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Estado, Biopark e cooperativas se unem em projeto de pesquisa sobre alimentos saudáveis

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O Governo do Estado formalizou nesta sexta-feira (14) uma parceria com o Parque Científico e Tecnológico de Biociências (Biopark), em Toledo, na região Oeste do Paraná, para a implantação de um arranjo de pesquisa e inovação na área de alimentos saudáveis. A iniciativa prevê um aporte de R$ 50 milhões ao longo dos próximos cinco anos, sendo R$ 10 milhões anuais para editais de pesquisa para atender projetos prospectados pelos participantes do arranjo.

Serão destinados R$ 25 milhões do Fundo Paraná, dotação de fomento científico e tecnológico administrada pela Secretaria da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (Seti). A outra metade dos investimentos será alocada pelas cooperativas e empresas parceiras. A expectativa é que as chamadas públicas sejam lançadas no primeiro semestre de 2024, com início imediato das primeiras pesquisas.

Essa ação é um desdobramento de outra parceria para o desenvolvimento de pesquisas aplicadas nas áreas de sustentabilidade e alimentação saudável, firmada em fevereiro de 2023, durante a 35ª edição do Show Rural, em Cascavel, no Oeste do Paraná. O objetivo é tornar o Paraná referência global no desenvolvimento de soluções tecnológicas para o segmento alimentício e assegurar diferencial competitivo para as indústrias participantes do arranjo, além de saúde e longevidade de consumidores em diferentes mercados do mundo.

Segundo o secretário estadual da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior do Paraná, Aldo Nelson Bona, esse novo arranjo de pesquisa e inovação está alinhado com a orientação do governador Carlos Massa Ratinho Junior, que tem sinalizado a vocação e o potencial do Paraná para se tornar o supermercado do mundo. A partir dessa premissa, o sistema estadual de ciência e tecnologia vem incentivando ações de pesquisas para agregar valor à cadeia de produção de alimentos paranaense, transformando produtos agropecuários em alimento de valor agregado.

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“As pesquisas científicas podem contribuir para o avanço do conhecimento sobre a alimentação saudável e para o desenvolvimento de soluções tecnológicas inovadoras para o mercado nacional e internacional, que oferece oportunidades significativas para as empresas paranaenses comprometidas com a produção de alimentos saudáveis ​​e sustentáveis”, afirmou.

“A evolução acontece quando se insiste em inovação e aqui neste arranjo reunimos empresas que já estão indo bem, mas que sabem que precisam ir além para não serem atropeladas. Investir em inovação é sobretudo um ato de fé. É investir agora para colher no futuro”, complementou o presidente do Biopark, Victor Donaduzzi.

GOVERNANÇA – A governança do arranjo de pesquisa e inovação será composta por um conselho curador, um comitê executivo, e grupos de trabalho. Entre as instâncias envolvidas estão a Seti, a Fundação Araucária, o Biopark, o Biopark Educação e a cadeia produtiva. Outras instituições, como a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), o Instituto de Tecnologia de Alimentos (Ital) e as universidades estaduais e federais integram uma câmara técnica ligada ao comitê executivo.

As instituições de ensino superior e de pesquisa científica e tecnológica, o Biopark Educação e a cadeia produtiva constituem os grupos de trabalho. O arranjo prevê quatro linhas de pesquisas: desenvolvimento de novos produtos e agregação de valor; sanidade animal e vegetal; genômica funcional; e proteínas alternativas.

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O novo arranjo irá adotar um modelo de atuação por TRL (sigla para technology readiness level ou níveis de prontidão de tecnologia, em tradução livre). Desenvolvido pela National Aeronautics and Space Administration (Nasa), na década de 1970, o método analisa a progressão de tecnologias em etapas de pesquisa, desenvolvimento e implementação, possibilitando dados de referência consistentes para avaliar a evolução e maturidade técnica de inovações.

