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Programa de controle das espécies exóticas chega à Floresta Estadual Metropolitana

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O Instituto Água e Terra (IAT) ampliou o projeto de controle da proliferação de espécies exóticas, especialmente do pinus, no Paraná. A proposta, que começou em 2022 pelo Parque Estadual de Vila Velha, em Ponta Grossa, nos Campos Gerais, chegou nesta terça-feira (04) à quinta Unidade de Conservação (UC) do Estado, com o início do processo de erradicação das árvores invasoras na Floresta Estadual Metropolitana, em Piraquara, na Região Metropolitana de Curitiba.

Os parques estaduais do Cerrado (entre Jaguariaíva e Sengés), Vale do Codó (Jaguariaíva) e Guartelá (Tibagi) também integram a proposta.

A expansão do projeto para a Grande Curitiba faz parte das comemorações pela Semana do Meio Ambiente, celebrada entre segunda (03) e sexta-feira (07). O planejamento prevê, inicialmente, o corte de árvores de pequeno porte, sem valor comercial.

Paralelamente, o IAT começou o inventário da floresta, para conhecer o volume de madeira exótica que precisará ser suprimido. Após o levantamento técnico, a madeira com espessura maior será vendida, com o valor arrecadado revertido para projetos ambientais na comunidade.

As ações de supressão controlada contam com o apoio do Corpo de Bombeiros do Paraná e da Iniciativa Campos Gerais, grupo de voluntários que ajuda na coordenação do processo. O IAT é vinculado à Secretaria de Estado do Desenvolvimento Sustentável (Sedest).

“É o pontapé inicial para erradicar as exóticas nesta floresta. Contamos com o apoio de todos, incluindo os indígenas que habitam a região. Queremos preservar a natureza com espécies locais, recuperar o bioma da Mata Atlântica”, afirmou o diretor-presidente do Instituto, José Luiz Scroccaro.

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“O nosso sonho é proteger e conservar a área natural do Paraná antigo. É o que vamos fazer aqui na Floresta Metropolitana”, acrescentou Juarez Baskoski, responsável pelo Parque Estadual de Vila Velha dentro do IAT e um dos idealizadores do projeto.

FLORESTA – A Floresta Estadual Metropolitana se tornou um case internacional pela gestão compartilhada entre o IAT e indígenas das etnias Caingangue, Guarani Ñandeva, Guarani Mbya, Avá-Guarani e Tukano, moradores do local, representados pelo Instituto e Centro de Formação Etno Bio Diverso Ângelo Kretã.

O Termo de Cooperação foi assinado em 2022 e busca compartilhar as responsabilidades de gestão da UC no que diz respeito ao uso público do local, dando oportunidade à disseminação da educação ambiental sob a perspectiva dos saberes dos povos originários da terra.

Além disso, visa à preservação local, com proteção do espaço contra invasores, caçadores e queimadas; o reflorestamento com árvores nativas; a conservação e restauração do bioma da Mata Atlântica e a recepção a turistas que desejam visitar o espaço.

Ao todo, são 35 indígenas em 11 famílias que ocupam e fazem o manejo da UC por meio do Termo de Cooperação. Pelo acordo, o instituto fica responsável pelas reformas e manutenção estruturais, delimitações de áreas que não devem ser acessadas por visitantes e o envio de mudas para o replantio. A permanência dos povos originários no local atende ao acordo estabelecido no Sistema Nacional de Unidade de Conservação (SNUC) sobre abrigar populações tradicionais.

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São os próprios moradores locais que ajudarão na erradicação do pinus. “Precisamos nos unir para reconstruir o nosso meio ambiente, o nosso planeta. Por isso é tão importante essa união de forçar com o IAT”, destacou Eloy Jacintho, líder indígena da comunidade.

