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Saúde alerta: tempo chuvoso exige reforço nos cuidados contra a leptospirose

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A secretaria estadual da Saúde (Sesa) alerta a população para os cuidados contra a leptospirose neste período de chuvas mais intensas. A infecção é causada pela bactéria Leptospira, presente na urina de animais, principalmente de ratos, e pode provocar danos renais e hepáticos, evoluindo até mesmo para morte. Dados preliminares da Sesa mostram que, somente este ano, o Paraná registrou 260 casos confirmados e 20 óbitos em decorrência da doença.

A infecção humana ocorre devido à exposição direta ou indireta à urina de animais infectados pela Leptospira, e pode ser adquirida em áreas urbanas e rurais. Com as chuvas, a bactéria se mistura à água de valetas, lama, lagoas, cavas e em locais com formação de enchentes. As inundações propiciam a disseminação e a permanência da bactéria no ambiente, facilitando a contaminação.

“Como não existe uma vacina contra a leptospirose no Brasil, os cuidados e a prevenção são as melhores ferramentas. A população deve evitar o contato com água e lama de enchentes e esgotos, e os pais e responsáveis devem estar atentos, evitando que as crianças nadem ou brinquem nesses locais, possivelmente contaminados com a urina de animais”, orienta o secretário da Saúde, Beto Preto.

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CUIDADOS – Em caso de enchentes, após as águas baixarem, é preciso retirar a lama e desinfetar o local, lavando pisos, paredes e bancadas utilizando água sanitária, sempre com uso de luvas e botas de borracha. A orientação é diluir duas xícaras (400ml) do produto em um balde de 20 litros de água e deixar agir por 15 minutos. Após isso, prosseguir com a limpeza.

Pessoas que trabalham na limpeza de lama, entulho e esgoto também devem sempre usar botas e luvas de borracha para evitar o contato da pele com a água e lama contaminadas. Em ambiente domiciliar, é preciso tomar os cuidados básicos para evitar a presença de roedores, incluindo guardar alimentos em recipientes bem fechados, retirar sobras de alimentos, evitar o acúmulo de entulhos e lixos em geral.

SINTOMAS – O diagnóstico é realizado por meio de exames laboratoriais específicos. Os principais sintomas da doença são febre alta, mal-estar, dores de cabeça constantes e intensas, dores no corpo (principalmente na panturrilha), cansaço, calafrios, dores abdominais, náuseas, vômitos, diarreia e desidratação. Nos casos mais graves pode ocorrer amarelamento da pele e dos olhos.

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TRATAMENTO – Ao identificar qualquer sintoma é preciso procurar atendimento médico imediatamente. Para os casos leves, o atendimento é ambulatorial. Nos casos graves, a hospitalização deve ser imediata, visando evitar complicações e diminuir a letalidade.

O período de incubação, ou intervalo entre a transmissão e o início das manifestações dos sintomas, normalmente ocorre entre sete e 14 dias após a exposição a situações de risco, mas pode variar de um até 30 dias.

Fonte: Governo PR

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Talento Tech: alunos aprendem TI e testam tecnologias em lanchonete e negócios dos pais

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A realidade da pequena São Jerônimo da Serra, com pouco mais de 10 mil habitantes, no Norte do Paraná, vem mudando depois que a cidade foi contemplada com três turmas do Talento Tech. O programa, lançado em junho de 2024 e que oferece cursos profissionalizantes na área de Tecnologia da Informação e Comunicação (TIC), tem ajudado na formação de mão de obra em uma área que, antes vista como futuro, já é presente e oferece remunerações mais atrativas, com a possibilidade de trabalhar remotamente, longe dos grandes centros urbanos.

Os 20 alunos da 1ª turma devem concluir os estudos em junho deste ano, após 10 meses de aulas divididas nas modalidades Ensino a Distância (EaD) e encontros presenciais, distribuídas em 15 módulos. Cada estudante do ensino médio recebe uma bolsa mensal de R$ 1.345, enquanto para aqueles do ensino superior o auxílio é de R$ 1.500.

Eles foram escolhidos via edital e contam com aulas de programação, Inteligência Artificial, machine learning, entre outros temas ligados à tecnologia. A carga horária do curso é de 800 horas, sendo as últimas 80 horas dedicadas para o desenvolvimento de um projeto integrador, ligado a problemas reais tanto das empresas parceiras quanto do local onde estão inseridos. É nessa fase que os estudantes de São Jerônimo da Serra se encontram.

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Um deles é Oséias Proença, de 17 anos. Ele, que já concluiu o ensino médio, viu no Talento Tech a oportunidade de se profissionalizar, ao mesmo tempo em que ajuda o negócio da família. “Meus pais têm uma lanchonete há mais de 35 anos. Conversando com eles, tive a ideia de usar o que aprendi em programação para fazer um sistema para ajudar nos pedidos apresentando o cardápio de lanches e bebidas”, explica.

O sistema funciona como um site que apresenta os nomes e os valores dos lanches e das bebidas. O cliente pode fechar o pedido pelo aplicativo, que envia automaticamente uma mensagem com as informações para o celular do pai de Oséias. Também é possível cancelar o pedido ou fazer uma troca nos itens escolhidos.

“Meu pai não tinha noção de quão longe eu chegaria no desenvolvimento do site. Ele ficou até surpreso quando expliquei para ele, orgulhoso de ver que o filho está criando algo para ajudar no negócio da família”, diz o jovem.

