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Paraná avança em produção de alimentos com sustentabilidade, afirma o governador

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O desafio de aumentar a produtividade do agronegócio aliado à sustentabilidade. Esse foi o tema do governador Carlos Massa Ratinho Junior no summit “Paraná em Perspectiva: Agro e a Sustentabilidade”, do jornal Gazeta do Povo, nesta quarta-feira (1), na sede da Organização das Cooperativas do Paraná (Ocepar), em Curitiba. Ratinho Junior destacou o Estado como produtor de alimentos alinhado aos princípios da sustentabilidade.

Ele lembrou que o Paraná foi reconhecido três vezes como o mais sustentável do Brasil pelo Ranking de Competitividade dos Estados. A Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), que representa as 30 maiores potências do mundo, colocou o Estado, junto com uma província do Japão, como destaque em sustentabilidade.

“Isso demonstra que estamos no caminho correto da preocupação com o meio ambiente e, além disso, nos consolida como supermercado do mundo. Somos um grande produtor de alimentos com preocupação ambiental”, destacou o governador.

Ratinho Junior afirmou que, com foco na sustentabilidade, o Paraná consegue ser líder nacional na produção de proteína animal, segundo colocado na produção de grãos e o Estado com o agronegócio mais industrializado. Índices que fazem com que o agronegócio represente 35% do PIB paranaense.

“Nossa vocação é produzir alimentos, é ser o supermercado do mundo, mas com preocupação ambiental, que acaba se tornando um ativo para nosso Estado, um selo que atrai investidores de todo o mundo, que hoje está muito voltado para a questão da sustentabilidade.”

Entre as ações sustentáveis que o Paraná vem liderando, o governador citou o plano de preservação de nascentes de rios, com o comprometimento de proteger pelo menos 30 mil fontes e minas d’água até 2026. Além disso, o Instituto Água e Terra (IAT) já distribuiu 8,5 milhões de mudas de espécies nativas desde 2019.

TRATADO – Outro fato de destaque é que o Paraná foi o Estado que mais reduziu o desmatamento da Mata Atlântica nos cinco primeiros meses desse ano. Em outubro, o Paraná, junto com os outros estados membros do Consórcio de Integração Sul e Sudeste (Cosud) assinou o “Tratado da Mata Atlântica”, em que há o compromisso de restaurar 90 mil hectares do bioma, o equivalente a 120 mil campos de futebol, com o plantio de 100 milhões de mudas nativas até 2026.

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“Isso é o que norteia nosso trabalho: fazer com que a gente possa cada vez mais industrializar os alimentos que produzimos, mas sempre cuidando das nossas nascentes, das nossas bacias hidrográficas, macrobacias, microbacias, matas ciliares, a Mata Atlântica, a maior da América do Sul. Tudo isso é qualidade de vida para a população e também desenvolvimento econômico”, avalia o governador.

Na produção orgânica, o Paraná também é destaque, líder neste tipo de agricultura com 3,7 mil produtores, representando 16% de todos os agricultores deste segmento no país. Mesmo assim, aponta o governador, o Paraná tem o compromisso de estender ainda mais e incentivar a agricultura sustentável com a meta estabelecida por lei de ter 100% das mais de 2 mil escolas estaduais atendidas exclusivamente com produtos orgânicos até 2030.

ENERGIA SUSTENTÁVEL – Outra preocupação do Governo apresentada por Ratinho Junior no summit é a destinação ambientalmente correta dos resíduos da produção agrícola, em especial da proteína animal.

O governador falou do plano de se criar uma rede de usinas de biogás produzido a partir dos dejetos da criação de animais que pode ser usado na produção de energia elétrica. Além disso, do biogás é extraído o biometano, gás que pode ser usado como combustível de veículos, em especial na frota agrícola, como tratores. E do extrato dessa produção pode ainda ser feito fertilizante.

“O Paraná será a Arábia Saudita do biogás no Brasil”, comparou o governador ao se referir a um dos maiores produtores de petróleo do mundo. “Já temos 169 plantas de biogás prontas. Vamos inaugurar mais uma grande em Carambeí nos próximos dias, além das pequenas usinas. Vamos lançar projeto em que vamos criar um ecossistema do biogás”, pontuou o governador.

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Dentro desse ecossistema do biogás, haverá incentivos fiscais para baratear a produção e o consumo, além da construção de gasodutos para distribuir a produção do biogás nas propriedades rurais.

No início de outubro, o Paraná aderiu a três convênios do Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz) que incentivam a produção e consumo do biogás e biometano. “De um passivo ambiental, vamos gerar energia limpa e sobretudo atrair empresas que precisam de gás. Isso vai industrializar ainda mais as cooperativas, a produção, a indústria de transformação de alimentos”, concluiu o governador em sua apresentação.

Além deste plano que será implantado, o programa RenovaPR, da Secretaria de Estado da Agricultura (Seab) e do Instituto de Desenvolvimento Rural do Paraná (IDR-PR) já implantou 6.662 projetos de energia sustentável nos últimos dois anos em propriedades rurais do Paraná subsidiados pelo Banco do Agricultor Paranaense.

O programa apoia as famílias de produtores rurais na implantação de sistemas próprios para geração de energia elétrica, seja por placas solares ou pelo processamento de biomassas para produção de biogás e biometano.

