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Dia da Alfabetização: melhor educação do País, Paraná avança no Educa Juntos

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No Dia Mundial da Alfabetização, celebrado neste domingo, 8 de Setembro, o Paraná comemora os resultados do Programa Educa Juntos, iniciativa do Governo do Estado em parceria com os municípios, voltada para a melhoria da aprendizagem e da alfabetização dos estudantes da rede pública.

Dados mais recentes divulgados pelo Ministério da Educação e o Instituto Nacional de de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) mostram que o Estado, que já ocupava o topo do ranking do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica – IDEB, conquistou novamente o status da melhor educação do Brasil, com 6,7 pontos nos anos iniciais do ensino fundamental, representando aumento de 0,1 ponto em relação à meta estabelecida para o período de 2007 a 2021. 

Os resultados posicionam o Paraná como líder nacional no IDEB para o ciclo do 1º ao 5º ano, superando estados como Ceará e São Paulo, o que reforça o compromisso do Estado com a educação de qualidade desde a etapa da alfabetização.

O Programa Educa Juntos, implantado em 2022, tem fundamental papel neste avanço. Desde sua implementação, o programa tem oferecido suporte essencial aos municípios paranaenses por meio da distribuição de materiais didáticos, ferramentas de monitoramento escolar e avaliações diagnósticas. Além disso, o Educa Juntos proporciona formação contínua para os profissionais da educação, ajudando a garantir uma base sólida para o desenvolvimento educacional dos alunos.

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O secretário estadual da Educação, Roni Miranda, destaca que o avanço no IDEB é um reflexo direto do empenho conjunto entre o Estado e os municípios. “Estamos comprometidos com a melhoria contínua da educação. O sucesso do Programa Educa Juntos demonstra a eficácia de nossas ações colaborativas em prol da alfabetização e da qualidade educacional”, afirma Miranda. 

A coordenadora do Núcleo de Cooperação Pedagógica com os Municípios (NCPM), Eliane Benatto, esclarece que o programa inclui diversas estratégias voltadas para a alfabetização. “Entre essas estratégias, destaca-se o Alfabetiza Juntos, que proporciona aos municípios materiais complementares de apoio em língua portuguesa e matemática, além de avaliações diagnósticas e de desempenho”, explica. “O programa também oferece formação continuada para os professores que atuam nas turmas dos primeiros e segundos anos”.

A parceria entre o Estado e as prefeituras tem sido crucial para alcançar esses resultados. Ela afirma que a colaboração permite uma integração eficaz entre as etapas da Educação Básica, facilitando a continuidade do processo educacional e melhorando o desempenho dos estudantes.

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Na Escola Municipal Professor Mário Flores, em São José dos Pinhais, na Região Metropolitana de Curitiba (RMC), os materiais didáticos desenvolvidos a partir do programa têm feito toda a diferença na jornada de aprendizagem dos alunos.

Para a diretora da escola,  Ana Paula Bonetti, o programa trouxe uma contribuição significativa, especialmente na alfabetização. “Os materiais do Educa Juntos são recursos valiosos que têm um impacto expressivo no desenvolvimento das crianças”, afirma. 

Ana Paula destaca, ainda, o impacto do programa no contexto pós-pandemia. “Atualmente, as crianças demandam atividades que captem mais a atenção, depois de um longo período em que estiveram predominantemente em contato com telas. O programa tem sido excepcional nesse aspecto, oferecendo atividades que não só atraem, mas também auxiliam no processo de aprendizagem”.

Eliane  Benatto enfatiza que, pelo relatório de alfabetização divulgado pelo MEC, o Paraná tem hoje 73% das crianças alfabetizadas. “Mas a meta é que 100% das crianças paranaenses sejam alfabetizadas até o final do segundo ano do ensino fundamental”, destaca. 

