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Expedição Pantanal: Lacen-PR participa de projeto inovador de monitoramento genômico

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O Paraná foi um dos quatro estados do país escolhidos para integrar uma equipe de especialistas no estudo do sequenciamento dos vírus causadores das arboviroses, vírus respiratórios e bactérias causadoras de febre maculosa nas comunidades ribeirinhas do bioma Pantanal, nos estados de Mato Grosso (MT) e Mato Grosso do Sul (MS).

O objetivo da expedição, iniciada nesta segunda-feira (20), é implementar um sistema móvel de monitoramento genômico a bordo de um navio da Marinha para realizar vigilância itinerante na região.

O Laboratório Central do Estado (Lacen/PR) contribuirá com a realização, in loco, de sequenciamento genético de última geração e da análise genômica e epidemiológica. Esse trabalho permitirá a identificação de patógenos virais emergentes e a análise que sequencia todos os micro-organismos presentes na amostra.

Os dados gerados, abrangendo aspectos moleculares, epidemiológicos, climáticos, filogenéticos e geográficos dos vírus circulantes e co-circulantes na região do Pantanal Matogrossense, contribuirão para um entendimento mais aprofundado das infecções causadas por esses patógenos.

A iniciativa faz parte do projeto NAVIO – Navigating for Viral Surveillance in Remote Locations, e conta com a participação da Marinha do Brasil, Fiocruz, Laboratórios Centrais dos Estados (Lacens) do Paraná, Minas Gerais, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul.

Com uma abordagem inovadora, esse projeto foi desenvolvido pelo Climade, um consórcio global de cientistas focado em estudar e responder às doenças e epidemias amplificadas pelo clima e seus impactos na saúde pública. Essa primeira viagem vai até o 9 de dezembro e o projeto, como um todo, até 2028.

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O sistema móvel, instalado num navio da Marinha, permite a coleta de amostras biológicas de indivíduos que vivem ao longo dos rios. Nessas amostras estão dados genéticos e climáticos que ajudarão identificar locais prioritários para vigilância, auxiliando no controle das doenças, previsão de surtos e a implementação de medidas preventivas e controle mais eficazes.

“É de vital importância projetos voltados para a saúde pública, para que possamos identificar os caminhos que os vírus fazem para chegar até a nossa população. Desta forma conseguimos tomar medidas para a prevenção dos agravos no Paraná. A participação do nosso estado neste projeto é muito significativa para o entendimento destas doenças e seu controle”, disse o secretário de Estado da Saúde do Paraná, Beto Preto.

EXPEDIÇÃO PANTANAL – A equipe de profissionais de diversas áreas relacionadas à saúde pública saiu da Base Naval de Landário (MS). Esse trabalho em campo amplia o conhecimento na área e pode fornecer informações valiosas para enfrentar as doenças infecciosas emergentes e reemergentes, ou seja, que indicam mudança no comportamento epidemiológico de doenças conhecidas, já controladas, mas que voltaram a representar ameaça à saúde humana.

Visa, ainda, identificar detalhadamente e caracterizar patógenos virais circulantes nessas comunidades, como o da dengue (DENV), chikungunya (CHIKV), mayaro (MAYV) e SARS-CoV-2 (Covid-19). A análise genômica minuciosa e o abrangente banco de dados facilitarão o monitoramento contínuo e a vigilância epidemiológica.

“O estudo das arboviroses e de outras doenças transmitidas por vetores como mosquitos e carrapatos permite a identificação e caracterização de patógenos virais e bacterianos circulantes, facilitando uma resposta rápida e eficaz a doenças emergentes’, explicou a diretora técnica do Lacen, Lavinia Arend

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CLIMA – Referente ao clima, serão utilizados conjuntos de dados climáticos existentes desde 1980, bem como projeções climáticas de 2022 a 2050, para gerar avaliações históricas, atuais e futuras de como o clima influencia o risco local de transmissão de arbovírus circulantes na área de estudo.

