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IAT divulga dados da compensação pela exploração de recursos minerais no Paraná

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O Paraná apresentou em 2023 a segunda maior taxa de crescimento do País na arrecadação da Compensação Financeira pela Exploração de Recursos Minerais (CFEM). No ano passado, foram reunidos R$ 30,88 milhões com atividades de exploração mineral, em especial pela produção de minerais não metálicos como areia, brita, calcário para produção de cimento, corretivo agrícola e cal. O aumento foi de 13,8% se comparado aos R$ 27,14 milhões do ano anterior – apenas São Paulo, com incremento de 15,1%, apresentou desempenho superior.

O levantamento consta no primeiro Informe Mineral de 2024 , produzido pelo Instituto Água e Terra (IAT), órgão vinculado à Secretaria de Estado do Desenvolvimento Sustentável (Sedest), divulgado nesta segunda-feira (27).

O valor arrecadado é dividido entre o Governo do Estado, os municípios locais produtores e órgãos do governo federal, como a Agência Nacional de Mineração (ANM), o Centro de Tecnologia Mineral (Cetem), o Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (FNDCT) e o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama).

Nessa divisão, aproximadamente 53% dos recursos de 2023 foram repassados ao Paraná, totalizando R$ 16,52 milhões. Deste valor, R$ 3,3 milhões foram destinados ao Governo do Estado e o restante foi dividido por 191 municípios. Juntando essa quantidade com os royalties pela exploração de petróleo e gás, o Estado e os municípios receberam R$ 99,94 milhões pela exploração de recursos minerais no ano passado – R$ 16,4 milhões do Executivo Estadual e R$ 83,53 milhões transferidos aos municípios.

O montante é repassado ao governo para ações com caráter ambiental coordenadas pelo IAT aos municípios que possuem exploração de recursos minerais em seus territórios e também a localidades que são atingidas, de alguma maneira, pela atividade, como, por exemplo, pelo transporte de carga ou pelo recebimento de rejeitos da mineração, entre outras ações. No caso das cidades, os recursos são destinados a projetos que revertam em benefício da comunidade local.

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O Informe Mineral é emitido pela Divisão de Geologia do IAT. O documento apresenta dados sobre quais setores mais representam a exploração mineral no Estado, assim como os produtos que mais influenciam nestes valores no Paraná. “No Paraná, os bens minerais explorados são principalmente encaminhados para o abastecimento da indústria da construção civil e para atender demandas da indústria agrícola”, apontou o geólogo do IAT, Marcos Vitor Fabro Dias.

MUNICÍPIOS – Apesar do total distribuído pela CFEM estar dividido entre 191 municípios, a maior parte do valor está concentrado em torno das grandes aglomerações urbanas, principais demandantes de bens minerais produzidos – as 20 cidades que mais arrecadaram responderam por 71,5% do total.

Os sete principais municípios arrecadadores foram: Rio Branco do Sul, com R$ 4,97 milhões (16,1%), Campo Largo com R$ 3,56 milhões (11,5%), Almirante Tamandaré, com R$ 1,89 milhão (6,1%), Figueira com R$ 1,47 milhão (4,8%), Adrianópolis, com R$ 1,27 milhão (4,1%), São José dos Pinhais, com R$ 1,13 milhão (3,7%) e Cerro Azul, com R$ 998 mil (3,2%).

O recolhimento é oriundo de 523 empresas de mineração, em 1.176 títulos concedidos pela ANM, que resultou num Valor da Operação de Venda, correspondente ao Valor de Comercialização, de R$ 2,34 bilhões, um aumento de 19,4% se comparado com o ano anterior.

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Entre as 30 principais empresas mineradoras que recolheram CFEM em 2023, destacam-se a Votorantim Cimentos S.A., que participou com 12,1%, e a Cia de Cimento Itambé, com 6,3%.

Em termos de arrecadação da CFEM, a mineração de rochas carbonáticas liderou com 35,8%, seguida de rochas para produção de brita e revestimento (28,4%) e areia (9,8%). Destaca-se, ainda, a água mineral explorada para envase (consumo) e a estância hidromineral (turismo), com 7,2%, o carvão mineral (4,8%) e o ouro (4,2%).