PRESENÇAS – O evento contou com as presenças do presidente da Fundação Araucária, Ramiro Wahrhaftig; do presidente da Invest Paraná, Eduardo Bekin; do diretor do Biopark Educação, Paulo Rocha; do diretor-geral da Secretaria da Inovação, Modernização e Transformação Digital do Paraná (SEI), Diego Oliveira; do diretor de Ciência e Tecnologia da Seti, Marcos Aurélio Pelegrina; do prefeito de Toledo, Beto Lunitti.

O encontro em Toledo também reuniu representantes das principais empresas e cooperativas agroindustriais com atuação no Paraná e em outros estados do Brasil, que participam do novo arranjo de pesquisa e inovação em alimentos saudáveis, como: BRF, Coopavel, Copacol, Copagril, C.Vale, Frimesa, Lar, Prati, Primato e Sempre.

Fonte: Governo PR

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Decreto isenta de ICMS biogás, biometano e combustível sustentável de avião no Paraná

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O governador Carlos Massa Ratinho Junior assinou nesta segunda-feira (05) o Decreto nº 9.817 que concede isenção sobre o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) em operações para aquisições de bens destinados à fabricação de combustível sustentável de aviação (SAF, na sigla em inglês), biometano, biogás, metanol e CO2. 

Além disso, o decreto também concede a isenção do ICMS na aquisição de máquinas, equipamentos, aparelhos e componentes para geração de energia a partir do biogás, como bombas de ar ou de vácuo, compressores de ar ou de outros gases e ventiladores; coifas aspirantes, contadores de gases. As duas medidas buscam tornar o Paraná mais competitivo na atração de negócios em energia renovável, alavancando o desenvolvimento estadual.

O decreto internaliza os convênios 161/2024 e 151/2021, aprovados pelo Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz) durante o Encontro Nacional dos Secretários da Fazenda em dezembro. Com a regulamentação, as isenções já estão em vigor. 

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De acordo com o secretário estadual da Fazenda, Norberto Ortigara, a ideia é justamente estimular investimentos em combustíveis sustentáveis no Paraná, colocando o Estado em posição de destaque no cenário nacional. “Queremos consolidar o Paraná como uma referência e um polo na produção de novas energia e incentivos fiscais, como a isenção do ICMS, são formas de pavimentar esse caminho, estimulando investimentos no setor”, explica.

Um dos objetivos da iniciativa, aponta Ortigara, está em tornar o biometano economicamente viável. “O Paraná já é o maior produtor de proteína animal do Brasil, então queremos aproveitar o potencial que já existe aqui para fomentar a cadeira de biogás e biometano. Temos potencial para sermos uma Arábia Saudita do combustível renovável”, diz. “É usar dejetos de animais para gerar energia e, com as novas isenções, facilitamos o caminho para tornar o Estado ainda mais sustentável”.

SUSTENTABILIDADE – Os esforços do Paraná em se tornar referência na produção de combustíveis sustentáveis a partir do reaproveitamento do potencial agrícola não se limita apenas à isenção do ICMS. Embora a medida assinada pelo governador estimule ainda mais o setor, o Estado já aposta na geração de energia renovável também por meio de outros programas, como o Paraná Energia Rural Renovável (RenovaPR).

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Executado pelo IDR-Paraná, ele incentiva os produtores rurais a produzir sua própria energia ou combustível. O Estado também subsidia os juros dos empréstimos usados pelos produtores para a implantação de projetos de energia renovável, por meio do Banco do Agricultor Paranaense.

Segundo levantamento do Centro Internacional de Energias Renováveis (Cibiogás), o Paraná lidera com folga o número de plantas de biogás na região Sul, com 426 unidades instaladas, 348 delas da agropecuária. Em Santa Catarina são 126 plantas e no Rio Grande do Sul 84. O Paraná foi responsável com 53% do volume de geração de biogás na região no ano passado, com 461 milhões de metros cúbicos normais. .

Fonte: Governo PR

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