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Atletas classificados aos Jogos de Paris ganham reforço no Geração Olímpica e Paralímpica

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Treinos pesados, cuidados com a alimentação, viagens para competições de alto nível e equipamentos de última geração. Além de muito talento e dedicação, a preparação de um atleta para os Jogos Olímpicos e Paralímpicos exige investimentos. E pelo menos 30 atletas e treinadores que embarcam para Paris, na França, nas próximas semanas receberam o apoio financeiro do Governo do Paraná com bolsas do Programa Geração Olímpica e Paralímpica. 

Neste ano, o projeto estadual, patrocinado pela Copel, paga bolsas mensais de R$ 3 mil por seis meses aos atletas classificados para a Olimpíada e Paralimpíada de Paris – R$ 1 mil a mais do que o valor convencional. Foram abertas 45 bolsas, sendo que 30 atletas e paratletas já estão classificados para os Jogos. Já para os atletas de outros níveis, o valores variam entre R$ 250 e R$ 2 mil, totalizando 1,2 mil esportistas. O investimento total em 2024 é de R$ 5,2 milhões. 

Para a curitibana Bárbara Domingos, que é bolsista do programa desde 2012 e uma das grandes esperanças de medalha na ginástica rítmica, o apoio foi fundamental na preparação para os jogos. “A bolsa foi essencial para que eu pudesse fazer treinamentos e viajar para competições em vários países ao longo deste ciclo olímpico e também para ter meus equipamentos, que são caros. Uma bola ou uma fita de ginástica rítmica são mais de R$ 400, por exemplo”, disse. 

Nos últimos anos, Babi, como é conhecida, conseguiu a melhor colocação de uma brasileira no Mundial de Ginástica, com a 11ª posição, e foi bicampeã do Panamericano de Ginástica Rítimica. Ela tem como objetivo ficar, pelo menos, entre as 10 melhores classificadas na categoria individual da competição. 

O atleta de paracanoagem Igor Tofalini, que é bicampeão mundial da modalidade e está classificado para competir em Paris, também destacou a importância da bolsa. “Eu estou vinculado ao programa desde 2018, quando ganhei meu primeiro Mundial. De lá para cá, sou bolsista todos os anos. É muito importante para a minha preparação. É um valor que ajuda no meu treinamento, na minha fisioterapia e na compra dos meus equipamentos, para que eu possa ter foco total nas competições”, disse. 

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APOIO – O valor pode ser usado de acordo com a conveniência do esportista, tanto para compra de equipamentos, como para pagar viagens, acompanhamento com especialistas e treinamentos. 

Para Isabela de Abreu, que vai participar da competição de pentatlo moderno em Paris, a bolsa-atleta foi usada para comprar desde espadas e armas até tênis. “O meu esporte é muito complexo. São cinco modalidades diferentes, e cada uma delas tem um tipo diferente de equipamento. Para uma competição, por exemplo, eu preciso levar três espadas para esgrima, pelo menos duas armas para a disputa de tiro esportivo e ainda em Paris, que não sabemos qual vai ser o piso da corrida, eu preciso levar quatro tênis diferentes”, explicou. 

Medalha de prata no Mundial de Boxe e nos jogos Pan-Americanos e esperança de medalha para o Brasil em Paris, o meio-pesado Wanderley Pereira explicou que usou a bolsa, principalmente, para viajar para outras competições, em que já enfrentou os principais oponentes que vai encontrar nos ringues franceses. “É fundamental treinar e competir junto dos melhores do mundo. Foram campeonatos importantes para eu chegar familiarizado a estes lutadores e estar bem preparado para Paris”.  

O programa do Governo do Estado também é um dos poucos do Brasil que apoia técnicos de equipes olímpicas. É o caso do treinador da Seleção Brasileira de Boxe, Adailton dos Santos Gonçalves. Ele conseguiu classificar dez pugilistas para os Jogos de Paris, o que faz do Brasil a segunda maior delegação da modalidade nas Olimpíadas deste ano.  

“Os deslocamentos e os treinamentos têm custos e muitos dos atletas vêm de famílias pobres, sem condições de bancar isso. A bolsa é essencial para que hoje eles possam estar nas principais competições do mundo representando o Paraná e o Brasil”, disse Adailton. 

FOCO Para participar das principais competições do mundo, os atletas precisam de dedicação total à prática esportiva. O objetivo do programa é dar tranquilidade aos selecionados pelo programa nesta preparação, sem que precisem dividir a atenção com outras atividades que possam atrapalhar no desempenho esportivo. 

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“O programa permite que eu não precise me distrair com outros trabalhos ou outras atividades. O foco é total no esporte, para ter o melhor desempenho e a melhor performance”, afirmou o meio de rede Anderson dos Santos, jogador de vôlei sentado, que há 5 anos é bolsista do Geração Olímpico e Paralímpico e, neste período, conseguiu chegar à quarta colocação na Paralimpíada de Tóquio-2020. 

