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Como Assaí, no interior do Paraná, virou referência global de inovação

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Localizada no Norte Pioneiro do Paraná, nas proximidades de Londrina, Assaí é destaque nacional e internacional no âmbito da inovação. Com uma população de 13.797 habitantes segundo o IBGE, o município já havia sido  eleito em 2024 como uma das 21 comunidades mais inteligentes do mundo pelo ranking Smart21 do Fórum de Comunidades Inteligentes do Canadá (IFC), ao lado de Curitiba e Ponta Grossa. Mas a cidade não parou aí. 

Em junho a cidade deu um salto. Com a publicação do ranking TOP7, Assaí entrou para a lista das sete comunidades mais inteligentes do mundo, igualando-se a Curitiba e das cidades de Coral Gables (EUA), Durham (Canadá), Fredericton (Canadá), Hilliard (EUA) e Yunlin (Taiwan). Em novembro, o vencedor será definido no Smart Cities Awards, principal evento do setor, realizado anualmente em Barcelona, na Espanha.

Em 2023, a cidade já havia ficado entre as 21 primeiras do ranking, conhecido como “Oscar da Inovação”. Uma das metas de Assaí é utilizar um modelo colaborativo que aproxima o setor privado, setor público e universidades, para se tornar a primeira cidade-laboratório do Brasil, sendo referência para testes em escala de novas tecnologias. Baseada em gestão inteligente e investimento em educação, o município vem trabalhando para fortalecer a cultura da inovação municipal. Esses pilares fizeram a cidade se estabelecer como um exemplo nacional na aplicação de políticas públicas para a modernização, transformação digital e principalmente na retenção de talentos locais. 

Além de concorrer na premiação internacional, Assaí foi reconhecida nacionalmente pelas boas práticas em gestão pública no 12º Prêmio Sebrae Prefeitura Empreendedora (PSPE). Na ocasião, o município foi vencedor da categoria Empreendedorismo na Escola, com o projeto Assaí Tech, que fomenta a área da Tecnologia da Informação e promove oportunidade de aprendizagem para alunos de escolas municipais e estaduais. As ações vão desde a educação básica até o primeiro emprego e incluem ensino bilíngue, aulas de programação, design e empreendedorismo e tem como norte uma política de retenção de talentos, focada em agregar valor para o cidadão e para a iniciativa privada.

O secretário da Inovação, Modernização e Transformação Digital, Alex Canziani, afirma que Assaí é um modelo não apenas para o Paraná, mas para o Brasil. “Das sete cidades finalistas do prêmio, duas são do Brasil e estão no nosso Estado. Isso é motivo de orgulho para os paranaenses e mostra que estamos no caminho certo trabalhando de acordo com as tendências mundiais para o futuro”, afirma. 

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O município contou com o apoio do Governo do Estado, por meio da Secretaria da Inovação, Modernização e Transformação Digital, para inaugurar a Agência de Inovação do Vale do Sol. A iniciativa também está entre os ambientes promotores de inovação credenciados pelo Sistema Estadual de Parques Tecnológicos do Paraná (Separtec).

A agência tem como objetivo gerar empregos e renda, melhorar a qualidade dos serviços de saúde e educação e promover o bem-estar da população de forma sustentável, além de ser equipado com diversos espaços como estúdios de fotografia, TV e gravação de podcasts, ambiente para criação de protótipos, espaço coworking, escritório virtual e salas multiuso onde são ministrados cursos de programação, design, banco de dados, gestão de negócios e marketing digital.

O espaço fica dentro do Colégio Estadual de Ensino Profissionalizante (CEEP), unidade que coleciona prêmios na área de inovação. O colégio possui cerca de 800 alunos e atende nove municípios da região Norte. Entre os principais projetos estão o desenvolvimento de startups, sistemas e aplicativos voltados para os setores do agronegócio, engenharia elétrica, mecânica e automação.

ESSÊNCIA INOVADORA – Assaí teve sua origem com a chegada de imigrantes japoneses na região, que deram à cidade um nome com o significado de “Terra do Sol Nascente”. A influência e presença oriental são marcantes na comunidade até hoje.

Um dos fatores responsáveis pelo crescimento populacional da cidade foi a terra fértil, que possibilitou que a economia se concentrasse principalmente na plantação de café até os anos 1950. A partir de então, Assaí passou a ser um polo têxtil com grandes plantações de algodão, o que fez a cidade ser considerada a capital do algodão nos anos 1960.

Com o passar do tempo, a agropecuária ganhou terreno, e muitos trabalhadores rurais migraram para áreas urbanas, tanto dentro quanto fora da cidade, em busca de melhores oportunidades de emprego. Assim, iniciaram-se esforços para melhorar as condições urbanas e tornar Assaí um lugar mais atraente, incentivando seus cidadãos, especialmente os jovens, a contribuir para a economia local. Desde então, a essência inovadora da cidade tem se tornado mais evidente, começando pela criação de uma secretaria de ciência, tecnologia e inovação. 

