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Na COP16, Paraná se torna o 1º governo subnacional a adotar créditos de biodiversidade

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O Paraná se tornou oficialmente o primeiro governo subnacional do mundo a instituir uma política de créditos de biodiversidade como forma de incentivar a preservação do meio ambiente. O programa, batizado de Política Estadual de Crédito de Biodiversidade no Estado do Paraná, foi lançado durante a 16ª edição da Conferência das Partes da Convenção das Nações Unidas de Diversidade Biológica, a COP16, que ocorre em Cali, na Colômbia – o evento promovido pela Organização das Nações Unidas (ONU) vai até sexta-feira (1º).

O objetivo do projeto é, em comum acordo com o setor privado, compensar a pressão ambiental causada pela operação de empresas e indústrias por meio de serviços ambientais prestados à preservação, conservação e à restauração ambiental.

A proposta foi desenvolvida pelo Governo do Estado em parceria com a Coalizão Life de Negócios e Biodiversidade, organização voltada para conservação do meio ambiente, e conta com o suporte do Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul (BRDE). O agente financeiro, por meio de um Termo de Cooperação em processo de formalização com a secretaria estadual do Desenvolvimento Sustentável (Sedest), vai destinar R$ 2 milhões para a compra de créditos de biodiversidade decorrentes das Reservas Particulares do Patrimônio Natural (RPPNs) selecionadas nos editais de chamamento público e que obtiverem a Certificação Life.

“É uma grande união de esforços em prol da natureza. A empresa que pressiona o meio ambiente, seja pela exploração de recursos naturais como árvores, consumo de água e energia ou o impacto para o efeito estufa, terá condições de mitigar essas ações ao comprar créditos de biodiversidade dessas reservas naturais. Esses espaços, por sua vez, alcançam mais condições para o desenvolvimento, sendo recompensados pelo cuidado com o meio ambiente”, explicou o secretário estadual do Desenvolvimento Sustentável, Everton Souza, que lidera a comitiva paranaense na COP16. “Somos precursores nesta política, reforçando o compromisso do Paraná com a sustentabilidade”.

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Diretor de Políticas Ambientais da Sedest, Rafael Andreguetto destacou que, em um primeiro momento, como projeto-piloto, 25 Reservas Particulares do Patrimônio Natural (RPPNs) paranaenses serão beneficiadas com o crédito, que será revertido em ações e projetos dentro das Unidades de Conservação (UCs). “Inicialmente, a política vai beneficiar RPPNs previamente selecionadas, seguindo critérios técnicos. Mas a intenção é ampliar, chegando também aos parques municipais, estaduais e federais na sequência”, disse.

COALIZÃO LIFE – Lançada em 15 de dezembro de 2022 durante a COP15 da Biodiversidade em Montreal, no Canadá, a Coalizão Life de Negócios e Biodiversidade é formada por um grupo de empresas comprometidas em acelerar a inserção da biodiversidade nos negócios, através de ações concretas e soluções transformadoras desenvolvidas pelo Instituto Life.

Como membro da coalização, a instituição se torna protagonista da transformação dos modelos de negócios inserindo a biodiversidade como resposta à emergência ambiental global e mitigação dos efeitos das mudanças climáticas. Integram o grupo associações empresariais como Grupo Boticário, Itaipu Binacional, Vale, Petrobras e Klabin, entre outros.

OUTROS PROJETOS – Além da Sedest, a comitiva paranaense conta com dirigentes da Invest Paraná e da Sanepar. O grupo apresentou também durante o evento internacional projetos e programas de sucesso do Estado focados no desenvolvimento sustentável, com destaque para o ICMS Ecológico, Paraná Mais Verde, Selo Clima Paraná, ParanáClima, Vocações Regionais Sustentáveis e Reserva Hídrica do Futuro.

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Houve ainda a finalização dos termos de um Acordo de Cooperação com a região da Lombardia, na Itália, voltado para o reúso da água, emergência climática e biodiversidade. O documento será assinado no início de 2025.

