PARANÁ
Simepar e instituto do Nebraska vão implementar projeto de irrigação no Noroeste
Publicado em
31 de março de 2025por

Uso sustentável de água para irrigação e planejamento do uso de recursos hídricos: estas são algumas das técnicas utilizadas no Nebraska, localizado na região central dos Estados Unidos, para garantir a preservação dos aquíferos e a irrigação mais eficiente e sustentável. Esse conhecimento agora será compartilhado com agricultores do Noroeste do Paraná.
O protocolo de intenções foi assinado em fevereiro do ano passado entre o Governo do Paraná e o Daugherty Water For Food Global Institute, vinculado à Universidade do Nebraska. A parceria já rendeu vários estudos e começa a ter aplicação prática com ida a campo no Paraná do diretor de Pesquisa do Instituto, Christofer Neale, do professor Ivo Zution, e dos pesquisadores do Simepar Bernardo Lipski e Flavio Deppe.
Uma comitiva do Simepar visitou o Nebraska em agosto de 2024 para aprender mais sobre as técnicas e nesta segunda-feira (31) profissionais do Instituto Nebraska estiveram na sede do Simepar, em Curitiba, para organizar o cronograma de visitas que farão ao longo desta semana no Noroeste do Paraná.
“O professor Paulo de Tarso, diretor-presidente do Simepar, passou um ano trabalhando conosco no instituto, e conhece a realidade do Nebraska. Esse conhecimento deu origem à missão do governador e a equipe técnica, na qual pudemos apresentar um pouco da agricultura intensiva sustentável por irrigação no Nebraska. O Governo do Estado se interessou em desenvolver a irrigação aqui no Paraná, e nós vamos participar ajudando com conhecimento, tecnologia, trabalhando junto com o Simepar para desenvolver essas ações”, afirma Neale.
“Não conhecemos o Interior do Paraná, mas sabemos que o Noroeste é a área onde existe uma necessidade de irrigação. Vamos conhecer a região, conversar com as cooperativas locais, alguns produtores, e durante essa viagem aprofundar as conversas entre as duas instituições para as ações necessárias neste projeto”, ressalta.
Serão quatro anos de desenvolvimento do projeto, que contará com apoio da Fundação Araucária e da Secretaria de Agricultura e Abastecimento. Doze pesquisadores e onze técnicos vão testar diferentes tecnologias no Noroeste. “Será feita a execução do projeto, a instalação de alguns pivôs e a transferência de tecnologia para melhorar as condições de uso da água e incentivar a questão da irrigação sustentável que é tão necessária para essa região”, acrescenta Bernardo Lipski, do Simepar.
Historicamente, a região Noroeste do Paraná sofre com estiagem. De acordo com o Monitor de Secas da Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico, feito em parceria com o Simepar, desde fevereiro de 2024 há seca na região. Nos meses de outubro e novembro de 2024 ela foi considerada moderada a grave, e atualmente permanece moderada.
“Mesmo no período chuvoso, que é de dezembro a fevereiro, não teve registro de chuva suficiente para que a seca acabasse. Houve apenas uma atenuação”, explica o meteorologista do Simepar Reinaldo Kneib, que participa da elaboração do Monitor.
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EXEMPLO – Com uma população de 1,9 milhão de pessoas, o Nebraska investiu cerca de US$ 6,8 bilhões para a instalação de 96 mil poços utilizados nos atuais sistemas de irrigação. A medida foi necessária devido às grandes variações de precipitação de chuva e das diferenças de solo nas diferentes regiões do estado americano.
Apesar da irrigação, o aquífero do Nebraska é mais preservado do que o de outros estados americanos, como o Texas, por exemplo. Isso se deve justamente ao fato dos investimentos feitos nos atuais sistemas de irrigação, que utilizam os recursos hídricos de forma mais sustentável, reduzindo o impacto no meio ambiente. O estado do Nebraska exige plano integrado de recursos hídricos, e todas essas são informações importantes para a criação de um plano de irrigação no Paraná.
Foi na cidade de Lincoln, segunda maior do Nebraska, em 2010, que foi fundado o Instituto Water For Food. Ele tem como missão transformar a água em abundância para a alimentação através de atividades de pesquisa e desenvolvimento de inovações em irrigação e gestão da água. Desde 2014, a organização atua no Brasil em parceria com instituições de pesquisa e universidades, como a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), a Universidade Federal de Goiás e a Universidade Estadual Paulista.
As principais áreas de atuação no País são atividades de pesquisa e desenvolvimento de novas tecnologias de irrigação mais eficientes e sustentáveis. O instituto também oferece cursos e treinamentos para agricultores e técnicos sobre o uso eficiente da água na agricultura e a troca de conhecimento entre diferentes setores da sociedade sobre a importância da gestão da água para a segurança alimentar.
Entre os projetos em andamento em nível nacional, estão o “Mais Água, Mais Renda”, para aumento da produtividade da agricultura familiar no Nordeste; o “Irrigação Sustentável na Amazônia”, ligado à produção de cacau na região Norte; e o “Gestão da Água na Bacia do Paraná”, que busca soluções para a gestão integrada de um dos maiores mananciais hídricos da América do Sul.
Fonte: Governo PR

