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Força-tarefa de combate a incêndios inicia treinamento de 600 brigadistas florestais

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A Defesa Civil do Paraná começou nesta terça-feira (8) o treinamento dos brigadistas civis que farão parte da Força-Tarefa de Combate a Incêndios no Estado. Na primeira fase serão capacitados 78 brigadistas de 13 municípios do Norte e Noroeste do Estado, regiões mais atingidas pela estiagem, que levou o governador Carlos Massa Ratinho Junior a decretar situação de emergência no começo de setembro. No total, a força-tarefa vai treinar 600 brigadistas de 100 municípios que possuem ou estão localizados no entorno de Unidades de Conservação (UCs). 

A ação integra o investimento de R$ 24 milhões do Governo do Paraná em ações de prevenção e combate a incêndios. 

“Esta é uma iniciativa ímpar que o Paraná está desenvolvendo, que vai ajudar a proteger nosso patrimônio ambiental e a vida das pessoas destas regiões”, destaca o coordenador estadual da Defesa Civil, coronel Fernando Schünig. “Estes brigadistas vão realizar o primeiro combate e dar apoio ao Corpo de Bombeiros. Cada participante vai sair do curso com o seu equipamento de proteção individual (EPI), um capacete, óculos, luva bandana e colete de identificação. Também serão fornecidas as ferramentas para cumprir essa atividade como uma mochila costal e abafador”.

As primeiras capacitações acontecem nas Coordenadorias Regionais de Proteção e Defesa Civil (CORPEDEC) de Umuarama, Paranavaí e Santo Antônio da Platina. Participam desta etapa funcionários indicados pelos municípios de São Jorge do Patrocínio, Alto Paraíso, Ivaté, Iporã, Jacarezinho, Quatiguá, Ribeirão Claro, Guapirama, São José da Boa Vista, Amaporã, Diamante do Norte, Terra Rica e Porto Rico.

Este ano o Corpo de Bombeiros do Paraná já realizou mais de 12 mil atendimentos de incêndios florestais em todo o Estado. O tempo seco, somado às altas temperaturas mantém alto o risco de incêndio em todo o Paraná.

Para o comandante-geral do Corpo de Bombeiros Militar do Paraná (CBMPR), coronel Manoel Vasco de Figueiredo Junior, esta capacitação vai permitir a realização do primeiro combate até a chegadas das equipes militares. “É importante destacar que esses brigadistas não apenas terão o treinamento mas também receberão ferramentas para realizar o combate, além de equipamentos de proteção individual, garantindo também a segurança do brigadista”, completa.

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MUNICÍPIOS MAIS ATINGIDOS – Quatiguá e Jacarezinho são dois os municípios que tiveram o maior índice de ocorrências até aqui em 2024, com 97 e 95 incêndios respectivamente. Segundo o comandante do 7º Subgrupamento de Bombeiro Independente, major Eziquel Siqueira, a proximidade de plantações de cana-de-açúcar e milho de áreas verdes é um cenário recorrente nos 21 municípios atendidos pela unidade. Siqueira notou no dia a dia a escalada de casos nesses pontos.

“As projeções do Simepar indicam que o período chuvoso de outubro vai ser abaixo da média histórica, por isso estamos investindo em equipamentos e treinamento. Essa parceria diretamente com os municípios é importante e será cada ano mais necessária”, avalia.

Essa é a mesma opinião do Aguinaldo da Silva, servidor de Quatiguá que está passando pelo treinamento para se tornar brigadista. “Sempre tem alguns focos na minha cidade. Estamos vivendo com a falta de chuva. Com esse curso vou poder ajudar o meu município e até cidades vizinhas”, afirma.

Já Reginaldo Assunção é funcionário da prefeitura de Ribeirão Claro. Ele vê no treinamento uma maneira de preservar o meio ambiente. “É importante conservar as nascentes, em muitos lugares onde a água já está acabando. Essa iniciativa é muito importante para a cidade porque se todo mundo se unir podemos diminuir os incêndios florestais”, avalia.

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TREINAMENTO – Serão dois dias de formação, com 16 horas de aulas teóricas e práticas, com o uso de aeronaves contratadas pelo Governo do Paraná para ajudar no combate aos incêndios. Cada grupo é composto por 30 participantes que recebem noções sobre como os incêndios se comportam e como utilizar as ferramentas de combate. Na etapa prática, são aplicadas as instruções em eventos controlados de forma a aprender como garantir a segurança durante as ações.

