NOVA AURORA

PARANÁ

Ratinho Junior apresenta potencial do Paraná no Congresso Econômico Europeu

Publicado em

O governo Carlos Massa Ratinho Junior participou nesta quarta-feira (8) do painel “Perspectivas para o desenvolvimento da cooperação econômica polonês-brasileira” no Congresso Econômico Europeu em Katowice, na Polônia. O fórum debate o futuro da economia polonesa e europeia sob a perspectiva de experiências de outros países.

O Paraná foi convidado porque mantém uma parceria com a província da Silésia, a mais industrializada do país, desde 2023, e porque figura em posição de destaque na economia brasileira, com a menor taxa de desemprego desde 2014, crescimento do PIB superior à média nacional e maior índice de atividade econômica do Brasil.

O governador destacou que o PIB do Paraná cresceu 5,8% no ano passado, enquanto a economia brasileira teve alta de 2,9%. Todos os setores da economia paranaense fecharam o ano em alta. O desempenho geral foi puxado principalmente pelos resultados da agropecuária, que cresceu 26,91% no Estado no período – no ano passado, por exemplo, houve recorde na produção de proteína animal. O setor de serviços do Paraná cresceu 4,18% e a indústria teve avanço de 3,79%. 

“O Estado do Paraná tem conciliado crescimento econômico com sustentabilidade. O Paraná é um exemplo que não há contradição em produzir em larga escala e preservar o meio ambiente. Nossas indústrias estão apostando em estratégias verdes, nosso agronegócio passa por uma grande transformação na produção de energia, com apoio do Estado para utilização de energia solar, biogás e transformação em biometano, e temos diversos programas que têm essa sinergia, inclusive na infraestrutura, com a aposta no modal ferroviário para o futuro”, disse Ratinho Junior.

Ele também lembrou que o Paraná foi reconhecido por três vezes consecutiva como mais sustentável do País e que participa de um programa pioneiro da Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE) de aceleração dos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS), cujos primeiros resultados já indicaram que o Estado é referência internacional na agenda global em defesa do clima. Ele apresentou iniciativas como o Paraná Mais Verde, de replantio de florestas, o programa de proteção de nascentes e políticas como o ICMS Ecológico.

“O Paraná tem no agronegócio a sua vocação, com as maiores cooperativas do Brasil e com uma agroindústria muito forte, exportando para 200 países. Também temos um parque fabril gigante com indústrias de automóveis, celulose, bebidas, extração mineral, metalurgia, petroquímica, enfim, uma série de iniciativas que tornam nossos municípios lugares com muita qualidade de vida. E também temos registrado um grande ciclo de empregabilidade desde o pós-pandemia, com recorde no número de empregos ativos, o que induz ainda mais o desenvolvimento social”, complementou. 

Leia Também:  UENP recepciona mais de 600 novos alunos com eventos no Norte Pioneiro

Ele também disse que a parceria com a Polônia vai ajudar os técnicos do Paraná a encontrar novos parâmetros para a economia. “Estamos planejando o Estado do futuro como uma grande central logística, apostando no potencial produtivo das nossas cidades, investindo em inovação e na rede de sete universidades públicas estaduais, e reforçando também o nosso potencial turístico, que é um dos setores que mais crescem no Paraná e que está dentro da economia verde, que já reúne 32% do nosso PIB”, complementou.

Também participaram da apresentação o secretário de Planejamento, Guto Silva, o diretor financeiro do Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul (BRDE), Wilson Bley Lipksi, o diretor-presidente da Invest Paraná, Eduardo Bekin, e o coordenador da Superintendência Geral de Desenvolvimento Econômico e Social do Paraná, Luís Paulo Mascarenhas.

SILÉSIA – A Silésia é a província com a maior densidade populacional entre as 16 da Polônia e tem como capital a cidade de Katowice. É a região mais urbanizada e com maior potencial econômico do país europeu. Abriga 11 universidades públicas, incluindo a Universidade da Silésia, em Katowice, o maior centro educacional do país, além de um moderno parque industrial.

A região está em processo de transição econômica, com uma presença ainda muito forte da mineração e indústria pesada e, portanto, apresenta desafios de sustentabilidade e busca de novas oportunidades de desenvolvimento. Por isso, a inovação e a sustentabilidade representam uma grande oportunidade de cooperação com o Paraná, que nos últimos anos se tornou uma referência nesse quesito.

A Silésia também está localizada em uma das mais importantes zonas especiais de comércio, o que atrai muitos investidores estrangeiros. A região está em um processo de transição energética, em que 70% da energia é gerada a partir da queima de carvão, e que pretende aprender com o Paraná, que é uma referência na geração de energias de fontes limpas e renováveis.

O acordo é uma continuidade do trabalho iniciado no Programa de Cooperação Internacional Urbana e Regional (IURC, na sigla em inglês), criado pela União Europeia. A cooperação tem como foco o desenvolvimento da chamada Estratégia para Inovação Regional (Research and Innovation Smart Specialization Strategy).

Leia Também:  Melhorias de estradas rurais recebem R$ 348 milhões e beneficiam 18 mil famílias

O IURC visa conectar cidades e estados de diferentes países para que compartilhem soluções para problemas em comum. É uma estratégia de longo prazo elaborada pela União Europeia para fomentar o desenvolvimento urbano e regional sustentável em cooperação com os setores público e privado, comunidades e cidadãos. Entre as 10 regiões selecionadas na América Latina, o Paraná é o único estado brasileiro, ao lado de duas regiões do Peru, uma do Chile, duas do México, duas da Argentina e duas da Colômbia.