PARANÁ
Portos do Paraná realiza oficina de coleta e despolpa do açaí juçara em comunidade no Litoral
Published
1 minuto agoon
2 de abril de 2025By

Moradores da no Litoral do Paraná, participaram nesta quarta-feira (02) da 2ª Oficina de Coleta, Higienização e Despolpa de Juçara, fruta semelhante ao açaí amazônico. A iniciativa da Portos do Paraná busca estimular uma nova fonte de renda para as comunidades locais, predominantemente compostas por pescadores, além de promover a preservação da palmeira juçara, espécie ameaçada de extinção.
“Com o conhecimento da despolpa dos frutos, é possível uma mudança cultural, possibilitando renda às comunidades e incentivando o plantio das sementes”, destacou o diretor de Meio Ambiente da Portos do Paraná, João Paulo Santana.
A oficina integra o Programa de Educação Ambiental (PEA) da Autoridade Portuária e surgiu como uma demanda dos próprios moradores. “No Sul do Brasil basicamente não temos a cultura do aproveitamento deste fruto. Já no Norte, é muito comum. Estamos trazendo a oficina para estimular esta nova opção”, explicou o coordenador de Sustentabilidade da Portos do Paraná, Pedro Pisacco Pereira Cordeiro. “A sementinha roxa produz um açaí de excelente qualidade”.
O Instituto Juçara de Agroecologia conduziu as atividades teóricas e práticas. “A coleta da juçara no Litoral é feita entre março e maio. É neste período que a palmeira vai frutificar e os cachos com os frutos vão amadurecer”, comentou o vice-presidente do Instituto, Rafael Serafim da Luz.
O fruto da juçara é semelhante ao açaí da Amazônia, porém, a palmeira nativa das áreas litorâneas de Mata Atlântica, Euterpe edulis, difere das palmeiras que produzem o açaí tradicional da região Norte do país. O “açaí juçara” é rico em antocianina, um antioxidante que confere a coloração roxa escura, muito semelhante ao açaí amazônico. Além do fruto, a palmeira também é conhecida por produzir o palmito juçara.
O fruto é extremamente rico em ferro e cálcio, elementos que complementam muito bem a alimentação. “É uma planta que se desenvolve super bem, de fácil manejo. E a gente vê na casa das pessoas, faz parte da paisagem dos caiçaras”, pontuou Serafim da Luz.
SELEÇÃO DE GRÃOS – A merendeira Adi Fátima Lourenço possui algumas palmeiras no quintal de casa, uma das quais foi utilizada durante a oficina. “A gente se criou subindo nos pés de juçara, mas não sabia fazer os sucos. E essa oficina vai ajudar na renda mesmo. Dá pra fazer bolo, pão. É um diferencial que as pessoas sempre estão procurando”, comentou Adi.
Durante a coleta e higienização, ocorre a seleção dos grãos maduros e sadios, que passam por um processo de lavagem com água sanitária para a esterilização das bactérias. Após o enxágue, eles são encaminhados para a despolpadeira, que remove os caroços, sementes ou cascas, resultando em um líquido engrossado e peneirado.
CURSOS E OFICINAS – Pelo Programa de Educação Ambiental, a Portos do Paraná realizou, desde 2019, dezenas de oficinas de capacitação e cursos profissionalizantes gratuitos para comunidades litorâneas do Estado.
As iniciativas buscam promover, além de práticas permaculturais, a educação ambiental, a organização comunitária e a valorização ambiental, ao mesmo tempo em que apresentam possibilidades de geração de renda para os membros das comunidades.
Entre os temas abordados estão comunicação e atendimento e introdução à maquiagem para jovens, em parceria com o Senac. As mulheres das comunidades de Piaçaguera e do Valadares também puderam participar dos cursos de corte e costura.
Fonte: Governo PR

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