A atleta Drica Azevedo, da paracanoagem, explica que é importante ter o suporte ao longo dos anos de preparação para os jogos, já que os gastos não se resumem aos investimentos feitos às vésperas da competição. “São cuidados com a saúde, com fisioterapeutas, médicos e nutricionistas, por exemplo, que demandam um suporte contínuo”.  

INVESTIMENTO – O Programa Geração Olímpica e Paralímpica é o maior programa estadual de apoio ao esporte de alto rendimento em todo o Brasil. Desde a sua criação, em 2012, já foram mais de R$ 50 milhões investidos em atletas de diferentes níveis.  

Os editais das bolsas são abertos anualmente e a concessão delas acontece mediante a comprovação de bons desempenhos esportivos em diferentes competições. Os valores são pagos aos atletas por seis meses. 

Todos os anos, as categorias variam entre Formador Escolar (R$ 250/mês), Técnico Formador Escolar (R$ 500/mês), Estadual (R$ 500/mês), Técnico Estadual (R$ 1 mil/mês), Nacional (R$ 1 mil/mês) e Internacional (R$ 2 mil/mês). Neste ano, os atletas classificados às Olimpíadas e Paralimpíadas receberão uma bolsa maior, de R$ 3 mil por mês.  

De acordo com a coordenadora do Geração Olímpica e Paralímpica, Denise Golfieri, foram abertas 45 vagas para a categoria mais alta do programa. “Já temos 30 nomes oficialmente convocados, que garantiram suas vagas, mas a expectativa é fr que alguns atletas ainda consigam se classificar nas últimas seletivas e possamos passar de 35 bolsistas em Paris”, disse. 

Nas Olimpíadas anteriores, o programa enviou seis bolsistas para Londres, em 2012, 34 atletas para o Rio de Janeiro, em 2016, e 35 esportistas para Tóquio, em 2021. Ao todo, os atletas-bolsistas ganharam 15 medalhas.

Fonte: Governo PR

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Decreto isenta de ICMS biogás, biometano e combustível sustentável de avião no Paraná

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O governador Carlos Massa Ratinho Junior assinou nesta segunda-feira (05) o Decreto nº 9.817 que concede isenção sobre o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) em operações para aquisições de bens destinados à fabricação de combustível sustentável de aviação (SAF, na sigla em inglês), biometano, biogás, metanol e CO2. 

Além disso, o decreto também concede a isenção do ICMS na aquisição de máquinas, equipamentos, aparelhos e componentes para geração de energia a partir do biogás, como bombas de ar ou de vácuo, compressores de ar ou de outros gases e ventiladores; coifas aspirantes, contadores de gases. As duas medidas buscam tornar o Paraná mais competitivo na atração de negócios em energia renovável, alavancando o desenvolvimento estadual.

O decreto internaliza os convênios 161/2024 e 151/2021, aprovados pelo Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz) durante o Encontro Nacional dos Secretários da Fazenda em dezembro. Com a regulamentação, as isenções já estão em vigor. 

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De acordo com o secretário estadual da Fazenda, Norberto Ortigara, a ideia é justamente estimular investimentos em combustíveis sustentáveis no Paraná, colocando o Estado em posição de destaque no cenário nacional. “Queremos consolidar o Paraná como uma referência e um polo na produção de novas energia e incentivos fiscais, como a isenção do ICMS, são formas de pavimentar esse caminho, estimulando investimentos no setor”, explica.

Um dos objetivos da iniciativa, aponta Ortigara, está em tornar o biometano economicamente viável. “O Paraná já é o maior produtor de proteína animal do Brasil, então queremos aproveitar o potencial que já existe aqui para fomentar a cadeira de biogás e biometano. Temos potencial para sermos uma Arábia Saudita do combustível renovável”, diz. “É usar dejetos de animais para gerar energia e, com as novas isenções, facilitamos o caminho para tornar o Estado ainda mais sustentável”.

SUSTENTABILIDADE – Os esforços do Paraná em se tornar referência na produção de combustíveis sustentáveis a partir do reaproveitamento do potencial agrícola não se limita apenas à isenção do ICMS. Embora a medida assinada pelo governador estimule ainda mais o setor, o Estado já aposta na geração de energia renovável também por meio de outros programas, como o Paraná Energia Rural Renovável (RenovaPR).

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Executado pelo IDR-Paraná, ele incentiva os produtores rurais a produzir sua própria energia ou combustível. O Estado também subsidia os juros dos empréstimos usados pelos produtores para a implantação de projetos de energia renovável, por meio do Banco do Agricultor Paranaense.

Segundo levantamento do Centro Internacional de Energias Renováveis (Cibiogás), o Paraná lidera com folga o número de plantas de biogás na região Sul, com 426 unidades instaladas, 348 delas da agropecuária. Em Santa Catarina são 126 plantas e no Rio Grande do Sul 84. O Paraná foi responsável com 53% do volume de geração de biogás na região no ano passado, com 461 milhões de metros cúbicos normais. .

Fonte: Governo PR

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