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Com apoio do IDR-Paraná, avocado do Norte ganha Europa e garante renda aos produtores

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Produzir abacate para a exportação vem rendendo bons lucros a produtores da região Norte do Paraná. Atualmente, onze produtores de Nova América da Colina, Assaí e São Sebastião da Amoreira se dedicam ao plantio do avocado, também conhecido como abacate hass. Os produtores têm o acompanhamento dos extensionistas do Instituto de Desenvolvimento Rural do Paraná (IDR-Paraná) em todas as etapas da produção para que atendam às exigências do mercado internacional e conquistem mais consumidores.

O fruto tem casca grossa e verde escura e seu peso fica entre 200 e 350 gramas. Menor que o abacate tropical, o avocado tem mercado certo no Exterior. A colheita no Paraná começa no fim deste mês e toda a produção é destinada a consumidores europeus, repetindo um comércio que começou em 2020 e se expande ano após ano. Os preços do avocado são de 50% a 100% superiores aos valores do abacate tropical. Nesta safra, os três municípios paranaenses devem colher em torno de 80 toneladas do fruto.

O cultivo de avocado na região Norte começou como forma de diversificar a produção de frutas, como laranja, tangerina, limão e abacate tropical. Ele é tocado por produtores associados à Cooperativa dos Fruticultores de Nova América da Colina e Região (Nova Citrus). A cooperativa também comercializa uva fina de mesa.

Cinco produtores deram o pontapé inicial e hoje o avocado ocupa 20 hectares nos três municípios. Toda a produção é vendida para uma empresa de Bauru, de São Paulo, que exporta o fruto para a Europa. Um diferencial que tem estimulado o plantio é a remuneração obtida com o fruto. Neste mês, a empresa que compra a produção na região Norte do Paraná chegou a pagar R$ 9,00 pelo kg, para frutos com peso entre 365g e 306g. Em março, com a maior oferta, o preço cai para R$ 7,00 o quilo. Já o abacate tradicional é negociado entre R$ 1,00 e R$ 2,00 o quilo.

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A proximidade da região Norte com os grandes exportadores de avocado do País, localizados em São Paulo, facilita a comercialização. No ano passado o fruto rendeu, a cada produtor, uma renda aproximada de R$ 36 mil. 

ORIENTAÇÃO DO IDR – Além de produzir frutas visualmente atraentes, o produtor de avocado precisa garantir que a produção não tenha qualquer resíduo de agrotóxico, atendendo aos padrões de qualidade do mercado europeu. Para isso, os agricultores paranaenses contam com os extensionistas do IDR-Paraná que orientam sobre o uso de produtos biológicos, prioritariamente, durante todo o ciclo de produção.

“Não chega a ser um cultivo orgânico porque até uma fase é feita a aplicação de insumos químicos. Mas a partir de um determinado momento são usados apenas produtos biológicos”, explica Ciro Daniel Marques Marcolini, técnico do IDR-Paraná de Cornélio Procópio.

O fruto é muito consumido em todo o mundo e o Brasil tem a vantagem de produzir na entressafra de outros países. “O avocado precisa de um tratamento semelhante ao abacate tropical, mas o produtor tem que ter mais rigor com o balanço hormonal da planta e a colheita também exige mais cuidado. O avocado deve ser colhido com tesoura e o cabo cortado rente aos frutos”, informa.

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Os pomares de avocado levam três anos para entrar em produção. Na região Norte do Estado, que já é um polo tradicional de abacate tropical, a produtividade do avocado tem alcançado 15 toneladas por hectare, a partir do quarto ano. “O avocado é uma cultura que responde muito bem aos tratos culturais e à adubação. Por isso, a assistência técnica tem que estar muito presente, junto ao produtor. A produtividade pode chegar a 20 toneladas por hectare”, esclarece o extensionista.

Marcolini ressalta, ainda, que os produtores da região já estão pensando em ampliar a área com o avocado. “Para lidar com o avocado, tem que ter tempo, dedicação, mão de obra e algum capital para começar. Indicamos que o produtor inicie com uma área mínima de um hectare para se viabilizar. E tem que ter cuidado, zelo, buscar qualidade. Sobretudo, tem que seguir as orientações da assistência técnica”, complementa.

Fonte: Governo PR

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PARANÁ

Decreto isenta de ICMS biogás, biometano e combustível sustentável de avião no Paraná

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O governador Carlos Massa Ratinho Junior assinou nesta segunda-feira (05) o Decreto nº 9.817 que concede isenção sobre o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) em operações para aquisições de bens destinados à fabricação de combustível sustentável de aviação (SAF, na sigla em inglês), biometano, biogás, metanol e CO2. 

Além disso, o decreto também concede a isenção do ICMS na aquisição de máquinas, equipamentos, aparelhos e componentes para geração de energia a partir do biogás, como bombas de ar ou de vácuo, compressores de ar ou de outros gases e ventiladores; coifas aspirantes, contadores de gases. As duas medidas buscam tornar o Paraná mais competitivo na atração de negócios em energia renovável, alavancando o desenvolvimento estadual.

O decreto internaliza os convênios 161/2024 e 151/2021, aprovados pelo Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz) durante o Encontro Nacional dos Secretários da Fazenda em dezembro. Com a regulamentação, as isenções já estão em vigor. 

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De acordo com o secretário estadual da Fazenda, Norberto Ortigara, a ideia é justamente estimular investimentos em combustíveis sustentáveis no Paraná, colocando o Estado em posição de destaque no cenário nacional. “Queremos consolidar o Paraná como uma referência e um polo na produção de novas energia e incentivos fiscais, como a isenção do ICMS, são formas de pavimentar esse caminho, estimulando investimentos no setor”, explica.

Um dos objetivos da iniciativa, aponta Ortigara, está em tornar o biometano economicamente viável. “O Paraná já é o maior produtor de proteína animal do Brasil, então queremos aproveitar o potencial que já existe aqui para fomentar a cadeira de biogás e biometano. Temos potencial para sermos uma Arábia Saudita do combustível renovável”, diz. “É usar dejetos de animais para gerar energia e, com as novas isenções, facilitamos o caminho para tornar o Estado ainda mais sustentável”.

SUSTENTABILIDADE – Os esforços do Paraná em se tornar referência na produção de combustíveis sustentáveis a partir do reaproveitamento do potencial agrícola não se limita apenas à isenção do ICMS. Embora a medida assinada pelo governador estimule ainda mais o setor, o Estado já aposta na geração de energia renovável também por meio de outros programas, como o Paraná Energia Rural Renovável (RenovaPR).

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Executado pelo IDR-Paraná, ele incentiva os produtores rurais a produzir sua própria energia ou combustível. O Estado também subsidia os juros dos empréstimos usados pelos produtores para a implantação de projetos de energia renovável, por meio do Banco do Agricultor Paranaense.

Segundo levantamento do Centro Internacional de Energias Renováveis (Cibiogás), o Paraná lidera com folga o número de plantas de biogás na região Sul, com 426 unidades instaladas, 348 delas da agropecuária. Em Santa Catarina são 126 plantas e no Rio Grande do Sul 84. O Paraná foi responsável com 53% do volume de geração de biogás na região no ano passado, com 461 milhões de metros cúbicos normais. .

Fonte: Governo PR

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