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Brasil-Itália: grupo de dança do Colégio Estadual do Paraná fará turnê em homenagem a Poty

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O Grupo de Dança Contemporânea do Colégio Estadual do Paraná (Dancep) prepara mais uma temporada de espetáculos. Desta vez, a companhia levará aos palcos do Brasil e da Europa a apresentação “Po(r)ty”, sobre a vida e a obra do artista paranaense Poty Lazzarotto.

Após a pré-estreia, realizada em Curitiba no ano passado, a nova turnê começará no Interior do Paraná e chegará à Itália. A expectativa é visitar até seis Núcleos Regionais de Educação ao longo do ano, com início previsto para maio. No segundo semestre, o Dancep deixa o país e desembarca em Florença e Roma, levando o talento dos jovens dançarinos paranaenses ao público italiano. O cronograma detalhado de apresentações será divulgado em breve.

Homenageado pela turnê, o próprio Poty Lazzarotto foi aluno do Colégio Estadual do Paraná e, posteriormente, conquistou o mundo – desenhista, ilustrador e gravurista, ficou conhecido pelos painéis e murais que enfeitam as ruas da capital paranaense e de outras cidades e países, como Alemanha, Portugal e França. Nascido em 1924, o artista morreu em 1998.

O espetáculo “Po(r)ty” surgiu do desejo do professor e coreógrafo Fernando Nascimento de homenagear o centenário de Poty Lazzarotto. No palco, a obra e a trajetória de vida do artista paranaense inspiram os movimentos do Dancep. A peça converte sua obra plástica em dança, tendo como base a sensibilidade de cada bailarino. 

Com um elenco formado por mais de 70 integrantes, incluindo professores do Dancep, ensaiadores, produtores, bailarinos e bailarinas – muitos deles estudantes –, além de uma dedicada equipe de apoio, o projeto celebra a arte e a história de Poty. A homenagem prestada por meio da dança reforça a conexão entre a trajetória do artista e a nova geração de talentos.

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DANCEP – Criado em 2011 pelo professor Fernando Nascimento, o Dancep tem sido destaque na formação artística e na produção de espetáculos. Composto por mais de 60 estudantes de escolas públicas de Curitiba e da Região Metropolitana, o grupo leva a arte da dança à comunidade escolar.

O Dancep tem suas raízes no Colégio Silvio Magalhães de Barros, em Maringá, onde Fernando estudou e depois lecionou. Atualmente, conta com o apoio da Secretaria de Estado da Educação do Paraná (Seed-PR), dos Núcleos Regionais de Educação, do Teatro Guaíra, do Setor de Relações Internacionais da Universidade Estadual do Paraná (Unespar) e da Casa Hoffmann, fortalecendo sua atuação na cena cultural de Curitiba.

Segundo Fernando Nascimento, o projeto nasceu de um trabalho coletivo. “O Dancep segue a teoria da Sistematização Coletiva do Conhecimento, desenvolvida pela professora Pura Lúcia Oliver Martins. Desde o início, tudo o que produzimos é construído em conjunto”, afirmou. “Essa é a essência: fazer juntos, com todos os corpos, culturas e origens, promovendo a dança em uma perspectiva formativa e sensível”.

Após a estreia, em 2012, o Dancep ampliou seu alcance com coreografias inspiradas em grandes nomes da cultura brasileira, como Helena Kolody, Vinícius de Moraes, Paulo Leminski e Guido Viaro.

O secretário de Estado da Educação, Roni Miranda, destacou a importância da arte na formação dos jovens. “O sucesso desse projeto, que já ultrapassou fronteiras e conquistou reconhecimento em outros países, mostra o poder da educação aliada à arte. Cada apresentação e conquista reforçam o papel fundamental da escola na formação de cidadãos críticos e sensíveis”, apontou.

O grupo oferece aulas gratuitas para estudantes e a comunidade, promovendo uma imersão completa na produção artística. Além de aprenderam técnicas de dança, os alunos se envolvem na criação de figurinos, trilha sonora, produção visual e organização dos espetáculos, ampliando seus conhecimentos sobre a arte do movimento.

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TRAJETÓRIA DE SUCESSO – O Dancep conquistou espaço em festivais nacionais e internacionais, como o Festival de Dança de Joinville e o Festival de Dança de Viana do Castelo, em Portugal, onde recebeu premiações de destaque. Em 2015, apresentou-se na Espanha e em Portugal, vencendo o Festival Internacional de Dança da Galícia. Foi também o único grupo representante de uma escola pública em Portugal, competindo com academias particulares da Europa.

Em 2018, expandiu sua atuação para a América Latina, com apresentações na Argentina. Em 2023, retornou ao cenário europeu, com espetáculos na França e nova premiação no Festival de Joinville.

