NOVA AURORA

PARANÁ

Retorno da segunda equipe de bombeiros militares encerra missão paranaense no Pantanal

Publicado em

Com o retorno na tarde deste domingo (18)  da segunda equipe enviada para o Mato Grosso do Sul, o Corpo de Bombeiros Militar do Paraná (CBMPR) encerra sua operação nos combates aos incêndios no Pantanal. Durante pouco mais de 20 dias, integrantes da Força-Tarefa de Resposta a Desastres atuaram no Centro-Oeste a pedido da LIGABOM (Conselho Nacional dos Corpos de Bombeiros Militares do Brasil). O fogo, que assola a região há quatro meses, já consumiu quase 1,4 milhão de hectares de vegetação.

“Encerramos com um saldo positivo. Foram muitas missões no interior do estado do Mato Grosso do Sul, apenas com nossa guarnição no local, passando dois, três dias, em fazendas e áreas de preservação ambiental, bastante isolados”, narrou o major Ícaro Gabriel Greinert, comandante do Grupo de Operações de Socorro Tático (GOST), responsável pela operacionalização da Força-Tarefa.

“Muitos objetivos foram atendidos: defesa de cidades, pontes, áreas de preservação. Trabalho bastante efetivo, diuturno. As equipes se dividiam, atuando dia e noite, com pouco descanso. Foram combatidos diversos focos de incêndio. O pessoal volta muito mais experiente de lá”, complementou o major Gabriel.

Ao todo, foram destacados para a missão 24 bombeiros, divididos em duas equipes com 12 integrantes. Este segundo e último grupo foi composto por sete militares de Curitiba e Região Metropolitana, quatro de Londrina e um de Foz do Iguaçu. Inicialmente, havia a possibilidade de uma terceira equipe ser mobilizada, mas esse reforço acabou não sendo necessário por duas razões, segundo explica o major Gabriel.

Leia Também:  Comandante do 31º Batalhão de Assis Chateaubriand é promovido a Tenente-Coronel

“Choveu e esfriou no Pantanal, o que amenizou a situação. Outro ponto é uma coordenação entre os Corpos de Bombeiros do Brasil. Nós estamos retornando, mas outros bombeiros vão prestar apoio agora, continuando o trabalho”, informou o comandante do GOST. Ele disse ainda que a decisão de retrair o time nesse momento foi tomada em conjunto com as forças do Mato Grosso do Sul e que, em caso de agravamento do cenário, o apoio pode ser retomado.

LINHA DE FRENTE – O principal objetivo da missão paranaense em solo do Mato Grosso do Sul foi evitar que o fogo alcançasse localidades sensíveis, como áreas de preservação ambiental, áreas com presença de fauna, residências, fazendas e plantações.

“Foi um período de trabalho intenso, abrangendo uma área grande. Muito calor, com baixa umidade, e a vegetação extremamente seca. Um cenário que favorece demais as queimadas. Então, qualquer pequeno foco  acaba se tornando um grande incêndio”, disse o capitão Eduardo Hunzicker, comandante da segunda equipe, que ficou no Mato Grosso do Sul entre o dia 7 de agosto e este domingo.

De acordo com ele, a larga extensão das queimadas exige maquinário pesado que não está disponível em grande quantidade, dificultando a operação. “Com os materiais incandescentes transportados pelo vento, a extinção por completo dos incêndios se torna muito difícil, pois o fogo ‘voa’ para outros locais”, declarou.

Leia Também:  Prorrogada a inscrição para seleção de militares da reserva dos colégios cívico-militares

Líder da primeira equipe, que ficou na região entre os dias 24 de julho e 7 de agosto, o capitão Alexandre Mançano Cavalca elencou ainda outros obstáculos enfrentados na linha de frente. Destacou a dificuldade de locomoção causada pela vegetação rústica do bioma pantaneiro e os perigos da fauna local: cobras venenosas e grandes felinos, como, por exemplo, a onça-pintada.

Os trabalhos no Pantanal vêm sendo realizados em conjunto, envolvendo bombeiros militares de diversos estados; Força Aérea, Exército e Marinha.  Estão sendo utilizadas, além do combate por terra, aeronaves militares e de fazendeiros da região para despejar água em locais mais críticos.

