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Primeira copiloto mulher da Casa Militar tem brevê para guiar aviões e helicópteros

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Desde adolescente, Jenifer Formanquevski já tinha em mente a carreira que queria seguir na vida: a de policial militar. Filha de um capitão da Polícia Militar do Paraná (PMPR), que hoje está na reserva, ela costumava acompanhar o pai no trabalho, e na época de prestar o vestibular não teve dúvidas. Escolheu o Curso de Formação de Oficiais da PM.

Desde 2011 na PMPR, ela passou por diferentes funções na Corporação, mas sua carreira na polícia alçaria voos mais altos. Em 2024, com 31 anos de idade, a tenente se tornou a primeira mulher copiloto da Divisão de Transporte Aéreo da Casa Militar do Paraná. Formada primeiramente como piloto de helicóptero, ela seguiu os estudos na área da aviação para tirar também o brevê para pilotar aviões.

“Eu não achava que ser piloto era um sonho possível. Pensava que era preciso fazer uma faculdade específica, que tinha que começar muito cedo, se dedicar por muito tempo”, conta. “Quando vi que essa oportunidade era possível, um amigo meu, que é piloto, me convidou para fazer um voo experimental. Eles me colocaram em um voo para ver como era, e foi ali que apaixonei”.

Essa primeira paixão, pelo helicóptero, fez com que enxergasse além e a motivou a ir atrás do brevê para aviões. Assim, ela iniciou novamente o processo para se formar primeiro como piloto privado, depois como piloto comercial e então multimotor, que a tornou apta a trabalhar com as aeronaves da Casa Militar.

“Com um tempinho de experiência com o helicóptero, comecei a me apaixonar pelo avião, então comecei tudo de novo para tirar a carteira de piloto privado, dando sequência até concluir a formação para piloto comercial e multimotor. Somando todo esse processo, desde a primeira até a última carteira, foram dois anos de cursos”, conta.

As aulas práticas e teóricas, feitas no Aeroclube de Ponta Grossa, exigem conhecimento técnico em aeronaves, em meteorologia, regulamento de tráfego aéreo e navegação aérea. Para ter a licença de piloto privado em mãos, o aluno precisa fazer pelo menos 40 horas de aulas práticas. Já o brevê para piloto comercial exige, no mínimo, 150 horas de voo.

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TRANSPORTE AÉREO – Criada há 96 anos, a Casa Militar tem como missão garantir a segurança do governador, do vice-governador e de todas as autoridades que visitam o Paraná, além de gerir o transporte aéreo do Estado.

Com uma frota de quatro aeronaves – três aviões e um helicóptero – a Divisão de Transporte Aéreo é responsável pelos voos executivos das autoridades estaduais, mas também dá suporte a ações de segurança pública e Defesa Civil e ao transporte de órgãos para transplante.

Somente no ano passado, as aeronaves da Casa Militar voaram 128 vezes para captar e entregar com agilidade órgãos para serem transplantados e salvarem vidas no Paraná, o maior número de operações desse tipo em um ano. Com esse trabalho, que é feito de forma conjunta com a Central Estadual de Transplantes da Secretaria de Estado da Saúde e com uma rede de hospitais credenciados, o Paraná é destaque nacional na doação de órgãos e tecidos.

Para atender as demandas do transporte aéreo, a divisão conta com uma equipe de pilotos, copilotos e de apoio de solo, com profissionais tanto civis quanto militares. Além da parte operacional dos voos, a equipe toda também trabalha na área administrativa, se dividindo em turnos para que as aeronaves estejam aptas a voar sempre que acionadas.

A tenente Jenifer é copiloto da aeronave Grand Caravan C208B, um avião monomotor turboélice que tem capacidade de transportar até oito pessoas por voo, incluindo os dois tripulantes.

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“Como copiloto, meu papel é auxiliar o comandante em todas as etapas do voo, realizando os cálculos de performance, peso e balanceamento e plano de voo”, explica. “A aviação tem uma estrutura de comunicação via rádio, e o copiloto também assume essa função, para deixar a carga de trabalho do comandante um pouco mais leve”.

A profissional também é responsável pelas inspeções de pré-voo, entre voo e pós-voo. Durante o voo propriamente dito, a copiloto faz as comunicações via rádio, configura e monitora os instrumentos e parâmetros da aeronave, interagindo ativamente com o comandante para a divisão da carga de trabalho e desenvolvimento de um voo seguro.

