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Estação experimental do IDR-Paraná com búfalos em sistema orgânico tem bons resultados

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Pesquisas da Estação Experimental do IDR-Paraná (Instituto de Desenvolvimento Rural do Paraná – Iapar – Emater) na Lapa, na Região Metropolitana de Curitiba, mostram que a criação de búfalos pode ganhar cada vez mais relevância no cenário nacional. A unidade é pioneira no Brasil em pesquisa sobre criação de búfalos em sistema agroecológico.

Desde 2009, o instituto emprega manejo simples no rebanho no que se refere à alimentação, sanidade e reprodução para avaliar os resultados, e eles são promissores na produção de leite e carne. O IDR-Paraná obteve, em 2011, o selo de certificação orgânica do Instituto de Tecnologia do Paraná (Tecpar).

O pesquisador e veterinário José Lino Martinez, responsável pelo projeto no IDR-Paraná, diz que a bubalinocultura apresenta vantagens quando comparada aos bovinos. “A rusticidade dos búfalos, o menor custo de produção, a facilidade no manejo do rebanho, os bons índices zootécnicos e a demanda crescente do leite de búfala têm feito alguns produtores migrarem dos bovinos para os bubalinos”, afirma.

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Em relação à carne, ela tem em média 40% menos colesterol, 12 vezes menos gordura, 55% menos calorias, 11% mais proteínas e 10% mais minerais do que a carne de boi. Outros aspectos positivos são o controle alternativo de endo e ectoparasitas, que vem sendo realizado com sucesso à base de produtos fitoterápicos e homeopáticos, e o índice de natalidade média: o dos bovinos é de 60% e dos búfalos de 80%.

Martinez ainda ressalta o potencial de produção e a qualidade do leite de búfala. O rendimento é superior ao de vaca na produção de laticínios. “Para se fazer 1 kg de queijo muçarela gasta-se, em média, 6 litros de leite búfala, enquanto com o leite de vaca são necessários de 9 a 10 litros”, diz.

Segundo a Associação Paranaense de Criadores de Búfalos (Abupar), a produção mundial de leite de búfala j[a representa 12,8% do total do leite produzido, somando todos os produtos oriundos de animais domesticados. 

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Existe um mercado emergente para a muçarela de búfala, sobretudo para a produção orgânica. A Associação Brasileira de Criadores de Búfalos criou um selo de pureza para evitar fraudes com produtos de origem bovina, destacadamente a muçarela e as carnes. “É aconselhável que os produtores se organizem em cooperativas para que possam agregar valor aos produtos bubalinos e atingir uma escala de produção e comercialização diferenciada para esse produto tão inovador”, orienta Martinez.

ESTAÇÃO DE PESQUISA – A Estação de Pesquisa do IDR-Paraná da Lapa tem recebido visitas técnicas de estudantes de graduação e pós-graduação de diversas universidades, como de cursos de Veterinária, Zootecnia e Agronomia da Universidade Federal do Paraná (UFPR) para acompanhar o manejo de búfalos e as vitrines de fruticultura, que é outra referência de pesquisas na região.

Fonte: Governo PR

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Decreto isenta de ICMS biogás, biometano e combustível sustentável de avião no Paraná

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O governador Carlos Massa Ratinho Junior assinou nesta segunda-feira (05) o Decreto nº 9.817 que concede isenção sobre o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) em operações para aquisições de bens destinados à fabricação de combustível sustentável de aviação (SAF, na sigla em inglês), biometano, biogás, metanol e CO2. 

Além disso, o decreto também concede a isenção do ICMS na aquisição de máquinas, equipamentos, aparelhos e componentes para geração de energia a partir do biogás, como bombas de ar ou de vácuo, compressores de ar ou de outros gases e ventiladores; coifas aspirantes, contadores de gases. As duas medidas buscam tornar o Paraná mais competitivo na atração de negócios em energia renovável, alavancando o desenvolvimento estadual.

O decreto internaliza os convênios 161/2024 e 151/2021, aprovados pelo Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz) durante o Encontro Nacional dos Secretários da Fazenda em dezembro. Com a regulamentação, as isenções já estão em vigor. 

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De acordo com o secretário estadual da Fazenda, Norberto Ortigara, a ideia é justamente estimular investimentos em combustíveis sustentáveis no Paraná, colocando o Estado em posição de destaque no cenário nacional. “Queremos consolidar o Paraná como uma referência e um polo na produção de novas energia e incentivos fiscais, como a isenção do ICMS, são formas de pavimentar esse caminho, estimulando investimentos no setor”, explica.

Um dos objetivos da iniciativa, aponta Ortigara, está em tornar o biometano economicamente viável. “O Paraná já é o maior produtor de proteína animal do Brasil, então queremos aproveitar o potencial que já existe aqui para fomentar a cadeira de biogás e biometano. Temos potencial para sermos uma Arábia Saudita do combustível renovável”, diz. “É usar dejetos de animais para gerar energia e, com as novas isenções, facilitamos o caminho para tornar o Estado ainda mais sustentável”.

SUSTENTABILIDADE – Os esforços do Paraná em se tornar referência na produção de combustíveis sustentáveis a partir do reaproveitamento do potencial agrícola não se limita apenas à isenção do ICMS. Embora a medida assinada pelo governador estimule ainda mais o setor, o Estado já aposta na geração de energia renovável também por meio de outros programas, como o Paraná Energia Rural Renovável (RenovaPR).

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Executado pelo IDR-Paraná, ele incentiva os produtores rurais a produzir sua própria energia ou combustível. O Estado também subsidia os juros dos empréstimos usados pelos produtores para a implantação de projetos de energia renovável, por meio do Banco do Agricultor Paranaense.

Segundo levantamento do Centro Internacional de Energias Renováveis (Cibiogás), o Paraná lidera com folga o número de plantas de biogás na região Sul, com 426 unidades instaladas, 348 delas da agropecuária. Em Santa Catarina são 126 plantas e no Rio Grande do Sul 84. O Paraná foi responsável com 53% do volume de geração de biogás na região no ano passado, com 461 milhões de metros cúbicos normais. .

Fonte: Governo PR

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