A escolha da conexão foi feita pela União Europeia, por meio de dados previamente enviados pelas cidades e estados da América Latina e da Europa, onde as áreas de interesse são apresentadas. Ao cruzar os dados recebidos de várias regiões da Europa e América Latina, a coordenação técnica do programa identificou semelhanças e oportunidades entre o Paraná e a Silésia para juntos buscarem caminhos para o desenvolvimento regional com base em inovação e sustentabilidade.

Atualmente, são cerca de 1,2 milhão de descendentes de poloneses no Brasil, 300 mil residem em Curitiba, considerada a cidade mais polonesa do Brasil.

OUTRAS AGENDAS – A agenda internacional na Polônia começou nesta terça-feira (7) com uma visita de diretores da Invest Paraná à Agência de Desenvolvimento Regional e o FabLab. A agência é uma sociedade anônima que busca investimentos para a região de Bielsko-Biała. O seu objetivo é implementar projetos de apoio e melhoria da competitividade das micro, pequenas e médias empresas. O FabLab Silésia é um laboratório de fabricação digital com impressoras 3D, máquinas de corte a laser, fresadoras CNC e outros equipamentos.

Nesta quarta, Ratinho Junior também se encontrou com Khlaed Mubarak Al By Saeedi, diretor de Desenvolvimento Comercial do governo dos Emirados Árabes Unidos, Kasha Piquette, ministra do Ambiente e Áreas Protegidas do governo de Alberta, no Canadá, e Heather Carmichael, diretora do Escritório de Mudanças Climáticas do governo de Alberta. Eles conversaram sobre agronegócio, pautas ambientais e a economia paranaense.

Fonte: Governo PR

COMENTE ABAIXO:
Advertisement

PARANÁ

Decreto isenta de ICMS biogás, biometano e combustível sustentável de avião no Paraná

Published

on

By

O governador Carlos Massa Ratinho Junior assinou nesta segunda-feira (05) o Decreto nº 9.817 que concede isenção sobre o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) em operações para aquisições de bens destinados à fabricação de combustível sustentável de aviação (SAF, na sigla em inglês), biometano, biogás, metanol e CO2. 

Além disso, o decreto também concede a isenção do ICMS na aquisição de máquinas, equipamentos, aparelhos e componentes para geração de energia a partir do biogás, como bombas de ar ou de vácuo, compressores de ar ou de outros gases e ventiladores; coifas aspirantes, contadores de gases. As duas medidas buscam tornar o Paraná mais competitivo na atração de negócios em energia renovável, alavancando o desenvolvimento estadual.

O decreto internaliza os convênios 161/2024 e 151/2021, aprovados pelo Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz) durante o Encontro Nacional dos Secretários da Fazenda em dezembro. Com a regulamentação, as isenções já estão em vigor. 

Leia Também:  Portos do Paraná faz história na B3 com recorde de concorrentes em leilão público

De acordo com o secretário estadual da Fazenda, Norberto Ortigara, a ideia é justamente estimular investimentos em combustíveis sustentáveis no Paraná, colocando o Estado em posição de destaque no cenário nacional. “Queremos consolidar o Paraná como uma referência e um polo na produção de novas energia e incentivos fiscais, como a isenção do ICMS, são formas de pavimentar esse caminho, estimulando investimentos no setor”, explica.

Um dos objetivos da iniciativa, aponta Ortigara, está em tornar o biometano economicamente viável. “O Paraná já é o maior produtor de proteína animal do Brasil, então queremos aproveitar o potencial que já existe aqui para fomentar a cadeira de biogás e biometano. Temos potencial para sermos uma Arábia Saudita do combustível renovável”, diz. “É usar dejetos de animais para gerar energia e, com as novas isenções, facilitamos o caminho para tornar o Estado ainda mais sustentável”.

SUSTENTABILIDADE – Os esforços do Paraná em se tornar referência na produção de combustíveis sustentáveis a partir do reaproveitamento do potencial agrícola não se limita apenas à isenção do ICMS. Embora a medida assinada pelo governador estimule ainda mais o setor, o Estado já aposta na geração de energia renovável também por meio de outros programas, como o Paraná Energia Rural Renovável (RenovaPR).

Leia Também:  UENP recepciona mais de 600 novos alunos com eventos no Norte Pioneiro

Executado pelo IDR-Paraná, ele incentiva os produtores rurais a produzir sua própria energia ou combustível. O Estado também subsidia os juros dos empréstimos usados pelos produtores para a implantação de projetos de energia renovável, por meio do Banco do Agricultor Paranaense.

Segundo levantamento do Centro Internacional de Energias Renováveis (Cibiogás), o Paraná lidera com folga o número de plantas de biogás na região Sul, com 426 unidades instaladas, 348 delas da agropecuária. Em Santa Catarina são 126 plantas e no Rio Grande do Sul 84. O Paraná foi responsável com 53% do volume de geração de biogás na região no ano passado, com 461 milhões de metros cúbicos normais. .

Fonte: Governo PR

COMENTE ABAIXO:
Continuar lendo

PARANÁ

POLÍCIA

ENTRETENIMENTO

ESPORTES

MAIS LIDAS DA SEMANA