O curso é realizado em parceria entre a Defesa Civil Estadual, Corpo de Bombeiros Militar do Paraná (CBMPR) e o Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar). O conteúdo foi adaptado a partir do curso ministrado pelo Programa de Prevenção de Incêndios da Natureza (Previna), do Governo do Paraná.

Para o secretário de Estado do Desenvolvimento Sustentável, Everton Souza este momento crítico de estiagem requer um esforço adicional do governo estadual. “Há alocação de recursos para lidar com a crise, com a viabilização de mais estrutura e equipes capacitadas para combater os focos de incêndio de forma rápida e eficiente, mesmo nos locais de difícil acesso. Esses novos brigadistas vão ajudar muito nisso”, avalia

INVESTIMENTOS – Desde o dia 4 de setembro o Paraná está sob o decreto de situação de emergência em razão da estiagem. Um total de R$ 24 milhões está sendo investido na aquisição de veículos e equipamentos, treinamento de brigadistas florestais, além da contratação de aeronaves para atuação em situações de grandes proporções.

Os 100 municípios da Força-tarefa de Combate a Incêndios vão receber ainda um kit pic-up com reservatório de água, uma bomba para o combate direto, um assoprador e um reservatório de água flexível para o transporte de 6 mil litros até o local do incêndio.

Fonte: Governo PR

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Decreto isenta de ICMS biogás, biometano e combustível sustentável de avião no Paraná

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O governador Carlos Massa Ratinho Junior assinou nesta segunda-feira (05) o Decreto nº 9.817 que concede isenção sobre o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) em operações para aquisições de bens destinados à fabricação de combustível sustentável de aviação (SAF, na sigla em inglês), biometano, biogás, metanol e CO2. 

Além disso, o decreto também concede a isenção do ICMS na aquisição de máquinas, equipamentos, aparelhos e componentes para geração de energia a partir do biogás, como bombas de ar ou de vácuo, compressores de ar ou de outros gases e ventiladores; coifas aspirantes, contadores de gases. As duas medidas buscam tornar o Paraná mais competitivo na atração de negócios em energia renovável, alavancando o desenvolvimento estadual.

O decreto internaliza os convênios 161/2024 e 151/2021, aprovados pelo Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz) durante o Encontro Nacional dos Secretários da Fazenda em dezembro. Com a regulamentação, as isenções já estão em vigor. 

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De acordo com o secretário estadual da Fazenda, Norberto Ortigara, a ideia é justamente estimular investimentos em combustíveis sustentáveis no Paraná, colocando o Estado em posição de destaque no cenário nacional. “Queremos consolidar o Paraná como uma referência e um polo na produção de novas energia e incentivos fiscais, como a isenção do ICMS, são formas de pavimentar esse caminho, estimulando investimentos no setor”, explica.

Um dos objetivos da iniciativa, aponta Ortigara, está em tornar o biometano economicamente viável. “O Paraná já é o maior produtor de proteína animal do Brasil, então queremos aproveitar o potencial que já existe aqui para fomentar a cadeira de biogás e biometano. Temos potencial para sermos uma Arábia Saudita do combustível renovável”, diz. “É usar dejetos de animais para gerar energia e, com as novas isenções, facilitamos o caminho para tornar o Estado ainda mais sustentável”.

SUSTENTABILIDADE – Os esforços do Paraná em se tornar referência na produção de combustíveis sustentáveis a partir do reaproveitamento do potencial agrícola não se limita apenas à isenção do ICMS. Embora a medida assinada pelo governador estimule ainda mais o setor, o Estado já aposta na geração de energia renovável também por meio de outros programas, como o Paraná Energia Rural Renovável (RenovaPR).

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Executado pelo IDR-Paraná, ele incentiva os produtores rurais a produzir sua própria energia ou combustível. O Estado também subsidia os juros dos empréstimos usados pelos produtores para a implantação de projetos de energia renovável, por meio do Banco do Agricultor Paranaense.

Segundo levantamento do Centro Internacional de Energias Renováveis (Cibiogás), o Paraná lidera com folga o número de plantas de biogás na região Sul, com 426 unidades instaladas, 348 delas da agropecuária. Em Santa Catarina são 126 plantas e no Rio Grande do Sul 84. O Paraná foi responsável com 53% do volume de geração de biogás na região no ano passado, com 461 milhões de metros cúbicos normais. .

Fonte: Governo PR

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