FORÇA-TAREFA – Treinada para atuar em diversos cenários de ocorrências, a Força-Tarefa de Resposta a Desastres do CBMPR é composta por 120 bombeiros  e bombeiras militares. Em 2024, além do Pantanal, o grupo trabalhou também no Rio Grande do Sul, durante a enchente que causou o maior desastre natural daquele estado. No Centro-Oeste, participou do combate a incêndios e proteção de zonas de interesse. Já no território gaúcho foram realizadas, durante 52 dias, ações de salvamento, busca e resgate, ajuda comunitária, transporte de militares, médicos e doações, entre outras.

Fonte: Governo PR

COMENTE ABAIXO:
Advertisement

PARANÁ

Decreto isenta de ICMS biogás, biometano e combustível sustentável de avião no Paraná

Published

on

By

O governador Carlos Massa Ratinho Junior assinou nesta segunda-feira (05) o Decreto nº 9.817 que concede isenção sobre o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) em operações para aquisições de bens destinados à fabricação de combustível sustentável de aviação (SAF, na sigla em inglês), biometano, biogás, metanol e CO2. 

Além disso, o decreto também concede a isenção do ICMS na aquisição de máquinas, equipamentos, aparelhos e componentes para geração de energia a partir do biogás, como bombas de ar ou de vácuo, compressores de ar ou de outros gases e ventiladores; coifas aspirantes, contadores de gases. As duas medidas buscam tornar o Paraná mais competitivo na atração de negócios em energia renovável, alavancando o desenvolvimento estadual.

O decreto internaliza os convênios 161/2024 e 151/2021, aprovados pelo Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz) durante o Encontro Nacional dos Secretários da Fazenda em dezembro. Com a regulamentação, as isenções já estão em vigor. 

Leia Também:  Portos do Paraná prevê aumento de 203% na movimentação de soja no último trimestre

De acordo com o secretário estadual da Fazenda, Norberto Ortigara, a ideia é justamente estimular investimentos em combustíveis sustentáveis no Paraná, colocando o Estado em posição de destaque no cenário nacional. “Queremos consolidar o Paraná como uma referência e um polo na produção de novas energia e incentivos fiscais, como a isenção do ICMS, são formas de pavimentar esse caminho, estimulando investimentos no setor”, explica.

Um dos objetivos da iniciativa, aponta Ortigara, está em tornar o biometano economicamente viável. “O Paraná já é o maior produtor de proteína animal do Brasil, então queremos aproveitar o potencial que já existe aqui para fomentar a cadeira de biogás e biometano. Temos potencial para sermos uma Arábia Saudita do combustível renovável”, diz. “É usar dejetos de animais para gerar energia e, com as novas isenções, facilitamos o caminho para tornar o Estado ainda mais sustentável”.

SUSTENTABILIDADE – Os esforços do Paraná em se tornar referência na produção de combustíveis sustentáveis a partir do reaproveitamento do potencial agrícola não se limita apenas à isenção do ICMS. Embora a medida assinada pelo governador estimule ainda mais o setor, o Estado já aposta na geração de energia renovável também por meio de outros programas, como o Paraná Energia Rural Renovável (RenovaPR).

Leia Também:  Cascavel e Terra Roxa: Adapar apoia ação do Gaeco contra venda irregular de agrotóxicos

Executado pelo IDR-Paraná, ele incentiva os produtores rurais a produzir sua própria energia ou combustível. O Estado também subsidia os juros dos empréstimos usados pelos produtores para a implantação de projetos de energia renovável, por meio do Banco do Agricultor Paranaense.

Segundo levantamento do Centro Internacional de Energias Renováveis (Cibiogás), o Paraná lidera com folga o número de plantas de biogás na região Sul, com 426 unidades instaladas, 348 delas da agropecuária. Em Santa Catarina são 126 plantas e no Rio Grande do Sul 84. O Paraná foi responsável com 53% do volume de geração de biogás na região no ano passado, com 461 milhões de metros cúbicos normais. .

Fonte: Governo PR

COMENTE ABAIXO:
Continuar lendo

PARANÁ

POLÍCIA

ENTRETENIMENTO

ESPORTES

MAIS LIDAS DA SEMANA