10 de Abril de 2025
    NOVA AURORA

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    IAT zera fila de espera de análise dos planos de uso e conservação de reservatórios

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    Junho foi um mês emblemático para a Divisão de Licenciamento Estratégico do Instituto Água e Terra (IAT). O departamento vinculado à Diretoria de Licenciamento e Outorga aprovou o Plano Ambiental de Conservação e Uso do Entorno do Reservatório (Pacuera) da Usina Hidrelétrica Governador Pedro Viriato Parigot de Souza, em Antonina, no Litoral. O reservatório do complexo fica localizado nos municípios de Campina Grande do Sul e Bocaiúva do Sul, na Região Metropolitana de Curitiba.

    O polo produtor de energia elétrica é um dos mais antigos do Paraná, inaugurado em janeiro de 1971, e somente agora, mais de 50 anos depois, conseguiu se adequar à legislação federal que delimita o regime de uso do entorno das usinas, uma condicionante para a liberação do licenciamento ambiental. A aprovação do Pacuera da Usina Parigot de Souza é reflexo da reestruturação implementada pelo IAT a partir de 2019. Desde então, o setor conseguiu zerar a fila de espera.

    Foram aprovados quatro planos de uso, sendo três usinas hidrelétricas (UHE), UHE Tibagi Montante (Campos Gerais), UHE Baixo Iguaçu (Sudoeste), UHE GPS (Litoral), e uma Pequena Central Hidrelétrica, a PCH Bela Vista (Sudoeste). Outros 16 processos estão em fase final de análise.

    Responsável pelo setor de Pacuera, a engenheira florestal Maria do Rocio Lacerda Rocha explica que a planificação reúne um conjunto de diretrizes e proposições com o objetivo de disciplinar a conservação, recuperação, o uso e ocupação do entorno de um reservatório artificial em um raio de no mínimo de 1 km, estimulando o desenvolvimento sustentável da área.

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    Além disso, destacou ela, a normativa busca manter a qualidade ambiental do corpo hídrico, estabelecendo tipologias que determinam os usos permitidos, permissíveis e não permitidos das zonas ambientais estabelecidas no estudo. “Podemos equiparar o Pacuera ao plano diretor de uma cidade. É essa normativa que estabelece o regramento de conservação e uso do território ao redor do reservatório artificial, organização as ações”, afirmou.

    Ela ressaltou que o documento é essencial para evitar conflitos sociais, impedindo a ocupação ilegal do espaço imediatamente vizinho ao reservatório. “É a garantia também do cuidado com a fauna e flora de toda a região, com os mananciais e o abastecimento de água das cidades”, disse.

    USINA – Inaugurada oficialmente em 26 de janeiro de 1971, quando entrou em operação comercial, a usina tem potência de 260 Megawatts (MW) e está localizada em Antonina. É considerada a maior central subterrânea do Sul do País, um marco para a engenharia da época. O complexo é administrado pela Copel.

    Para a construção da usina, também conhecida como Capivari-Cachoeira, foram represadas as águas do Rio Capivari, localizado no Primeiro Planalto paranaense, a 830 metros acima do nível do mar. Este represamento foi possível pela construção de uma barragem de terra de 58 metros de altura e 370 metros de comprimento. Da barragem, as águas são desviadas para o Rio Cachoeira, no Litoral, obtendo-se um desnível de aproximadamente 740 metros, sendo as águas conduzidas por um túnel subterrâneo de 15,4 quilômetros que atravessa a Serra do Mar.

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    De acordo com a Copel, durante sua construção, com o aproveitamento dos rios Capivari e Cachoeira, o Paraná projetou-se no panorama da engenharia brasileira, conquistando dois recordes: maior avanço médio mensal em escavação subterrânea em obras do gênero, e maior volume de concretagem mensal no interior de túneis.

    Na base da montanha (sopé), três grandes cavernas foram escavadas, compondo a central subterrânea: sala de válvulas, sala de máquinas e sala dos transformadores. Na sala de máquinas, quatro geradores de 62.500 Quilowatts (kW) de potência cada um garantem ao Paraná uma produção anual de 900 milhões de Quilowatt-hora (kWh).