Outras pesquisas técnicas também serão feitas na região, incluindo a capacitação de profissionais de saúde locais para detectar e notificar prontamente casos suspeitos.

LACEN – O Laboratório Central do Estado é referência para a saúde pública no Paraná. Nele, são feitos exames voltados à vigilância epidemiológica e ao monitoramento de doenças infecciosas de notificação obrigatória. É o Lacen que gera os “alertas” que resultam em políticas públicas de proteção das comunidades, campanhas de vacinação e reforço do atendimento em saúde em determinados locais.

Com 128 anos, tem ações que se tornaram referência no Brasil e projetos que influenciaram o Ministério da Saúde.

“O Lacen/PR sempre esteve na vanguarda dos diagnósticos moleculares e, mais uma vez, está envolvido em projetos nacionais e internacionais em prol da população paranaense e do SUS”, ressaltou a diretora do Lacen, Célia Fagundes da Cruz.

Fonte: Governo PR

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PARANÁ

Decreto isenta de ICMS biogás, biometano e combustível sustentável de avião no Paraná

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O governador Carlos Massa Ratinho Junior assinou nesta segunda-feira (05) o Decreto nº 9.817 que concede isenção sobre o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) em operações para aquisições de bens destinados à fabricação de combustível sustentável de aviação (SAF, na sigla em inglês), biometano, biogás, metanol e CO2. 

Além disso, o decreto também concede a isenção do ICMS na aquisição de máquinas, equipamentos, aparelhos e componentes para geração de energia a partir do biogás, como bombas de ar ou de vácuo, compressores de ar ou de outros gases e ventiladores; coifas aspirantes, contadores de gases. As duas medidas buscam tornar o Paraná mais competitivo na atração de negócios em energia renovável, alavancando o desenvolvimento estadual.

O decreto internaliza os convênios 161/2024 e 151/2021, aprovados pelo Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz) durante o Encontro Nacional dos Secretários da Fazenda em dezembro. Com a regulamentação, as isenções já estão em vigor. 

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De acordo com o secretário estadual da Fazenda, Norberto Ortigara, a ideia é justamente estimular investimentos em combustíveis sustentáveis no Paraná, colocando o Estado em posição de destaque no cenário nacional. “Queremos consolidar o Paraná como uma referência e um polo na produção de novas energia e incentivos fiscais, como a isenção do ICMS, são formas de pavimentar esse caminho, estimulando investimentos no setor”, explica.

Um dos objetivos da iniciativa, aponta Ortigara, está em tornar o biometano economicamente viável. “O Paraná já é o maior produtor de proteína animal do Brasil, então queremos aproveitar o potencial que já existe aqui para fomentar a cadeira de biogás e biometano. Temos potencial para sermos uma Arábia Saudita do combustível renovável”, diz. “É usar dejetos de animais para gerar energia e, com as novas isenções, facilitamos o caminho para tornar o Estado ainda mais sustentável”.

SUSTENTABILIDADE – Os esforços do Paraná em se tornar referência na produção de combustíveis sustentáveis a partir do reaproveitamento do potencial agrícola não se limita apenas à isenção do ICMS. Embora a medida assinada pelo governador estimule ainda mais o setor, o Estado já aposta na geração de energia renovável também por meio de outros programas, como o Paraná Energia Rural Renovável (RenovaPR).

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Executado pelo IDR-Paraná, ele incentiva os produtores rurais a produzir sua própria energia ou combustível. O Estado também subsidia os juros dos empréstimos usados pelos produtores para a implantação de projetos de energia renovável, por meio do Banco do Agricultor Paranaense.

Segundo levantamento do Centro Internacional de Energias Renováveis (Cibiogás), o Paraná lidera com folga o número de plantas de biogás na região Sul, com 426 unidades instaladas, 348 delas da agropecuária. Em Santa Catarina são 126 plantas e no Rio Grande do Sul 84. O Paraná foi responsável com 53% do volume de geração de biogás na região no ano passado, com 461 milhões de metros cúbicos normais. .

Fonte: Governo PR

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