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Connect Week discute uso da inovação para uma agricultura mais sustentável

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A transformação vivenciada no setor agrícola com a revolução tecnológica, que incluiu automação, inteligência artificial, big data, rastreabilidade e bioinsumos, entre outras inovações, foi discutida nesta quinta-feira (20) durante a Connect Week 2024, em Curitiba. O evento é um dos maiores do País voltado à tecnologia e tem o apoio do Governo do Estado.

O assunto foi aprofundado na plenária “Inovações Tecnológicas e Sustentabilidade no Agronegócio Brasileiro”, que teve como mediador Benno Henrique Doetzer, diretor-técnico da Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento (Seab). Ele reafirmou o compromisso do Sistema Estadual de Agricultura (Seagri) com a promoção de práticas agrícolas avançadas e sustentáveis. “Devemos posicionar o agronegócio brasileiro na vanguarda das inovações tecnológicas globais”, disse.

O gerente de Inovação do Instituto de Desenvolvimento Rural do Paraná – Iapar-Emater (IDR-Paraná), Sérgio José Alves, destacou que as tecnologias emergentes precisam estar à disposição das novas gerações, pois é a partir da adoção do moderno no meio rural que os jovens lá permanecerão. Do contrário, a tendência é um esvaziamento do campo.

“Essas tecnologias não apenas aumentam a eficiência, mas promovem uma agricultura mais sustentável e responsável, essencial para atender as demandas de uma população mundial crescente”, afirmou. Ele citou o uso de aplicativos desenvolvidos pelo próprio instituto, que visam ao controle de doenças e pragas e resultam em maior produtividade, renda e sustentabilidade.

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Entre as várias ferramentas digitais desenvolvidas pelo IDR-Paraná está, por exemplo, o GID Pragas da Soja, que fornece breve descrição diagnóstica e imagens para o reconhecimento de insetos e pragas que ocorrem na cultura da soja, uma das principais desenvolvidas no Paraná. Também faz parte da listagem o GID Inimigos Naturais, que facilita o reconhecimento de insetos predadores e parasitoides de pragas agrícolas. 

“Precisa fazer pesquisa, alinhar com startups para que o agricultor familiar tenha acesso à informação e à tecnologia, pois dessa forma cria qualidade de vida e maior valor agregado”, acrescentou. 

A pesquisadora em Fitopatologia do IDR-Paraná, Sandra Cristina Vigo, destacou o crescente uso de bioinsumos tanto por agricultores quanto por empresas. Ela explicou que, apesar da ausência de regulamentação específica para a produção on farm, método em que a produção de microorganismos é feita diretamente na propriedade, os agricultores estão cada vez mais capacitados para garantir a biossegurança dessa prática.

A pesquisadora salientou a importância dos bioinsumos para uma proteção mais sustentável das lavouras contra pragas e doenças, promovendo uma agricultura mais ecológica e eficiente. “Os bioinsumos interferem positivamente no crescimento, no desenvolvimento, no mecanismo de resposta de plantas e são ótimos defensores contra pragas” afirmou. 

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Advogado e doutor em Meio Ambiente e Desenvolvimento Rafael Ferreira Filippin falou sobre o uso da inovação na comprovação da rastreabilidade dos produtos agrícolas brasileiros livres de desmatamento. Ele reforçou a importância da tecnologia aliada à criatividade humana para garantir a transparência e a conformidade dos produtos agrícolas com as exigências ambientais internacionais.

Mas, para Filippin, apenas as tecnologias não bastam. “As plataformas tecnológicas não conseguirão demonstrar aos mercados europeus que os produtos brasileiros estão livres de desmatamento se não existirem profissionais capacitados”, disse.

Fonte: Governo PR

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Decreto isenta de ICMS biogás, biometano e combustível sustentável de avião no Paraná

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O governador Carlos Massa Ratinho Junior assinou nesta segunda-feira (05) o Decreto nº 9.817 que concede isenção sobre o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) em operações para aquisições de bens destinados à fabricação de combustível sustentável de aviação (SAF, na sigla em inglês), biometano, biogás, metanol e CO2. 

Além disso, o decreto também concede a isenção do ICMS na aquisição de máquinas, equipamentos, aparelhos e componentes para geração de energia a partir do biogás, como bombas de ar ou de vácuo, compressores de ar ou de outros gases e ventiladores; coifas aspirantes, contadores de gases. As duas medidas buscam tornar o Paraná mais competitivo na atração de negócios em energia renovável, alavancando o desenvolvimento estadual.

O decreto internaliza os convênios 161/2024 e 151/2021, aprovados pelo Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz) durante o Encontro Nacional dos Secretários da Fazenda em dezembro. Com a regulamentação, as isenções já estão em vigor. 

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De acordo com o secretário estadual da Fazenda, Norberto Ortigara, a ideia é justamente estimular investimentos em combustíveis sustentáveis no Paraná, colocando o Estado em posição de destaque no cenário nacional. “Queremos consolidar o Paraná como uma referência e um polo na produção de novas energia e incentivos fiscais, como a isenção do ICMS, são formas de pavimentar esse caminho, estimulando investimentos no setor”, explica.

Um dos objetivos da iniciativa, aponta Ortigara, está em tornar o biometano economicamente viável. “O Paraná já é o maior produtor de proteína animal do Brasil, então queremos aproveitar o potencial que já existe aqui para fomentar a cadeira de biogás e biometano. Temos potencial para sermos uma Arábia Saudita do combustível renovável”, diz. “É usar dejetos de animais para gerar energia e, com as novas isenções, facilitamos o caminho para tornar o Estado ainda mais sustentável”.

SUSTENTABILIDADE – Os esforços do Paraná em se tornar referência na produção de combustíveis sustentáveis a partir do reaproveitamento do potencial agrícola não se limita apenas à isenção do ICMS. Embora a medida assinada pelo governador estimule ainda mais o setor, o Estado já aposta na geração de energia renovável também por meio de outros programas, como o Paraná Energia Rural Renovável (RenovaPR).

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Executado pelo IDR-Paraná, ele incentiva os produtores rurais a produzir sua própria energia ou combustível. O Estado também subsidia os juros dos empréstimos usados pelos produtores para a implantação de projetos de energia renovável, por meio do Banco do Agricultor Paranaense.

Segundo levantamento do Centro Internacional de Energias Renováveis (Cibiogás), o Paraná lidera com folga o número de plantas de biogás na região Sul, com 426 unidades instaladas, 348 delas da agropecuária. Em Santa Catarina são 126 plantas e no Rio Grande do Sul 84. O Paraná foi responsável com 53% do volume de geração de biogás na região no ano passado, com 461 milhões de metros cúbicos normais. .

Fonte: Governo PR

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