COP16 – A Convenção de Diversidade Biológica ocorre a cada dois anos e é um dos três eventos firmados pela ONU após a Conferência Rio-92. Junto com as convenções de mudanças climáticas e de desertificação, as iniciativas foram criadas para proporcionar a discussão de soluções ambientais em nível internacional.

A COP16 é baseada no slogan “Paz com a Natureza”, com enfoque no aprimoramento da relação entre os humanos e o meio ambiente, repensando um modelo econômico que não priorize a extração, a superexploração e a poluição da natureza.

Essa não é a primeira vez em que o Paraná assume um papel de destaque na convenção. Curitiba foi a sede da COP8, a edição de 2006 da Conferência, e em 2023 o Governo do Estado renovou um acordo com o Secretariado da Convenção sobre Diversidade Biológica para auxiliar na compensação das emissões de gases de efeito estufa do escritório da entidade por meio de ações de restauração ambiental.

Fonte: Governo PR

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Decreto isenta de ICMS biogás, biometano e combustível sustentável de avião no Paraná

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O governador Carlos Massa Ratinho Junior assinou nesta segunda-feira (05) o Decreto nº 9.817 que concede isenção sobre o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) em operações para aquisições de bens destinados à fabricação de combustível sustentável de aviação (SAF, na sigla em inglês), biometano, biogás, metanol e CO2. 

Além disso, o decreto também concede a isenção do ICMS na aquisição de máquinas, equipamentos, aparelhos e componentes para geração de energia a partir do biogás, como bombas de ar ou de vácuo, compressores de ar ou de outros gases e ventiladores; coifas aspirantes, contadores de gases. As duas medidas buscam tornar o Paraná mais competitivo na atração de negócios em energia renovável, alavancando o desenvolvimento estadual.

O decreto internaliza os convênios 161/2024 e 151/2021, aprovados pelo Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz) durante o Encontro Nacional dos Secretários da Fazenda em dezembro. Com a regulamentação, as isenções já estão em vigor. 

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De acordo com o secretário estadual da Fazenda, Norberto Ortigara, a ideia é justamente estimular investimentos em combustíveis sustentáveis no Paraná, colocando o Estado em posição de destaque no cenário nacional. “Queremos consolidar o Paraná como uma referência e um polo na produção de novas energia e incentivos fiscais, como a isenção do ICMS, são formas de pavimentar esse caminho, estimulando investimentos no setor”, explica.

Um dos objetivos da iniciativa, aponta Ortigara, está em tornar o biometano economicamente viável. “O Paraná já é o maior produtor de proteína animal do Brasil, então queremos aproveitar o potencial que já existe aqui para fomentar a cadeira de biogás e biometano. Temos potencial para sermos uma Arábia Saudita do combustível renovável”, diz. “É usar dejetos de animais para gerar energia e, com as novas isenções, facilitamos o caminho para tornar o Estado ainda mais sustentável”.

SUSTENTABILIDADE – Os esforços do Paraná em se tornar referência na produção de combustíveis sustentáveis a partir do reaproveitamento do potencial agrícola não se limita apenas à isenção do ICMS. Embora a medida assinada pelo governador estimule ainda mais o setor, o Estado já aposta na geração de energia renovável também por meio de outros programas, como o Paraná Energia Rural Renovável (RenovaPR).

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Executado pelo IDR-Paraná, ele incentiva os produtores rurais a produzir sua própria energia ou combustível. O Estado também subsidia os juros dos empréstimos usados pelos produtores para a implantação de projetos de energia renovável, por meio do Banco do Agricultor Paranaense.

Segundo levantamento do Centro Internacional de Energias Renováveis (Cibiogás), o Paraná lidera com folga o número de plantas de biogás na região Sul, com 426 unidades instaladas, 348 delas da agropecuária. Em Santa Catarina são 126 plantas e no Rio Grande do Sul 84. O Paraná foi responsável com 53% do volume de geração de biogás na região no ano passado, com 461 milhões de metros cúbicos normais. .

Fonte: Governo PR

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