10 de Abril de 2025
    NOVA AURORA

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    Nossa Gente Paraná é destaque em Fórum Nacional de Secretários de Assistência Social

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    O Programa Nossa Gente Paraná, do Governo do Paraná, foi um dos destaques na reunião do Fórum Nacional de Secretários de Assistência Social (Fonseas), realizado em Brasília, nesta terça-feira (01). A apresentação foi solicitada à Secretaria Estadual do Desenvolvimento Social e Família (Sedef) devido ao interesse de outros estados pelo programa.

    Com metodologia própria para atender pessoas em situação de vulnerabilidade social, o programa é gerido pela Sedef com a participação de diversas secretarias e órgãos estaduais e municipais, e se tornou referência nacional no atendimento integral de famílias mais vulneráveis. As ações, envolvem áreas da educação, saúde, regularização ou confecção de documentos, habitação, capacitações técnicas e encaminhamento para o mercado de trabalho.

    A presidente do Fonseas, Cyntia Figueira Grillo, secretária do Espírito Santo, explicou que os estados interessados podem vir ao Paraná conhecer mais profundamente o sistema e levar ao Fórum uma proposta de implantação de um sistema operacional próprio. “Não precisamos inventar a roda, se temos um exemplo exitoso como esse do Paraná, porque não respeitarmos as peculiaridades de cada região, mas usar esse programa, afinal, os bons resultados podem e devem ser compartilhados”, ressaltou.

    Desde 2012, passaram pelo programa 44.219 famílias, que tiveram suas vidas modificadas graças ao suporte dado pelo atendimento multissetorial. tualmente, 25 mil famílias são acompanhadas em todo o Estado, para que consigam sua emancipação o mais breve possível. “O trabalho executado pelos técnicos do Nossa Gente Paraná é louvável por levar emancipação às famílias mais vulneráveis do Estado. Esse trabalho multissetorial é um grande diferencial, que consegue abarcar diversas áreas das vulnerabilidades e, desta forma, garante o desenvolvimento global das famílias acompanhadas”, destacou o secretário Rogério Carboni. 

    Ele explicou que outro grande diferencial do Programa, são os atendimentos particularizados. Para se conhecer as vulnerabilidades das famílias, são feitos encaminhamentos individualizados, respeitando as necessidades de cada um.

    AVALIAÇÃO – Além disso, o Programa Nossa Gente Paraná, conta com metodologia de avaliação própria, que é o Índice de Vulnerabilidade das Famílias (IVF), elaborado pelo Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico e Social (Ipardes). A partir de dados do Cadastro Único (Cadúnico), são compilados e cruzados dados que servem de informações tanto para a busca ativa das famílias, quanto para avaliação dos acompanhamentos realizados.

    Depois do cruzamento das informações dos sistemas,  entram em cena as equipes dos Centros de Referência em Assistência Social (CRAS) dos municípios, que fazem uma busca ativa das famílias para convencê-las a participar do programa.

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    Laura Mueller, professora do Instituto Insper (de São Paulo, que atua em educação e formação de líderes inovadores) analisou o sistema do programa e participou da apresentação, destacou que o monitoramento é essencial para que as próprias famílias vejam o quanto evoluíram. “O Nossa Gente Paraná tem um plano e método de acompanhamento impressionante, por meio dele, é possível ver e garantir que as famílias passem e superem as etapas de dificuldades e possam ser conduzidas na mudança de vida. Claro, que sempre há o que melhorar, e nossa sugestão é de um bônus, para que cada vez mais, as pessoas possam ter ainda protagonismo” explicou.

    Atualmente, 375 das 399 cidades paranaenses aderiram ao Nossa Gente Paraná. Eles contam com um comitê local, formado por funcionários do Cras, d Centro Referência Especializado de Assitência Social (Creas), unidades de saúde, escolas, Agências do Trabalhador e outros serviços públicos.

    PLANO DE AÇÃO – Mas não apenas de vulnerabilidades e indicadores, é formado o programa. Os técnicos das equipes que realizam o acompanhamento traçam, também, um plano de ação individualizado. “As famílias apresentam seus sonhos, compartilham suas metas, suas dificuldades, e todas essas informações são inseridas neste plano, que é revisado a cada encontro, motivando ainda mais as famílias”, explicou a diretora de Desenvolvimento Social da Sedef, Quelen Coden.