Além das atividades compartilhadas, ela pode substituir o comandante numa eventual indisponibilidade durante o voo.

PIONEIRISMO – Entre os quadros da PMPR, a tenente Jenifer foi a primeira a ter brevê para pilotar aviões e a segunda apta a pilotar helicópteros. Quem abriu caminhos na aviação foi a tenente Maitê Baldan, que em 2019 se tornou a primeira mulher piloto do Batalhão da Polícia Militar de Operações Aéreas (BPMOA), participando de missões policiais, além de resgates e salvamentos.

“A capitã Baldan foi uma inspiração para mim. Eu a vi e pensei o quanto aquela mulher era dedicada, me inspirou muito. Eu comecei no helicóptero, como ela, e agora sou a primeira piloto de avião da PMPR atuando nessa área”, destaca Jenifer.

E além da inspiração, o acolhimento e o incentivo que recebeu dos colegas a motivam a voar cada vez mais alto. “A equipe da Casa Militar tem um carinho e respeito muito grande pelas mulheres. Sempre me senti muito acolhida, é uma unidade pela qual sou apaixonada. São pessoas maravilhosas, que me fizeram entender que eu poderia alcançar a função que eu ocupo hoje”, arremata.

Fonte: Governo PR

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Decreto isenta de ICMS biogás, biometano e combustível sustentável de avião no Paraná

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O governador Carlos Massa Ratinho Junior assinou nesta segunda-feira (05) o Decreto nº 9.817 que concede isenção sobre o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) em operações para aquisições de bens destinados à fabricação de combustível sustentável de aviação (SAF, na sigla em inglês), biometano, biogás, metanol e CO2. 

Além disso, o decreto também concede a isenção do ICMS na aquisição de máquinas, equipamentos, aparelhos e componentes para geração de energia a partir do biogás, como bombas de ar ou de vácuo, compressores de ar ou de outros gases e ventiladores; coifas aspirantes, contadores de gases. As duas medidas buscam tornar o Paraná mais competitivo na atração de negócios em energia renovável, alavancando o desenvolvimento estadual.

O decreto internaliza os convênios 161/2024 e 151/2021, aprovados pelo Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz) durante o Encontro Nacional dos Secretários da Fazenda em dezembro. Com a regulamentação, as isenções já estão em vigor. 

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De acordo com o secretário estadual da Fazenda, Norberto Ortigara, a ideia é justamente estimular investimentos em combustíveis sustentáveis no Paraná, colocando o Estado em posição de destaque no cenário nacional. “Queremos consolidar o Paraná como uma referência e um polo na produção de novas energia e incentivos fiscais, como a isenção do ICMS, são formas de pavimentar esse caminho, estimulando investimentos no setor”, explica.

Um dos objetivos da iniciativa, aponta Ortigara, está em tornar o biometano economicamente viável. “O Paraná já é o maior produtor de proteína animal do Brasil, então queremos aproveitar o potencial que já existe aqui para fomentar a cadeira de biogás e biometano. Temos potencial para sermos uma Arábia Saudita do combustível renovável”, diz. “É usar dejetos de animais para gerar energia e, com as novas isenções, facilitamos o caminho para tornar o Estado ainda mais sustentável”.

SUSTENTABILIDADE – Os esforços do Paraná em se tornar referência na produção de combustíveis sustentáveis a partir do reaproveitamento do potencial agrícola não se limita apenas à isenção do ICMS. Embora a medida assinada pelo governador estimule ainda mais o setor, o Estado já aposta na geração de energia renovável também por meio de outros programas, como o Paraná Energia Rural Renovável (RenovaPR).

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Executado pelo IDR-Paraná, ele incentiva os produtores rurais a produzir sua própria energia ou combustível. O Estado também subsidia os juros dos empréstimos usados pelos produtores para a implantação de projetos de energia renovável, por meio do Banco do Agricultor Paranaense.

Segundo levantamento do Centro Internacional de Energias Renováveis (Cibiogás), o Paraná lidera com folga o número de plantas de biogás na região Sul, com 426 unidades instaladas, 348 delas da agropecuária. Em Santa Catarina são 126 plantas e no Rio Grande do Sul 84. O Paraná foi responsável com 53% do volume de geração de biogás na região no ano passado, com 461 milhões de metros cúbicos normais. .

Fonte: Governo PR

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