    Fonte: Governo PR

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    Sanepar investe em solução inovadora para monitorar ruídos e detectar vazamentos de água

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    Para monitorar ruídos na rede de distribuição de água e detectar vazamentos com mais precisão e rapidez, a Sanepar está escalando uma solução inovadora baseada no conceito de Internet das Coisas (IoT) e Inteligência Artificial. A startup Radioforce Tecnologia e Telecom Ltda. desenvolveu um sistema baseado em hidrofones inteligentes, com o objetivo de reduzir as perdas de água nas redes de distribuição. A startup foi selecionada no 1º edital do Programa Sanepar Startups, em 2023.

    Os hidrofones serão acoplados à tubulação de água, sendo capazes de captar as ondas acústicas emitidas pela água e, assim, identificar padrões de vazamento. Isso permite a detecção e a solução dos vazamentos de forma mais rápida. Serão investidos cerca de R$ 5,7 milhões no projeto ao longo de dois anos.

    “Este investimento é parte dos esforços da Sanepar para melhorar a eficiência do seu sistema de distribuição de água e mais uma ação da Companhia de apostar em tecnologias inovadoras, como a IA, que surgem e se propõem a ajudar na resolução de problemas de forma concreta, veloz e eficaz”, ressalta o diretor-presidente da Sanepar, Wilson Bley.

    O coordenador da Gerência Regional Curitiba Leste, Welington Gustavo Freire destaca que a nova tecnologia oferece uma solução integrada e inovadora para o monitoramento das redes. “A solução contempla a transmissão e o processamento avançado de dados, além da integração em uma plataforma de gestão intuitiva”, explica. “A tecnologia será avaliada em escala na área de influência do Centro de Reservação Jacob Macanhan, em Pinhais, ao longo de 470 quilômetros de rede de distribuição”.

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    A gerente da Gerência do Processo Água da Sanepar, Juliana Seixas Pilotto, destaca que a iniciativa contribui para modernizar a gestão da infraestrutura hídrica. “Com a implementação da solução, esperamos aprimorar a gestão dos recursos hídricos, otimizar a operação e reduzir as perdas de água, o que traz impactos positivos para a Sanepar, para a sociedade e para o cliente”, ressalta.

    O desenvolvimento da solução foi colaborativo e teve envolvimento de uma equipe multidisciplinar, incluindo mentores da Sanepar. “A adoção de hidrofones inteligentes no projeto com a Radioforce foi escolhida por conta da maior velocidade de propagação do som na água, o que permite reduzir a quantidade de sensores necessários, comparado ao uso de sensores externos”, informa Marcelo Depexe, especialista da Sanepar em combate a perdas de água e mentor da startup.

    SANEPAR STARTUPS – A novidade nasceu dentro do Programa Sanepar Startups. É uma plataforma importante para o ecossistema de inovação, estimulando as startups a desenvolverem soluções que sejam aplicáveis e escaláveis.

    O Programa Sanepar Startups é uma iniciativa da Sanepar, em parceria com o Itaipu Parquetec, a Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), o Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas do Estado do Paraná (Sebrae-PR) e o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID). O objetivo do programa é promover a inovação aberta no setor de saneamento, buscando soluções tecnológicas sustentáveis para os desafios enfrentados pela Companhia e pelo setor.

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    “A inovação é um pilar central para nossa estratégia de melhoria contínua dos sistemas de abastecimento de água e esgotamento sanitário. A avaliação dessas tecnologias em escala, como estamos fazendo com as soluções da Radioforce e da Stattus4, é fundamental para garantir que essas inovações atendam de forma robusta e eficaz os desafios do saneamento. Esse processo não só gera valor para a Sanepar, mas também para a sociedade, ao melhorar a qualidade dos serviços prestados”, afirma.

    Por meio de editais, o programa seleciona startups que propõem soluções inovadoras para problemas como a redução de perdas de água e a otimização dos processos operacionais. Até o momento, a Sanepar tem trabalhado com 10 startups, sendo que algumas já concluíram suas provas de conceito (PoCs) e outras ainda estão em desenvolvimento. Dentre essas, Radioforce e Stattus4 já avançaram para a fase de avaliação em escala, testando suas soluções em ambientes maiores e mais complexos nas redes de distribuição de água.

    SNEPAR LABS – Com o sucesso da abordagem com as startups, a Companhia se prepara para lançar em breve um novo programa de inovação aberta, denominado Sanepar Labs, majorando suas conexões com o ecossistema, antecipando tendências e buscando alternativas para aprimoramento de seus processos.

    Fonte: Governo PR

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