    NO CAMPO – O acompanhamento familiar acontece em diversas áreas, tanto nas cidades, como nos ambientes rurais. Em parceria com a Secretaria da Agricultura e Abastecimento, por meio do Instituto de Desenvolvimento Rural do Paraná Iapar/Emater (IDR-Paraná), são desenvolvidos dois projetos: o Renda Agricultor Familiar e o Inclusão Produtiva Solidária, de atendimento a famílias do campo.

    O Renda Agricultor Familiar já beneficiou 8.078 famílias, das quais 71 quilombolas, 311 indígenas e 6.948 chefiadas por mulheres, alcançando 27.533 pessoas. A proposta busca melhorar a situação de segurança alimentar, além de desenvolver atividades de geração de renda e promover o acesso a políticas públicas de proteção social.

    Os agricultores familiares são acompanhados por um extensionista do IDR-Paraná, que constrói junto com a família um projeto de estruturação da propriedade, que pode abranger as áreas de saneamento básico, produção para o autoconsumo e apoio a processos produtivos.

    Eles recebem um auxílio financeiro de R$ 3 mil para executar essas ações, que incluem a construção ou melhoria das instalações sanitárias, a proteção de fontes de água, a plantação de uma roça ou criação de animais e a geração de renda por meio de atividades agrícolas ou não-agrícolas.

    Iniciado em 2021, o Inclusão Produtiva Solidária atendeu até agora 560 famílias rurais, 14 quilombolas, 78 indígenas e 508 delas chefiadas por mulheres, beneficiando quase 2 mil pessoas. A ação atende grupos de famílias, que são orientadas a elaborar um projeto de produção coletiva, com assistência técnica dos extensionistas do IDR-Paraná.

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    Podem ser desenvolvidas atividades agrícolas – hortas, pomares e pequenas unidades de transformação, como panificados, massas e conservas; e não-agrícolas, como salão de beleza, artesanato, costura e outros interesses do grupo. Cada família recebe um auxílio de R$ 4 mil para realizar essas atividades.

    CAIXA D’ÁGUA BOA – Em parceria com a Sanepar, o programa também promove o projeto Caixa d’Água Boa, em que as famílias recebem uma caixa d’água e um kit instalação, além de R$ 1 mil de auxílio, para que elas façam a instalação na sua casa, o que permite a qualidade e garantia no abastecimento de água, principalmente em períodos de interrupção de fornecimento.

    Entre 2017 e 2022, 5.500 famílias que não tinham o equipamento em sua residência foram atendidas, beneficiando aproximadamente 17,7 mil pessoas. Neste ano o projeto entra em uma nova fase, com a previsão de atender 2 mil famílias.

    HABITAÇÃO – Já para a área habitacional, a parceira do Programa Nossa Gente Paraná, é a Cohapar, que realiza os projetos de requalificação urbana e de redução do deficit habitacional. Os projetos são construídos nas regiões incluídas como prioritárias no Plano Estadual de Habitação de Interesse Social (PEHIS).

    O projeto de requalificação atende comunidades que vivem em áreas de risco ou ocupações irregulares. As famílias são retiradas dessas regiões por um período e recebem um aluguel social. Enquanto isso, a Cohapar requalifica todo o local, com a construção de novas casas, pavimentação, implantação de esgoto e iluminação pública.

    Para a redução do déficit habitacional dos municípios, as famílias atendidas recebem uma casa sem custos, já que a construção dessas unidades é financiada pelo BID. As duas modalidades do programa recebem investimentos de cerca de R$ 120 milhões e abrangem 41 municípios. Até o momento, 1.017 moradias já foram entregues e outras 345 estão em construção.