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CONTRATAÇÃO POR HACKATHON – Por meio de uma parceria com o Sebrae, a prefeitura de Assaí realizou um hackathon (maratona de ideias) para contratar o secretário da pasta. Esse tipo de processo seletivo foi o primeiro nesse estilo a ser realizado no Brasil. Com a secretaria criada, o foco da cidade foi investir em políticas públicas voltadas à capacitação profissional de estudantes. 

O secretário municipal da Ciência, Tecnologia e Inovação, Igor Oliveira, escolhido para comandar a pasta a partir do hackathon, explica que Assaí tem se tornado um modelo para outras cidades pequenas do Brasil. “A nossa conduta é voltada para dar voz e força para as menores cidades pequenas, que representam mais de 90% do nosso país. Tentamos ter um olhar diferenciado voltado para a educação e para a formatação do primeiro emprego, justamente para vocacionar esses jovens para que eles consigam estar preparados para o mercado de trabalho”, afirma. 

FOCO NA EDUCAÇÃO – O projeto Passaporte Estudantil é uma das ações realizadas pela prefeitura para fomentar o desenvolvimento socioeducacional e garantir a equidade no acesso à educação e a formação técnica. O projeto subsidia bolsas de estudos de graduação para jovens que concluíram o ensino médio, focando auxiliar os estudantes até a busca do primeiro emprego. 

Assim como o projeto Assaí Tech e a Agência de Inovação, o Passaporte Estudantil faz parte do ecossistema de inovação Vale do Sol, criado em 2022 com o propósito de contribuir para a eficiência do setor público e a evolução da cidade por meio de soluções tecnológicas e inovadoras que permitam a modernização de processos e a melhoria da qualidade de vida dos cidadãos. A iniciativa inclui diversas pastas da cidade, desde educação e saúde, a cultura, esporte e lazer.

Fonte: Governo PR

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Centro de Documentação e Arquivo da Unicentro recebem acervo de Nivaldo Krüger

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O Centro de Documentação e Memória da Universidade Estadual do Centro-Oeste (Unicentro) e o Arquivo Histórico de Guarapuava deram início a um projeto de resgate das obras do acervo de Nivaldo Krüger, que foi senador, deputado estadual, deputado federal e prefeito de Guarapuava. A iniciativa, coordenada pela professora Terezinha Saldanha, tem como objetivo resgatar, preservar e disponibilizar ao público o acervo pessoal do político.

O acervo inclui livros, registros políticos e documentos pessoais de grande relevância histórica. Esses documentos se tornam públicos e de fácil acesso para acadêmicos, incentivando novas pesquisas e agregando ao acervo local.

Parte da biblioteca pessoal do político, especialmente as obras sobre a história do Paraná, será incorporada ao acervo da Unicentro. Já os documentos ligados à trajetória de Krüger serão preservados no Arquivo Histórico da universidade. Materiais de assuntos diversos e outras temáticas serão doados a escolas, inclusive colégios do Rio Grande do Sul, para ajudar na reposição de materiais escolares perdidos nas enchentes de 2024.

“Além da relevância para a história guarapuavana, Nivaldo Krüger também participou de diversos projetos históricos em âmbito nacional, ele estava presente na CPI da Itaipu e na Constituinte de 1988”, diz Terezinha Saldanha.

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Além de assegurar a integridade da doação, o projeto tem por objetivo ensinar os extensionistas, na prática, os métodos de arquivamento. Todos os volumes serão catalogados e preservados. O processo inclui várias etapas, do congelamento do material – a fim de eliminar microrganismos e o mau cheiro – até a limpeza manual de cada página de um livro.

Ele faleceu em 14 de fevereiro de 2024 e logo em seguida a família entrou em contato com a Unicentro para que o restante da documentação também pudesse ser preservada. O projeto foi possível graças à vontade da família, que acompanhou de perto o processo de doação do acervo.

“Meu pai, ainda em vida, já fez uma doação para a universidade, já tinha esse desejo de compartilhar com o coletivo todo o acervo histórico que ele, ao longo dos anos, teve no escritório”, conta Lenita Krüger, filha do político.

“A gente se sente bem sabendo que esses livros não vão ficar parados. Era o jeito do meu pai servir à comunidade e ele ficaria muito feliz”, complementa Beatriz Krüger, também filha do ex-prefeito.

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TRAJETÓRIA – Nivaldo Passos Krüger nasceu em Canoinhas (SC), mas foi no Paraná, para onde se mudou ainda na infância, que iniciou a carreira política. O primeiro cargo veio em 1958, como vereador. Em 1964, foi eleito prefeito de Guarapuava, posição que assumiria mais duas vezes, em 1973 e 1983. Atuou também como deputado estadual (1970), deputado federal (1979) e, em 2002, assumiu uma cadeira no Senado pelo Estado do Paraná.

Em Guarapuava, foi o primeiro presidente da Associação Comercial e Empresarial (Acig) e ocupava uma cadeira da Academia de Letras, Artes e Ciências de Guarapuava (Alac). Além da próspera carreira política, Nivaldo Krüger foi autor de livros sobre a História do Paraná e um amante da fotografia. Faleceu em fevereiro de 2024, aos 94 anos, deixando esposa e cinco filhos.

Fonte: Governo PR

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