NOVA AURORA

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Investimentos do Estado e praias de água doce estimulam desenvolvimento do Noroeste

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Nos últimos anos, as praias de água doce no Noroeste do Paraná têm passado por um rápido processo de crescimento imobiliário estimulado, principalmente, pelo turismo regional. As cidades de Porto Rico, São Pedro do Paraná e Marilena, que antigamente eram conhecidas apenas como destino de pescadores, receberam investimentos privados milionários para a instalação de condomínios residenciais e novas redes hoteleiras, o que também demandou novos recursos de infraestrutura do Estado, projetando a região nacionalmente.

Quem visita os municípios da Costa Noroeste se surpreende com o movimento intenso de barcos, lanchas e jet skis que circulam diariamente pelos rios Paraná e Paranapanema. O maior volume deles está concentrado em Porto Rico, que recentemente ultrapassou Paranaguá e se tornou a cidade com a maior frota náutica do Estado, com aproximadamente quatro mil embarcações registradas.

Para estimular esse movimento, o Estado tem levado novos investimentos em infraestrutura para a região, em parceria com os municípios. Outro fator que tem contribuído com o aumento de turistas nas cidades é a intervenção do Governo por meio do Verão Maior Paraná, com a promoção de atividades esportivas e de lazer, além do reforço no policiamento e no monitoramento dos guarda-vidas do Corpo de Bombeiros nas principais áreas de banho.

O coordenador regional da Paraná Turismo, Douglas Bácaro, explica que todos os órgãos estaduais envolvidos estão empenhados em receber bem os turistas. “As prefeituras também têm nos ajudado ao fornecerem as estruturas necessárias para o nosso trabalho porque sabem que o Verão Maior é uma oportunidade de divulgar os atrativos dos municípios. O que estamos vendo é a interiorização do turismo, algo que movimenta o setor de hotelaria e o comércio local, gera empregos, renda e aumento de arrecadação de impostos”, afirmou.

NOVA ORLA Entre as principais intervenções previstas para a região está a revitalização completa da orla de Porto Rico. Orçada em aproximadamente R$ 4,4 milhões, a obra transformará o centro da cidade em um grande espaço de convivência moderno e que prioriza a circulação de pedestres e a acessibilidade.

A obra será custeada através de um convênio entre o Governo do Paraná, por meio do Paranacidade, com a prefeitura de Porto Rico. O prazo de execução é de 12 meses a partir da assinatura do contrato, que deve acontecer após a conclusão do processo licitatório. As propostas das empresas interessadas serão abertas no dia 24 de fevereiro. O edital está disponível no site da prefeitura.

A nova orla contará com piso ecológico para facilitar a drenagem da água, ciclovia, banheiros amplos e decks rebaixados facilitando a circulação de idosos e pessoas com deficiência. Um grande letreiro com a frase “Eu Amo Porto Rico” também será instalado para que os turistas possam tirar fotos com a paisagem, que fica especialmente bonita aos fins de tarde quando os raios de sol pintam as águas do Rio Paraná de dourado.

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O projeto ainda prevê a instalação de um novo sistema de iluminação mais eficiente, novo projeto paisagístico, substituição do mobiliário existente por materiais ecológicos e lixeiras maiores e adequadas para facilitar a separação e reciclagem dos resíduos. Por fim, a rampa náutica central ganhará uma passarela elevada para a segurança de quem transita pelo local, principal ponto onde as embarcações são levadas e retiradas do rio.

Para o prefeito Álvaro de Freitas Neto (Arapongas), a parceria do Governo do Estado tem sido fundamental para que o município consiga melhorar a infraestrutura à disposição dos visitantes. “Porto Rico está crescendo muito com a vinda de pessoas de várias regiões e não teria sentido a cidade não ter uma orla. Com a ajuda do Governo do Paraná, estamos licitando uma obra gigantesca, que dará mais comodidade aos turistas e para que todos tenham acesso ao rio”, disse.

NOVA PONTE Outra importante intervenção que avança é a construção de uma ponte de cerca de dois quilômetros de extensão que ligará o distrito de Porto São José, em São Pedro do Paraná, à cidade de Taquarussu, em Mato Grosso do Sul. O Governo do Paraná lançou um edital, cujas propostas serão conhecidas na próxima terça-feira (31), para a contratação, via pregão eletrônico, do Estudo de Viabilidade Técnica, Econômica e Ambiental (EVTEA) da nova estrutura.

O preço máximo da contratação gira em torno de R$ 3 milhões, custo que será bancado pela Itaipu Binacional por meio de um convênio firmado entre a hidrelétrica e os governos estaduais do Paraná e Mato Grosso do Sul. O projeto prevê também a restauração de 19,8 quilômetros da PR-577, incluindo um contorno no Porto São José.

O prazo para conclusão do EVTEA é de 18 meses. O objetivo do estudo é apontar vantagens, desvantagens, impulso no desenvolvimento socioeconômico da região, possíveis impactos ambientais, além das técnicas de engenharia a serem aplicadas para verificar a viabilidade da obra.

“O Estado tem dado um grande valor aos pequenos municípios. Esperamos continuar com essa parceria nos próximos anos e temos o maior prazer em receber os turistas em nossa cidade”, declarou a prefeita de São Pedro do Paraná, Neila Fernandes.