PINUS – O pinus é uma espécie de pinheiro da América do Norte, inserido no Brasil há mais de um século para fins ornamentais. Porém, desde 1960, é cultivado em larga escala comercial como matéria-prima em indústrias de madeira, laminados, resina, celulose e papel, especialmente nas regiões Sul e Sudeste do País.

A dificuldade do controle do pinus se dá pela anatomia das sementes. Elas são leves e possuem um formato que favorece a aerodinâmica para voarem até oito quilômetros de distância da chamada árvore-mãe. Essa dispersão, quando descontrolada, é prejudicial, pois os galhos que caem da árvore, parecidos com um capim, sufocam e impedem a proliferação da vegetação nativa.

“Queremos devolver a paisagem natural ao Paraná, sem espécies invasoras”, disse o promotor público Fábio Grade, um dos líderes do grupo de 30 voluntários que ajuda na conservação dos parques.

Fonte: Governo PR

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PARANÁ

Decreto isenta de ICMS biogás, biometano e combustível sustentável de avião no Paraná

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O governador Carlos Massa Ratinho Junior assinou nesta segunda-feira (05) o Decreto nº 9.817 que concede isenção sobre o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) em operações para aquisições de bens destinados à fabricação de combustível sustentável de aviação (SAF, na sigla em inglês), biometano, biogás, metanol e CO2. 

Além disso, o decreto também concede a isenção do ICMS na aquisição de máquinas, equipamentos, aparelhos e componentes para geração de energia a partir do biogás, como bombas de ar ou de vácuo, compressores de ar ou de outros gases e ventiladores; coifas aspirantes, contadores de gases. As duas medidas buscam tornar o Paraná mais competitivo na atração de negócios em energia renovável, alavancando o desenvolvimento estadual.

O decreto internaliza os convênios 161/2024 e 151/2021, aprovados pelo Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz) durante o Encontro Nacional dos Secretários da Fazenda em dezembro. Com a regulamentação, as isenções já estão em vigor. 

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De acordo com o secretário estadual da Fazenda, Norberto Ortigara, a ideia é justamente estimular investimentos em combustíveis sustentáveis no Paraná, colocando o Estado em posição de destaque no cenário nacional. “Queremos consolidar o Paraná como uma referência e um polo na produção de novas energia e incentivos fiscais, como a isenção do ICMS, são formas de pavimentar esse caminho, estimulando investimentos no setor”, explica.

Um dos objetivos da iniciativa, aponta Ortigara, está em tornar o biometano economicamente viável. “O Paraná já é o maior produtor de proteína animal do Brasil, então queremos aproveitar o potencial que já existe aqui para fomentar a cadeira de biogás e biometano. Temos potencial para sermos uma Arábia Saudita do combustível renovável”, diz. “É usar dejetos de animais para gerar energia e, com as novas isenções, facilitamos o caminho para tornar o Estado ainda mais sustentável”.

SUSTENTABILIDADE – Os esforços do Paraná em se tornar referência na produção de combustíveis sustentáveis a partir do reaproveitamento do potencial agrícola não se limita apenas à isenção do ICMS. Embora a medida assinada pelo governador estimule ainda mais o setor, o Estado já aposta na geração de energia renovável também por meio de outros programas, como o Paraná Energia Rural Renovável (RenovaPR).

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Executado pelo IDR-Paraná, ele incentiva os produtores rurais a produzir sua própria energia ou combustível. O Estado também subsidia os juros dos empréstimos usados pelos produtores para a implantação de projetos de energia renovável, por meio do Banco do Agricultor Paranaense.

Segundo levantamento do Centro Internacional de Energias Renováveis (Cibiogás), o Paraná lidera com folga o número de plantas de biogás na região Sul, com 426 unidades instaladas, 348 delas da agropecuária. Em Santa Catarina são 126 plantas e no Rio Grande do Sul 84. O Paraná foi responsável com 53% do volume de geração de biogás na região no ano passado, com 461 milhões de metros cúbicos normais. .

Fonte: Governo PR

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