Além de divulgar a arte da escola pública, a iniciativa oferece aos alunos a chance de conhecer novas culturas e ampliar horizontes por meio da dança.

Para Caroline Nascimento, ex-aluna e hoje professora do Colégio Estadual do Paraná, o Dancep significou uma transformação de vida. “Ao longo da minha trajetória, o professor Fernando Nascimento sempre foi uma grande inspiração, tanto como artista quanto como professor. Ter a oportunidade de voltar ao Dancep, agora como professora e coreógrafa, e fazer parte do espetáculo ‘Po(r)ty’, é algo muito especial para mim”, disse. “Este espaço sempre foi um lugar de acolhimento, aprendizado e crescimento, e só existe graças à dedicação e paixão do professor Fernando”.

Mais informações estão disponíveis no site do Dancep.

Fonte: Governo PR

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PARANÁ

Portos do Paraná realiza oficina de coleta e despolpa do açaí juçara em comunidade no Litoral

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Moradores da no Litoral do Paraná, participaram nesta quarta-feira (02) da 2ª Oficina de Coleta, Higienização e Despolpa de Juçara, fruta semelhante ao açaí amazônico. A iniciativa da Portos do Paraná busca estimular uma nova fonte de renda para as comunidades locais, predominantemente compostas por pescadores, além de promover a preservação da palmeira juçara, espécie ameaçada de extinção.​

“Com o conhecimento da despolpa dos frutos, é possível uma mudança cultural, possibilitando renda às comunidades e incentivando o plantio das sementes”, destacou o diretor de Meio Ambiente da Portos do Paraná, João Paulo Santana.​

A oficina integra o Programa de Educação Ambiental (PEA) da Autoridade Portuária e surgiu como uma demanda dos próprios moradores. “No Sul do Brasil basicamente não temos a cultura do aproveitamento deste fruto. Já no Norte, é muito comum. Estamos trazendo a oficina para estimular esta nova opção”, explicou o coordenador de Sustentabilidade da Portos do Paraná, Pedro Pisacco Pereira Cordeiro. “A sementinha roxa produz um açaí de excelente qualidade”.​

O Instituto Juçara de Agroecologia conduziu as atividades teóricas e práticas. “A coleta da juçara no Litoral é feita entre março e maio. É neste período que a palmeira vai frutificar e os cachos com os frutos vão amadurecer”, comentou o vice-presidente do Instituto, Rafael Serafim da Luz.​

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O fruto da juçara é semelhante ao açaí da Amazônia, porém, a palmeira nativa das áreas litorâneas de Mata Atlântica, Euterpe edulis, difere das palmeiras que produzem o açaí tradicional da região Norte do país. O “açaí juçara” é rico em antocianina, um antioxidante que confere a coloração roxa escura, muito semelhante ao açaí amazônico. Além do fruto, a palmeira também é conhecida por produzir o palmito juçara.​

O fruto é extremamente rico em ferro e cálcio, elementos que complementam muito bem a alimentação. “É uma planta que se desenvolve super bem, de fácil manejo. E a gente vê na casa das pessoas, faz parte da paisagem dos caiçaras”, pontuou Serafim da Luz.​

SELEÇÃO DE GRÃOS – A merendeira Adi Fátima Lourenço possui algumas palmeiras no quintal de casa, uma das quais foi utilizada durante a oficina. “A gente se criou subindo nos pés de juçara, mas não sabia fazer os sucos. E essa oficina vai ajudar na renda mesmo. Dá pra fazer bolo, pão. É um diferencial que as pessoas sempre estão procurando”, comentou Adi.​

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Durante a coleta e higienização, ocorre a seleção dos grãos maduros e sadios, que passam por um processo de lavagem com água sanitária para a esterilização das bactérias. Após o enxágue, eles são encaminhados para a despolpadeira, que remove os caroços, sementes ou cascas, resultando em um líquido engrossado e peneirado.​

CURSOS E OFICINAS –  Pelo Programa de Educação Ambiental, a Portos do Paraná realizou, desde 2019, dezenas de oficinas de capacitação e cursos profissionalizantes gratuitos para comunidades litorâneas do Estado.

As iniciativas buscam promover, além de práticas permaculturais, a educação ambiental, a organização comunitária e a valorização ambiental, ao mesmo tempo em que apresentam possibilidades de geração de renda para os membros das comunidades.

Entre os temas abordados estão comunicação e atendimento e introdução à maquiagem para jovens, em parceria com o Senac. As mulheres das comunidades de Piaçaguera e do Valadares também puderam participar dos cursos de corte e costura.

Fonte: Governo PR

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