ROYALTIES – No ano passado, o Paraná recebeu R$ 13,10 milhões de royalties pela exploração do xisto, petróleo e gás, e seus municípios outros R$ 70,31 milhões, totalizando R$ 83,41 milhões.

Araucária concentrou boa parte da arrecadação: R$ 56,36 milhões (80,2%). Na sequência, aparecem Guaratuba, com R$ 7,96 milhões (11,3%), São Mateus do Sul, com R$ 3,68 milhões (5,2%), Campo Largo, com R$ 1,2 milhão (2,4%), e Pitanga, com R$ 612 mil (0,9%).

Nesse ranking, Araucária, Guaratuba e Campo Largo receberam os royalties por possuírem estruturas ligadas ao petróleo, como terminais de tancagem e armazenamento, e instalações de embarque e desembarque. Já nos outros dois municípios, os royalties são pela exploração de minérios, sendo eles o xisto, em São Mateus do Sul, e o gás natural em Pitanga.

Fonte: Governo PR

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Decreto isenta de ICMS biogás, biometano e combustível sustentável de avião no Paraná

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O governador Carlos Massa Ratinho Junior assinou nesta segunda-feira (05) o Decreto nº 9.817 que concede isenção sobre o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) em operações para aquisições de bens destinados à fabricação de combustível sustentável de aviação (SAF, na sigla em inglês), biometano, biogás, metanol e CO2. 

Além disso, o decreto também concede a isenção do ICMS na aquisição de máquinas, equipamentos, aparelhos e componentes para geração de energia a partir do biogás, como bombas de ar ou de vácuo, compressores de ar ou de outros gases e ventiladores; coifas aspirantes, contadores de gases. As duas medidas buscam tornar o Paraná mais competitivo na atração de negócios em energia renovável, alavancando o desenvolvimento estadual.

O decreto internaliza os convênios 161/2024 e 151/2021, aprovados pelo Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz) durante o Encontro Nacional dos Secretários da Fazenda em dezembro. Com a regulamentação, as isenções já estão em vigor. 

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De acordo com o secretário estadual da Fazenda, Norberto Ortigara, a ideia é justamente estimular investimentos em combustíveis sustentáveis no Paraná, colocando o Estado em posição de destaque no cenário nacional. “Queremos consolidar o Paraná como uma referência e um polo na produção de novas energia e incentivos fiscais, como a isenção do ICMS, são formas de pavimentar esse caminho, estimulando investimentos no setor”, explica.

Um dos objetivos da iniciativa, aponta Ortigara, está em tornar o biometano economicamente viável. “O Paraná já é o maior produtor de proteína animal do Brasil, então queremos aproveitar o potencial que já existe aqui para fomentar a cadeira de biogás e biometano. Temos potencial para sermos uma Arábia Saudita do combustível renovável”, diz. “É usar dejetos de animais para gerar energia e, com as novas isenções, facilitamos o caminho para tornar o Estado ainda mais sustentável”.

SUSTENTABILIDADE – Os esforços do Paraná em se tornar referência na produção de combustíveis sustentáveis a partir do reaproveitamento do potencial agrícola não se limita apenas à isenção do ICMS. Embora a medida assinada pelo governador estimule ainda mais o setor, o Estado já aposta na geração de energia renovável também por meio de outros programas, como o Paraná Energia Rural Renovável (RenovaPR).

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Executado pelo IDR-Paraná, ele incentiva os produtores rurais a produzir sua própria energia ou combustível. O Estado também subsidia os juros dos empréstimos usados pelos produtores para a implantação de projetos de energia renovável, por meio do Banco do Agricultor Paranaense.

Segundo levantamento do Centro Internacional de Energias Renováveis (Cibiogás), o Paraná lidera com folga o número de plantas de biogás na região Sul, com 426 unidades instaladas, 348 delas da agropecuária. Em Santa Catarina são 126 plantas e no Rio Grande do Sul 84. O Paraná foi responsável com 53% do volume de geração de biogás na região no ano passado, com 461 milhões de metros cúbicos normais. .

Fonte: Governo PR

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