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INVESTIMENTOS PRIVADOS – Altair Elias Massuchin, de 63 anos, é empresário de Maringá e conheceu a costa Noroeste em 1983 ao participar de uma viagem de pesca. “Começamos a vir pescar e naquela época os únicos loteamentos que existiam eram para pescadores. A medida em que a região foi ficando conhecida, surgiram novos condomínios residenciais e famílias inteiras começaram a frequentar o local, atraídas pelas praias de água doce com águas cristalinas e um clima bom”, explicou.

Ao perceber o potencial, o turista deu lugar ao empreendedor e Massuchin começou a investir em novos loteamentos focados no novo perfil de turistas. “Hoje, Porto Rico está num patamar de turismo muito elevado, até maior do que imaginávamos, o que nos estimulou a investir aqui e os negócios têm ido muito bem”, completou.

O também empresário maringaense Wagner Roberto Alves, 64, está há 10 anos investindo na região, período suficiente para testemunhar uma grande transformação. “Porto Rico era praticamente só o centro da cidade. Não haviam grandes empreendimentos e condomínios”, contou. “O rio é maravilhoso, com águas limpas e bom para navegar, então nós vimos aqui um nicho de investimento a ser explorado na construção civil”.

Segundo o empresário, os investimentos privados, somados aos projetos do Governo do Estado, geram um aumento na demanda por mão de obra qualificada, melhorando a qualidade de serviços da região. “Tem vindo muita gente de fora trabalhar aqui, também de todas as cidades vizinhas, não só na área de construção, mas também com piscinas, jardinagem, limpeza, restaurantes e hotelaria. Isso criou um ciclo econômico importante para a região. Com os novos empreendimentos que estão sendo lançados, a perspectiva é que precisemos de ainda mais trabalhadores”, concluiu Alves.

VERÃO MAIOR PARANÁ  O Verão Maior Paraná tem ações voltadas aos veranistas e comunidade local, com atividades esportivas e de lazer, aulas de ginástica, dança, caminhadas, recreação infantil, torneios e eventos esportivos, além de uma série de outras práticas relacionadas ao entretenimento. No site www.verao.pr.gov.br é possível conferir a programação completa das atrações promovidas pelo Governo do Estado, que acontecem nos municípios do Litoral, além de Porto Rico e São Pedro do Paraná, na região Noroeste.

Fonte: Governo do Paraná

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Decreto isenta de ICMS biogás, biometano e combustível sustentável de avião no Paraná

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O governador Carlos Massa Ratinho Junior assinou nesta segunda-feira (05) o Decreto nº 9.817 que concede isenção sobre o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) em operações para aquisições de bens destinados à fabricação de combustível sustentável de aviação (SAF, na sigla em inglês), biometano, biogás, metanol e CO2. 

Além disso, o decreto também concede a isenção do ICMS na aquisição de máquinas, equipamentos, aparelhos e componentes para geração de energia a partir do biogás, como bombas de ar ou de vácuo, compressores de ar ou de outros gases e ventiladores; coifas aspirantes, contadores de gases. As duas medidas buscam tornar o Paraná mais competitivo na atração de negócios em energia renovável, alavancando o desenvolvimento estadual.

O decreto internaliza os convênios 161/2024 e 151/2021, aprovados pelo Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz) durante o Encontro Nacional dos Secretários da Fazenda em dezembro. Com a regulamentação, as isenções já estão em vigor. 

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De acordo com o secretário estadual da Fazenda, Norberto Ortigara, a ideia é justamente estimular investimentos em combustíveis sustentáveis no Paraná, colocando o Estado em posição de destaque no cenário nacional. “Queremos consolidar o Paraná como uma referência e um polo na produção de novas energia e incentivos fiscais, como a isenção do ICMS, são formas de pavimentar esse caminho, estimulando investimentos no setor”, explica.

Um dos objetivos da iniciativa, aponta Ortigara, está em tornar o biometano economicamente viável. “O Paraná já é o maior produtor de proteína animal do Brasil, então queremos aproveitar o potencial que já existe aqui para fomentar a cadeira de biogás e biometano. Temos potencial para sermos uma Arábia Saudita do combustível renovável”, diz. “É usar dejetos de animais para gerar energia e, com as novas isenções, facilitamos o caminho para tornar o Estado ainda mais sustentável”.

SUSTENTABILIDADE – Os esforços do Paraná em se tornar referência na produção de combustíveis sustentáveis a partir do reaproveitamento do potencial agrícola não se limita apenas à isenção do ICMS. Embora a medida assinada pelo governador estimule ainda mais o setor, o Estado já aposta na geração de energia renovável também por meio de outros programas, como o Paraná Energia Rural Renovável (RenovaPR).

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Executado pelo IDR-Paraná, ele incentiva os produtores rurais a produzir sua própria energia ou combustível. O Estado também subsidia os juros dos empréstimos usados pelos produtores para a implantação de projetos de energia renovável, por meio do Banco do Agricultor Paranaense.

Segundo levantamento do Centro Internacional de Energias Renováveis (Cibiogás), o Paraná lidera com folga o número de plantas de biogás na região Sul, com 426 unidades instaladas, 348 delas da agropecuária. Em Santa Catarina são 126 plantas e no Rio Grande do Sul 84. O Paraná foi responsável com 53% do volume de geração de biogás na região no ano passado, com 461 milhões de metros cúbicos normais. .

Fonte: Governo PR

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