando ainda são pequenos. “A técnica impede o ataque de pragas e doenças e, com isso, reduz ou até elimina a necessidade de aplicação de agrotóxicos. O procedimento levou à conquista da certificação Good Agricultural Practices e a uma abertura do mercado internacional para fruta colhida no município”, destaca.

Além dos benefícios econômicos – com a geração de renda para os produtores e empregos para região – a cultura da goiaba também traz benefícios sociais para o município. “A produção da fruta possibilita um retorno alto para o produtor, mesmo em pequenas áreas. Notamos muitos jovens voltando para o campo por causa disso. Ao ver o retorno financeiro os filhos acabam seguindo o caminho dos pais. Existem vários exemplos como esse no município, o que contribui no processo da sucessão familiar”, relata Luiza.

Fonte: Governo PR

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Decreto isenta de ICMS biogás, biometano e combustível sustentável de avião no Paraná

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O governador Carlos Massa Ratinho Junior assinou nesta segunda-feira (05) o Decreto nº 9.817 que concede isenção sobre o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) em operações para aquisições de bens destinados à fabricação de combustível sustentável de aviação (SAF, na sigla em inglês), biometano, biogás, metanol e CO2. 

Além disso, o decreto também concede a isenção do ICMS na aquisição de máquinas, equipamentos, aparelhos e componentes para geração de energia a partir do biogás, como bombas de ar ou de vácuo, compressores de ar ou de outros gases e ventiladores; coifas aspirantes, contadores de gases. As duas medidas buscam tornar o Paraná mais competitivo na atração de negócios em energia renovável, alavancando o desenvolvimento estadual.

O decreto internaliza os convênios 161/2024 e 151/2021, aprovados pelo Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz) durante o Encontro Nacional dos Secretários da Fazenda em dezembro. Com a regulamentação, as isenções já estão em vigor. 

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De acordo com o secretário estadual da Fazenda, Norberto Ortigara, a ideia é justamente estimular investimentos em combustíveis sustentáveis no Paraná, colocando o Estado em posição de destaque no cenário nacional. “Queremos consolidar o Paraná como uma referência e um polo na produção de novas energia e incentivos fiscais, como a isenção do ICMS, são formas de pavimentar esse caminho, estimulando investimentos no setor”, explica.

Um dos objetivos da iniciativa, aponta Ortigara, está em tornar o biometano economicamente viável. “O Paraná já é o maior produtor de proteína animal do Brasil, então queremos aproveitar o potencial que já existe aqui para fomentar a cadeira de biogás e biometano. Temos potencial para sermos uma Arábia Saudita do combustível renovável”, diz. “É usar dejetos de animais para gerar energia e, com as novas isenções, facilitamos o caminho para tornar o Estado ainda mais sustentável”.

SUSTENTABILIDADE – Os esforços do Paraná em se tornar referência na produção de combustíveis sustentáveis a partir do reaproveitamento do potencial agrícola não se limita apenas à isenção do ICMS. Embora a medida assinada pelo governador estimule ainda mais o setor, o Estado já aposta na geração de energia renovável também por meio de outros programas, como o Paraná Energia Rural Renovável (RenovaPR).

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Executado pelo IDR-Paraná, ele incentiva os produtores rurais a produzir sua própria energia ou combustível. O Estado também subsidia os juros dos empréstimos usados pelos produtores para a implantação de projetos de energia renovável, por meio do Banco do Agricultor Paranaense.

Segundo levantamento do Centro Internacional de Energias Renováveis (Cibiogás), o Paraná lidera com folga o número de plantas de biogás na região Sul, com 426 unidades instaladas, 348 delas da agropecuária. Em Santa Catarina são 126 plantas e no Rio Grande do Sul 84. O Paraná foi responsável com 53% do volume de geração de biogás na região no ano passado, com 461 milhões de metros cúbicos normais. .

Fonte: Governo PR

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