Fonte: Governo PR

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Talento Tech: alunos aprendem TI e testam tecnologias em lanchonete e negócios dos pais

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A realidade da pequena São Jerônimo da Serra, com pouco mais de 10 mil habitantes, no Norte do Paraná, vem mudando depois que a cidade foi contemplada com três turmas do Talento Tech. O programa, lançado em junho de 2024 e que oferece cursos profissionalizantes na área de Tecnologia da Informação e Comunicação (TIC), tem ajudado na formação de mão de obra em uma área que, antes vista como futuro, já é presente e oferece remunerações mais atrativas, com a possibilidade de trabalhar remotamente, longe dos grandes centros urbanos.

Os 20 alunos da 1ª turma devem concluir os estudos em junho deste ano, após 10 meses de aulas divididas nas modalidades Ensino a Distância (EaD) e encontros presenciais, distribuídas em 15 módulos. Cada estudante do ensino médio recebe uma bolsa mensal de R$ 1.345, enquanto para aqueles do ensino superior o auxílio é de R$ 1.500.

Eles foram escolhidos via edital e contam com aulas de programação, Inteligência Artificial, machine learning, entre outros temas ligados à tecnologia. A carga horária do curso é de 800 horas, sendo as últimas 80 horas dedicadas para o desenvolvimento de um projeto integrador, ligado a problemas reais tanto das empresas parceiras quanto do local onde estão inseridos. É nessa fase que os estudantes de São Jerônimo da Serra se encontram.

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Um deles é Oséias Proença, de 17 anos. Ele, que já concluiu o ensino médio, viu no Talento Tech a oportunidade de se profissionalizar, ao mesmo tempo em que ajuda o negócio da família. “Meus pais têm uma lanchonete há mais de 35 anos. Conversando com eles, tive a ideia de usar o que aprendi em programação para fazer um sistema para ajudar nos pedidos apresentando o cardápio de lanches e bebidas”, explica.

O sistema funciona como um site que apresenta os nomes e os valores dos lanches e das bebidas. O cliente pode fechar o pedido pelo aplicativo, que envia automaticamente uma mensagem com as informações para o celular do pai de Oséias. Também é possível cancelar o pedido ou fazer uma troca nos itens escolhidos.

“Meu pai não tinha noção de quão longe eu chegaria no desenvolvimento do site. Ele ficou até surpreso quando expliquei para ele, orgulhoso de ver que o filho está criando algo para ajudar no negócio da família”, diz o jovem.

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Oséias viu no desenvolvimento do sistema a oportunidade de empreender. “Tenho o objetivo de continuar nessa área, até mesmo criando sites para outros comércios”, afirma. “Abracei essa oportunidade e espero que os demais consigam ter esse prazer de estudar. Cada vez mais o programa está abrindo portas para mim. Agora mesmo eu saí de um emprego e já estou trabalhando em uma loja de informática, graças ao Talento Tech”.

O objetivo do programa é justamente este: oferecer condições para que pequenos municípios consigam reter mão de obra qualificada, contribuindo para o seu desenvolvimento. Cinquenta cidades com os menores Índice Ipardes de Desempenho Municipal (IPDM) foram escolhidas para o Talento Tech, que possui um investimento de R$ 62 milhões do Governo do Estado.

O IPDM mede o desempenho dos 399 municípios do Paraná considerando três dimensões: renda, emprego e produção agropecuária, saúde e educação.

TALENTO

Oséias Proença, de 17 anos, viu no Talento Tech a oportunidade de se profissionalizar, ao mesmo tempo em que ajuda o negócio da família. Foto: Ricardo Ribeiro/AEN

ECONOMIA LOCAL – Colegas de turma no Talento Tech, Lucas de Oliveira, 17 anos, e João Lucas Neves, 16, também aplicaram seus conhecimentos para desenvolver soluções para os negócios familiares. Os dois criaram um sistema de gestão e controle de estoque.