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Oséias viu no desenvolvimento do sistema a oportunidade de empreender. “Tenho o objetivo de continuar nessa área, até mesmo criando sites para outros comércios”, afirma. “Abracei essa oportunidade e espero que os demais consigam ter esse prazer de estudar. Cada vez mais o programa está abrindo portas para mim. Agora mesmo eu saí de um emprego e já estou trabalhando em uma loja de informática, graças ao Talento Tech”.

O objetivo do programa é justamente este: oferecer condições para que pequenos municípios consigam reter mão de obra qualificada, contribuindo para o seu desenvolvimento. Cinquenta cidades com os menores Índice Ipardes de Desempenho Municipal (IPDM) foram escolhidas para o Talento Tech, que possui um investimento de R$ 62 milhões do Governo do Estado.

O IPDM mede o desempenho dos 399 municípios do Paraná considerando três dimensões: renda, emprego e produção agropecuária, saúde e educação.

TALENTO

Oséias Proença, de 17 anos, viu no Talento Tech a oportunidade de se profissionalizar, ao mesmo tempo em que ajuda o negócio da família. Foto: Ricardo Ribeiro/AEN

ECONOMIA LOCAL – Colegas de turma no Talento Tech, Lucas de Oliveira, 17 anos, e João Lucas Neves, 16, também aplicaram seus conhecimentos para desenvolver soluções para os negócios familiares. Os dois criaram um sistema de gestão e controle de estoque.

“Já tínhamos pensado em desenvolver algo que se encaixasse no nosso trabalho. Tanto a minha família quanto a do João trabalham na parte de comércio e prestação de serviços, então analisamos o mercado e vimos que a nossa demanda principal era essa”, lembra Lucas, cuja família possui uma loja de materiais de construção.

O diferencial do programa criado por eles é a possibilidade de ser mais barato do que os sistemas disponíveis no mercado, além de poder ser utilizado em qualquer tipo de comércio, com potencial de ajudar vários estabelecimentos da cidade.

“Existem muitos sistemas de controle de estoque para auxiliar com vendas. Inspirados e pegando como base alguns programas, nós desenvolvemos esse rascunho do que a gente tem a intenção de fazer, mas já é um projeto que está caminhando”, afirma.

O contato com o mundo da programação veio ainda no ensino médio. “Eu tinha um pouco de experiência com a parte de html e algumas linguagens básicas, mas nunca cheguei a me aprofundar. O Talento Tech abriu minha visão e despertou meu interesse”, recorda Lucas. “É interessante ter essa habilidade e poder analisar as necessidades do comércio local para desenvolver o programa, levando como base algo que já existe, mas adaptando para a nossa realidade.”

Parceiro de Lucas no sistema de estoque, João tem outros três projetos para apresentar dentro do programa estadual: um portfólio online, uma loja virtual de suplementos e o site da feira de robótica da escola. Com o Talento Tech, ele viu aflorar o interesse pela área de tecnologia.

“Eu tinha muito medo de chegar no final do ensino médio e não saber o que fazer. Pensava em fazer medicina, mas estava sempre na dúvida. O programa me ajudou a decidir pela área de segurança de informação e desenvolvimento de software”, diz João.

TALENTO

Foto: Ricardo Ribeiro/AEN

FOCO NA SAÚDE – Além do comércio local, outras áreas também são alvo de soluções desenvolvidas pelos alunos do Talento Tech. As amigas Sara Mariana, de 17 anos, e Geovanna Atanazio, 21, criaram um sistema para apoio no diagnóstico médico.

A plataforma é simples, com perguntas sobre os sintomas, como febre, tosse, dor no corpo, calafrios, cansaço, dificuldade de respirar, e com base nas respostas, indica qual doença é a mais provável. “A proposta é usar machine learning para melhorar o atendimento de saúde. Ali mesmo você pode dizer seus sintomas e ter um diagnóstico, que deve ser confirmado por um médico”, explica Sara. Outros dois alunos também participam do desenvolvimento da aplicação.

“Meu sonho é entrar para área da saúde, então pensei nesse sistema como um apoio, não para dar um diagnóstico único, mas para a pessoa já saber o que está acontecendo com ela, quais os sintomas, o que pode ser”, complementa Geovanna.

Também com o sonho de trabalhar na área da saúde, o estudante Carlos Augusto Sutil, de 16 anos, enxerga nas aulas de programação e tecnologia uma oportunidade de se antecipar a tendências futuras para a área. “Quero tentar medicina, mas sei que a programação é o futuro das profissões. Posso, por exemplo, abrir uma clínica médica e construir meu próprio site, sabendo programar”, planeja.

Quem acompanha essa turma é a professora Claudia Teixeira. Para ela, o principal ganho do Talento Tech é o coletivo. “Entre tantos benefícios que o projeto traz para o município, uma das ideias principais é fazer com que eles alavanquem a economia local, contribuindo para que a qualidade socioeconômica do município progrida”, ressalta.

O Talento Tech possui parcerias com empresas da área de tecnologia que têm o compromisso de contratar pelo menos 50% dos alunos formados no mesmo município de origem dos estudantes. “Eles podem prestar serviço para uma empresa de São Paulo, por exemplo, mas trabalhando daqui. Nada impede que eles possam ganhar o mundo, mas uma das intenções é que eles possam produzir recursos no município, com o conhecimento que eles adquiriram”, complementa a professora.

Fonte: Governo PR

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