NOVA AURORA

PARANÁ

Carro movido a hidrogênio de alunos da Unioeste vai competir no Shell Eco-Marathon, nos EUA

Publicado em

O Grupo Cataratas de Eficiência Energética (GCEE), projeto de extensão do Centro de Engenharias e Ciências Exatas (CECE) da Universidade Estadual do Oeste do Paraná (Unioeste), campus Foz do Iguaçu, está prestes a embarcar para um novo desafio. Após obter resultados notáveis na etapa nacional da Shell Eco-Marathon, realizada em agosto do ano passado no Pier Mauá (RJ), a equipe prepara os últimos detalhes para participar da Shell Eco-Marathon Americas 2025, na categoria Urban Concept, em Indianápolis, nos Estados Unidos, com o carro movido a hidrogênio verde produzido no Itaipu Parquetec.

Partem rumo à competição na próxima segunda-feira (31) um total de 12 alunos acompanhados pelo professor da Unioeste e coordenador do projeto, Fernando José Gaiotto, e pelo professor e subcoordenador, Antonio Marcos Massao Hachisuca (Shiro). O grupo alcançou em 2024 o feito histórico de se tornar a primeira equipe da América Latina a ser aprovada nas inspeções técnicas e a colocar um veículo conceito urbano movido a hidrogênio na pista para rodar. O desempenho impressionou engenheiros e técnicos da competição, levando ao convite para a etapa americana.

“A última vez que o GCEE competiu nos Estados Unidos foi em 2012. Agora, em 2025, a equipe tem a possibilidade de repetir esse feito e com grandes chances de se tornar campeã. Temos um carro competitivo, robusto e com tecnologia embarcada que nos garante um certo conforto. O veículo vai contar com um sistema de telemetria que informará os dados para o box enquanto o piloto dirige em tempo real com o veículo na pista”, conta o professor e coordenador da equipe Fernando Gaiotto.

Durante a competição, promovida de 2 a 6 de abril, a equipe terá o desafio de percorrer o trajeto de 16 quilômetros em 35 minutos no icônico circuito da Indianapolis Motor Speedway. “Na etapa americana nós temos um trecho mais longo do que a etapa brasileira. São quatro voltas de aproximadamente 4 quilômetros de pista, com duas paradas cada volta, dentro de um tempo total de 35 minutos, para completar a prova. Buscamos e treinamos para sermos eficientes. Realmente para conquistar essa categoria. Nossa equipe está muito motivada para trazer esse título para o Brasil”, complementa Gaiotto.

A capitã e acadêmica do curso de engenharia mecânica, Giulia Demarchi, compartilha as expectativas da equipe para essa grande competição. “Estamos muito orgulhosos por representarmos o Brasil, o Estado do Paraná e a Unioeste. Nossas expectativas estão muito altas, e temos nos dedicado intensamente na preparação. O ritmo está acelerado, e cada membro da equipe está dando o seu melhor para garantir um ótimo resultado. Melhoramos nosso projeto em relação ao que apresentamos no Rio de Janeiro no ano passado, e isso nos deixa ainda mais confiantes na expectativa de conquistar um prêmio para a nossa universidade e para o país”, conta.

Leia Também:  DER/PR faz reforma geral em ponte sobre o Rio Iapó em estrada rural de Castro

GCEE – O GCEE foi iniciado há mais de 15 anos por alunos dos cursos de engenharia elétrica e engenharia mecânica e posteriormente teve a integração de estudantes de ciências da computação. “Procuramos motivar os alunos participantes para que eles possam conciliar com seus estudos, ter a vivência de uma competição universitária e a experiência de colocar em prática os conhecimentos de engenharia mecânica e elétrica, para que eles possam também compartilhar com novos membros. No último semestre de 2024 recebemos mais alguns membros e o grupo aumentou tanto na quantidade de integrantes e quanto na capacidade”, afirma Gaiotto.

De Foz do Iguaçu para Indianápolis (EUA): equipe da Unioeste disputará Shell Eco-Marathon Americas 2025

Segundo o professor Shiro, a participação do grupo só foi possível graças ao apoio financeiro da Secretaria de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (SETI), do reitor Alexandre Webber, junto com os setores de convênio, compras, financeiro, empenho, jurídico da reitoria e do campus de Foz do Iguaçu, que se empenharam em todos os momentos para que pudesse viabilizar a participação.

“Gostaríamos de agradecer o secretário Aldo Bona, junto com o reitor Alexandre Webber, que em 2023 confiou na nossa equipe e financiou o desenvolvimento de pesquisa aplicada para a construção do primeiro veículo universitário para competição de eficiência energética, movido a célula a combustível de hidrogênio. Fomos a única equipe da América Latina a passar pela inspeção técnica na etapa Shell Ecomarathon Brasil 2024, que resultou em recebermos o convite de competir na etapa dos Estados Unidos em 2025″.

Leia Também:  Rompimento de cabo de energia afeta produção e abastecimento em Santo Antônio da Platina

HIDROGÊNIO VERDE – A construção do protótipo do veículo ocorreu nos laboratórios do Itaipu Parquetec utilizando como fonte do combustível o hidrogênio verde produzido na Planta Experimental do Parque Tecnológico, implementada em 2011 para o desenvolvimento de tecnologias aplicadas à produção, armazenamento e conversão do hidrogênio.

De acordo com o diretor de tecnologias do Itaipu Parquetec, Alexandre Leite, o Centro de Tecnologias de Hidrogênio apoia o GCEE na aplicação da tecnologia de célula a combustível de hidrogênio em veículos para competição de eficiência energética. “Além de produzir o hidrogênio utilizado para os testes, auxiliamos os alunos em como montar e operar os equipamentos de forma segura, contribuindo também com o conhecimento para operação de forma eficiente do equipamento no veículo”, destaca.