    PRÊMIOS – O programa ficou entre os três primeiros colocados do país no Prêmio Estratégia ODS Brasil 2022, da Rede Estratégia ODS; foi vencedor por duas vezes do Prêmio Sesi ODS, em 2019 e em 2021, e finalista, em 2016, do Prêmio Rosani Cunha de Desenvolvimento Social, do então Ministério do Desenvolvimento Social. O Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), que financiou o programa, destacou em diferentes publicações a metodologia inovadora que identifica, acompanha e guia as famílias rumo à reintegração social.

    Fonte: Governo PR

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    Estado auxilia produtores de soja e milho a investirem em ciência na ExpoLondrina

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    Os produtores de milho e soja da ExpoLondrina puderam conhecer um pouco mais sobre produção sustentável, manejo de solo e como enfrentar alguns dos principais problemas dessas culturas nesta quinta-feira (10), durante o 2º Seminário Regional de Produção Sustentável de Grãos: Soja/Milho, evento que faz parte da programação da Via Rural Smart Farm, espaço do Sistema Estadual de Agricultura (Seagri) na ExpoLondrina.

    O secretário de Estado da Agricultura e do Abastecimento, Marcio Nunes, destacou a importância de se conversar sobre as questões técnicas das diversas culturas desenvolvidas no Estado. “A vida da gente é um processo de aprendizagem contínua, a gente está aprendendo todo dia, mesmo achando que sabe tudo, sempre tem a possibilidade de aprender alguma coisa, numa palestra, numa consideração, numa colocação que às vezes a gente está vendo”, disse.

    Ele também reforçou a necessidade de se mudar os conceitos que se criam sobre a agropecuária e que isso é um desafio para os produtores, que todos os dias se esforçam para implementar boas práticas em suas lavouras. “Muitas vezes tem um lado que quer desmoralizar ou quer colocar que nós estamos aqui produzindo, mas que nós não somos sustentáveis, que não estamos cuidando do meio ambiente. Pelo contrário. Principalmente nós aqui no Paraná, pois aqui nós cuidamos do meio ambiente, nós estamos no estado mais sustentável do Brasil”, reforçou.

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    O seminário é importante diante do crescimento da produção. Na safra 24/25, o milho de 2ª safra já está todo plantado. A estimativa é que foram semeados em torno de 2,6 milhões de hectares. Por enquanto está mantida a previsão de produção próxima a 15,9 milhões de toneladas, feita pelos técnicos do Departamento de Economia Rural (Deral). A expectativa de produção para a soja está mantida em pouco mais de 21 milhões de toneladas.

    Celso Daniel Seratto, engenheiro agrônomo do Instituto de Desenvolvimento Rural (IDR-Paraná), foi o palestrante sobre “Manejo de solos e água, nematóides e plantas daninhas”. Ele discorreu sobre como o adensamento e compactação de solo é causado e como pode impactar no desenvolvimento das culturas e absorção da água e como diminuir este impacto.

    Seratto deu exemplos de produtores que aderiram às medidas sugeridas pelo IDR-Paraná e conseguiram contornar o problema. O agrônomo também explicou sobre o manejo correto e tipos de nematóides. Além disso, deu dicas sobre mixes de safras que podem gerar bons resultados nas culturas.

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    Michele Regina Lopes da Silva, também do IDR-Paraná, falou sobre “Desafios para o Manejo do Complexo de Enfezamento do Milho: Resultados da Rede CEM”. Ela destacou o funcionamento da doença e as formas de identificá-la, além de explicar sobre o inseto vetor conhecido como “cigarrinha do milho”, seu desenvolvimento, como transmite a doença para as lavouras, como fazer o controle e prevenção do inseto e as ações do IDR-Paraná para combater o problema.

    Renan Ribeiro Barzan, gerente regional de extensão rural do IDR-Paraná de Londrina, destacou a importância do evento para os problemas atuais da cultura do milho. “Nós temos nos últimos anos enfrentado a problemática do complexo de enfezamentos na cultura do milho e o IDR-Paraná, junto com uma rede de pesquisa, tem apresentado muitos resultados para solucionar esse problema”, afirmou.

    O evento também contou com uma palestra do engenheiro ambiental Charles dos Santos, da CS Ambiental, que abordou o tema “Diagnóstico ambiental rural para a sustentabilidade na produção de grãos”.

    Fonte: Governo PR

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