PAINÉIS – Além da fala do governador, o evento contou com dois painéis de debate. O primeiro, “Os Desafios e Oportunidades de Crescimento do Agro Sustentável no Paraná”, com a participação dos secretários estaduais da Agricultura e do Abastecimento, Norberto Ortigara; e do Desenvolvimento Sustentável, Valdemar Bernardo Jorge, além do presidente do Sistema Ocepar, José Roberto Ricken.

O segundo painel, intitulado “O Futuro do Hidrogênio Renovável no Paraná”, teve como debatedores o secretário estadual do Planejamento, Guto Silva; o cofundador da Lean 4.0 e doutor em engenharia pela Universidade Técnica de Berlim, Rodrigo Pastl, e o consultor da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe) no Paraná, Rodrigo Régis.

Fonte: Governo PR

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Via Rural Smart Farm reúne 19 mil pessoas no primeiro fim de semana da ExpoLondrina

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O Sistema Estadual de Agricultura (Seagri) reuniu cerca de 19 mil pessoas na Via Rural Smart Farm nos três primeiros dias de ExpoLondrina 2025. O espaço, uma parceria do Seagri com a Universidade Estadual de Londrina (UEL), é composto por diversos ambientes que visam difundir tecnologias e inovações para o meio rural, apresentar as principais políticas públicas desenvolvidas pelo Estado e promover o desenvolvimento rural sustentável.

Vagner Santos Alexandre, construtor autônomo, visita o espaço todos os anos com a família e afirma que melhora a cada ano. “A gente tem percebido que cada vez mais vem melhorando a organização do ambiente. É um entretenimento para a criança e também um espaço para lazer para os pais” afirma. A expectativa é que o local receba cerca de 200 mil pessoas durante todo o evento, que termina no próximo domingo (13).

O prefeito da via Rural Smart Farm, Wagner Santos, falou da proposta do espaço. “A Via Rural Smart Farm, que muitos conhecem por Fazendinha, tem o intuito de trazer as pessoas para poder conhecer um pouco daquilo que nós desenvolvemos, o que nós entregamos para a sociedade”.

Segundo ele, os estudantes têm muito aprendizado ao visitar o espaço. “Eu digo para os estudantes que fazem estágio aqui com a gente, que trabalham aqui com a gente, que nos auxiliam, que é uma verdadeira universidade a céu aberto”.

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VIA RURAL – A rota, instalada na ExpoLondrina, reúne pelo menos 21 atrações do mundo agro, desenvolvidas para informar, alertar e prevenir sobre diversos riscos que a agropecuária está exposta.

A rota inicia com uma apresentação do Instituto de Desenvolvimento Rural do Paraná (IDR-Paraná), mostrando as ações do Estado para a comunidade rural, por meio de extensão e pesquisa, para otimizar as produções pelo Estado.

Outra parada é no Café Qualidade Paraná, que mostra as etapas de preparação de um café de qualidade, desde os tipos disponíveis para cultivo, até a torração e moagem. Além de uma comparação no aroma e aparência dos cafés.

A área de Manejo e Conservação de Solo é uma parceria do IDR-Paraná, da Agência de Defesa Agropecuária (Adapar) e Embrapa para mostrar os diferentes tipos de solo, os benefícios, as diferenças, os processos de erosão em lugares com e sem cobertura, além de uma simulação gráfica dinâmica de relevo de solo.

A Adapar aproveitou o espaço para disseminar também algumas informações sobre a raiva, sobre os morcegos que transmitem a doença e algumas dicas de como prevenir a contaminação tanto em humanos quanto em animais.

No caminho também há o espaço da sericicultura, que mostra os processos de crescimento e alimentação do bicho-da-seda, com demonstração das lagartas vivas, para chegar até a idade final e começar a produzir o casulo de seda. É mostrado também o processamento dos casulos até a produção de tecidos.

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Na aquicultura, o IDR-Paraná apresenta os processos de tratamento da água de forma sustentável mantendo a saúde e crescimento dos peixes, os tipos de tanque e peixes de diversos tamanhos para demonstração.

A área de fruticultura e olericultura traz os diferentes tipos de plantio, as opções alternativas como o uso de microalgas e demonstração das principais pragas e parasitóides agrícolas. A agricultura familiar também faz parte da rota. O restaurante rural apresenta pratos e bebidas especiais de produtores familiares. A área de agroindústrias familiares traz produtos do ramo, como queijos, embutidos, alimentos desidratados e muito mais.

O espaço de turismo rural mostra algumas das rotas criadas pelo IDR-Paraná que são destaque no Estado, como a Rota do Queijo, Rota do Vinho e a Rota da Erva-mate, que ainda está em processo de criação.

Além disso, inclui empresas juniores e projetos de extensão da UEL, informações e alertas sobre a bovinocultura, espaço de demonstração de promoção e saneamento rural, o mundo das sementes, que apresenta a diversidades de sementes disponíveis no Estado, incluindo as sementes crioulas, amostra de tratores do programa Trator Solidário e um espaço dedicado a informações da Fetaep.

A Via Rural Smart Farm pode ser visitada até o dia 13 de abril, das 8h às 17h durante a semana e das 9h às 19h nos finais de semana.

Fonte: Governo PR

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