Alexandre também destacou a importância do projeto para a transição energética e a formação de capital intelectual. “A aplicação e validação de tecnologias em ambiente de competição internacional traz ganhos de conhecimento e fortalecimento do ecossistema, tanto da Universidade Estadual do Oeste do Paraná quanto do Itaipu Parquetec, quando o assunto é transição energética”, afirmou o diretor de tecnologias.  

SHELL ECO-MARATHON – A Shell Eco-marathon é uma competição global que desafia estudantes do ensino médio e universitários a projetarem, construírem e testarem veículos altamente eficientes em termos de consumo de energia. Com eventos anuais nas Américas, Europa e Ásia, essa iniciativa incentiva a inovação e a criatividade dos participantes, que buscam percorrer a maior distância possível utilizando a menor quantidade de energia.

Em 2025, a competição completa 40 anos o oferecendo aos estudantes a oportunidade de aplicar conhecimentos de ciência, tecnologia, engenharia e matemática em um ambiente prático, preparando-os para enfrentar os desafios energéticos do futuro.

PATROCINADORES – A equipe é patrocinada por diferentes instituições públicas e privadas. São patrocinadores e parceiros estratégicos o Governo do Estado do Paraná, por meio da Secretaria de Ciência e Tecnologia, a Itaipu Binacional, Itaipu Parquetec e a Unila; XBRI Pneus; H2helium; FUNDEP; Horizon; Ponte Nova Energia; Enerluz e Leser. Também apoiam a iniciativa Altair Cycles e Correia Bikeletro; IdeiaTrix; Receita Federal do Brasil; LabMaker; e LabIoT.

Fonte: Governo PR

COMENTE ABAIXO:

Advertisement

PARANÁ

G2 celebra 25 anos com um espetáculo inédito sobre um sujeito que não aproveita a vida

Published

on

By

O G2 Cia de Dança do Teatro Guaíra se prepara para um espetáculo inédito: “Gregor – uma odisseia patética”. A nova peça vai coroar os 25 anos da trajetória da companhia master que tem o propósito de explorar rumos e estéticas na linguagem da dança contemporânea. A estreia está prevista para O dia 31 de maio no auditório José Maria Santos, o Teatro da Classe. Ela fica em cartaz até o dia 8 de junho.

Com direção de Andrei Moscheto, o espetáculo promete surpreender o público ao misturar dança, teatro e humor em uma jornada nada convencional sobre o sentido da vida. O resultado é uma narrativa que, com leveza cômica, conta a história de um sujeito que está passando por esta vida sem aproveitá-la.

O espetáculo se inspira em diversas fontes de movimento e comicidade: o cartunista Quino, criador da Mafalda, com sua filosofia crítica, o trio Tricicle da Espanha, menções a obras de Franz Kafka, do filme “Cantando na Chuva”, do humor de Jerry Lewis e outros expoentes artísticos. A dramaturgia foi construída em conjunto com os integrantes do G2.

Leia Também:  Polícia Civil orienta vítimas de violência doméstica a registrarem Boletim de Ocorrência

“Estamos desenvolvendo uma obra que aproveita ao máximo a criatividade do G2. Foi importante desenvolver a parte teatral primeiro, para que os bailarinos da companhia pudessem dançar como personagens. A dança faz parte fundamental da nossa história”, explica Moscheto, que há mais de 25 anos dirige o grupo de teatro Antropofocus. “Tivemos bastante cuidado para que esta parte estivesse bem sólida. Agora estamos incluindo cada vez mais os elementos de dança. Isso tem feito o espetáculo crescer muito”.

A trilha sonora e a sonoplastia serão assinadas por Enzo Veiga, completando a experiência sensorial do espetáculo. A equipe técnica traz ainda nomes como Cris Roza (figurinos), Fer Bueno (adereços) e Gabrielle Windmüller (cenário), todos somando suas criações à proposta estética deste trabalho.

“Esses colaboradores estão ajudando a refinar ainda mais o que queremos trazer ao público. E a companhia G2, neste momento do processo, consegue colaborar ativamente no processo visual, afinal eles conhecem muito bem a história do espetáculo e são conscientes da demanda de movimentos tanto de seus personagens como do todo em si. A dança é cada vez mais presente na dramaturgia o que é ótimo. Fez com que o espetáculo pudesse crescer ainda mais”, explica Moscheto.

Leia Também:  Macaco-prego ferido é resgatado pelo IAT e se recupera após cirurgia

G2 – Criado em dezembro de 1999, o G2 Cia de Dança nasceu no Centro Cultural Teatro Guaíra a partir do desejo de dar continuidade à carreira dos bailarinos do Balé Teatro Guaíra, valorizando a maturidade artística. É inspirado em uma companhia pública holandesa formada por bailarinos master. A estreia do G2 aconteceu em julho de 2000, com os espetáculos “Instável Sonata”, de Adriana Grechi, e “Pare, pense, faça alguma coisa!”, de Tuca Pinheiro.

Atualmente, o G2 é a única companhia pública de bailarinos master em atividade na América Latina, reafirmando seu papel de referência e inovação na dança contemporânea. Saiba mais sobre a história da companhia AQUI.

Fonte: Governo PR

COMENTE ABAIXO:
Continuar lendo

PARANÁ

POLÍCIA

ENTRETENIMENTO

ESPORTES

MAIS LIDAS DA SEMANA