“Já tínhamos pensado em desenvolver algo que se encaixasse no nosso trabalho. Tanto a minha família quanto a do João trabalham na parte de comércio e prestação de serviços, então analisamos o mercado e vimos que a nossa demanda principal era essa”, lembra Lucas, cuja família possui uma loja de materiais de construção.

O diferencial do programa criado por eles é a possibilidade de ser mais barato do que os sistemas disponíveis no mercado, além de poder ser utilizado em qualquer tipo de comércio, com potencial de ajudar vários estabelecimentos da cidade.

“Existem muitos sistemas de controle de estoque para auxiliar com vendas. Inspirados e pegando como base alguns programas, nós desenvolvemos esse rascunho do que a gente tem a intenção de fazer, mas já é um projeto que está caminhando”, afirma.

O contato com o mundo da programação veio ainda no ensino médio. “Eu tinha um pouco de experiência com a parte de html e algumas linguagens básicas, mas nunca cheguei a me aprofundar. O Talento Tech abriu minha visão e despertou meu interesse”, recorda Lucas. “É interessante ter essa habilidade e poder analisar as necessidades do comércio local para desenvolver o programa, levando como base algo que já existe, mas adaptando para a nossa realidade.”

Parceiro de Lucas no sistema de estoque, João tem outros três projetos para apresentar dentro do programa estadual: um portfólio online, uma loja virtual de suplementos e o site da feira de robótica da escola. Com o Talento Tech, ele viu aflorar o interesse pela área de tecnologia.

“Eu tinha muito medo de chegar no final do ensino médio e não saber o que fazer. Pensava em fazer medicina, mas estava sempre na dúvida. O programa me ajudou a decidir pela área de segurança de informação e desenvolvimento de software”, diz João.

TALENTO

Foto: Ricardo Ribeiro/AEN

FOCO NA SAÚDE – Além do comércio local, outras áreas também são alvo de soluções desenvolvidas pelos alunos do Talento Tech. As amigas Sara Mariana, de 17 anos, e Geovanna Atanazio, 21, criaram um sistema para apoio no diagnóstico médico.

A plataforma é simples, com perguntas sobre os sintomas, como febre, tosse, dor no corpo, calafrios, cansaço, dificuldade de respirar, e com base nas respostas, indica qual doença é a mais provável. “A proposta é usar machine learning para melhorar o atendimento de saúde. Ali mesmo você pode dizer seus sintomas e ter um diagnóstico, que deve ser confirmado por um médico”, explica Sara. Outros dois alunos também participam do desenvolvimento da aplicação.

“Meu sonho é entrar para área da saúde, então pensei nesse sistema como um apoio, não para dar um diagnóstico único, mas para a pessoa já saber o que está acontecendo com ela, quais os sintomas, o que pode ser”, complementa Geovanna.

Também com o sonho de trabalhar na área da saúde, o estudante Carlos Augusto Sutil, de 16 anos, enxerga nas aulas de programação e tecnologia uma oportunidade de se antecipar a tendências futuras para a área. “Quero tentar medicina, mas sei que a programação é o futuro das profissões. Posso, por exemplo, abrir uma clínica médica e construir meu próprio site, sabendo programar”, planeja.

Quem acompanha essa turma é a professora Claudia Teixeira. Para ela, o principal ganho do Talento Tech é o coletivo. “Entre tantos benefícios que o projeto traz para o município, uma das ideias principais é fazer com que eles alavanquem a economia local, contribuindo para que a qualidade socioeconômica do município progrida”, ressalta.

O Talento Tech possui parcerias com empresas da área de tecnologia que têm o compromisso de contratar pelo menos 50% dos alunos formados no mesmo município de origem dos estudantes. “Eles podem prestar serviço para uma empresa de São Paulo, por exemplo, mas trabalhando daqui. Nada impede que eles possam ganhar o mundo, mas uma das intenções é que eles possam produzir recursos no município, com o conhecimento que eles adquiriram”, complementa a professora.

Fonte: Governo PR

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