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Ações educativas da Copel valorizam patrimônio arqueológico do Paraná

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A preservação do patrimônio arqueológico é essencial para compreender as origens da ocupação humana em diferentes regiões e valorizar a diversidade cultural do território brasileiro. Apesar de muitos acervos locais ainda serem pouco conhecidos, eles guardam vestígios importantes sobre o modo de vida, os costumes e as tecnologias dos povos que habitaram essas áreas no passado. Como parte dos trabalhos de implantação de novos empreendimentos, a Copel tem colaborado com a identificação e preservação de sítios arqueológicos em áreas onde realiza obras de infraestrutura elétrica.

Nos municípios de Ibema, no Oeste, e Realeza, no Sudoeste do Paraná, a companhia promoveu recentemente a identificação de dois sítios arqueológicos — Trincheira e Bochi — desenvolvendo ações de identificação visual e de educação com a comunidade para ampliar o conhecimento sobre esse patrimônio. A programação incluiu encontros com moradores, visitas a escolas e saídas de campo, com foco em valorizar e dar visibilidade aos achados arqueológicos preservados em seus locais de origem.

Os dois casos são frutos dos estudos relacionados à implantação de empreendimentos para o reforço da infraestrutura de distribuição de energia no Paraná, que este ano recebe investimento recorde de R$ 2,5 bilhões. Antes da implantação de linhas de alta tensão, subestações e usinas, a Copel contrata estudos para avaliar a existência de bens arqueológicos no solo, seja em camadas superficiais ou profundas, cavernas, encostas ou paredões rochosos.

Quando confirmada a presença desses bens, são elaborados planos de preservação ou salvamento, em parceria com instituições especializadas, como museus e centros de pesquisa. Também são realizadas ações educativas com as comunidades locais, por meio de um Programa de Educação Patrimonial.

DESVENDANDO CAMADAS DA HISTÓRIA – Um exemplo recente da atuação da Copel na área de arqueologia é o sítio arqueológico Trincheira, localizado na Linha Gaúcha, área rural de Ibema. O local foi identificado em 2015, durante o licenciamento de uma linha de alta tensão que liga o sistema elétrico do município a Cascavel.

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Os estudos realizados no entorno do empreendimento revelaram vestígios de ocupações pré-históricas, com características compatíveis à forma de ocupação dos povos Jê há 3 mil anos. Iluminando outras camadas da história, as estruturas identificadas possivelmente ainda foram reutilizadas como trincheiras em combates ocorridos na região, nos desdobramentos da Revolução Paulista, na década de 1920.

Com o apoio técnico de uma consultoria científica, a Copel realizou a avaliação e sinalização deste sítio, incluindo levantamento topográfico georreferenciado e mapeamento com drone para documentação detalhada das estruturas arqueológicas. Foram encontradas ao todo 19 estruturas construídas para abrigo, sendo 15 subterrâneas e quatro elevadas. Duas novas placas de sinalização permanentes foram instaladas nos acessos ao local, seguindo as normas estabelecidas pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan).

A valorização do sítio também envolveu atividades educativas. A comunidade de Ibema participou de uma palestra aberta no Centro Cultural Indalicio Margoti, enquanto alunos do 5º ano das escolas municipais Octávio Simione e Getúlio Vargas realizaram visitas técnicas ao local. Durante as atividades, mediadas por uma arqueóloga, os estudantes puderam observar e registrar suas impressões em fichas de visita, além de manusear artefatos arqueológicos autênticos encontrados em outros sítios paranaenses.

SÍTIO ARQUEOLÓGICO BOCCHI – No sudoeste do Paraná, em Realeza, foram os alunos da Escola Municipal 24 de Junho que participaram de oficinas interativas sobre arqueologia, incluindo escavações simuladas e análise laboratorial de fragmentos arqueológicos. “O contato com peças arqueológicas autênticas despertou grande interesse entre os estudantes, estimulando o aprendizado e a conscientização sobre a importância da preservação”, afirma a doutora em História e Arqueologia Ana Lucia Herberts, responsável pela ação.

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Na companhia do Prof. Dr. Antonio Myskiw, docente da área de História na Universidade Federal da Fronteira Sul (UFFS), ela também deu entrevista na rádio local e ofertou dois eventos abertos à comunidade no auditório da universidade.

As atividades fazem parte do processo de valorização e preservação do sítio arqueológico Bocchi, localizado próximo à subestação de energia da Copel em Realeza. Descoberto também em 2015, durante o licenciamento da obra, o sítio é associado a grupos da Tradição Tupi-Guarani e contém fragmentos cerâmicos e líticos. Com a construção de uma nova linha de alta tensão entre Capitão Leônidas Marques e o município de Realeza, foram implementadas medidas para sua preservação, incluindo sinalização e treinamento patrimonial das equipes de manutenção e operação dos ativos da Copel.

PATRIMÔNIO E DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL –  A preservação do patrimônio arqueológico está alinhada ao referencial estratégico da Copel e aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da ONU, especialmente os ODS 4 (educação de qualidade), 10 (redução das desigualdades) e 17 (parcerias e meios de implementação). Além de garantir a integridade dos sítios arqueológicos, as ações implementadas reforçam a necessidade de proteger bens culturais, resguardados pela Constituição Federal e pela Lei 3.924/61.

Os primeiros registros de atuação da Copel nessa área datam de 1964, durante a construção da Usina Salto Grande, no rio Iguaçu. Desde então, a Companhia já financiou pesquisas para a preservação, prospecção e resgate de centenas de sítios arqueológicos identificados não apenas no Paraná, mas também nos dez estados onde possui empreendimentos de geração e transmissão de energia.

Fonte: Governo PR

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Mais de um terço dos finalistas da 1ª Olimpíada Brasileira de Inteligência Artificial são do Paraná

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Resultado Dos 85 estudantes de todo o Brasil classificados para a etapa final da 1ª Olimpíada Nacional de Inteligência Artificial (ONIA), 29 são do Paraná, o equivalente a 34% dos finalistas. O resultado foi divulgado nesta quinta-feira (17) pela comissão organizadora da ONIA e aponta a liderança folgada do Estado em relação às demais unidades da federação.

Depois do Paraná, quem aparece na vice-liderança em número de classificados é São Paulo, com 17 alunos, ou 20% do total. Ceará, com 13 estudantes (15%) e Piauí, com 11 (13%) completam a lista dos melhores estados na competição de IA. Entre os concorrentes, estão alunos regularmente dos 8º e 9º ano do ensino fundamental e do ensino médio.

Com participação voluntária e gratuita, a ONIA visa promover o conhecimento e a inovação em inteligência artificial, incentivando estudantes de todo o Brasil a explorar e desenvolver suas habilidades nesta área. A competição aconteceu ao longo de várias etapas, com provas online e práticas para definir os 4 vencedores brasileiros ainda em abril, que seguirão para a competição internacional.

Nas etapas anteriores, o Paraná já tinha se destacado também pelo alto número de alunos selecionados. Dos 60.317 participantes de todo o país que passaram da 1ª fase, focada no letramento digital, mais de metade era do Estado, totalizando 30.911. Na fase seguinte, de aprofundamento técnico, 1.378 estudantes dos 3.332 estudantes eram paranaenses.

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Após um ciclo preparatório, os estudantes precisaram realizar tarefas práticas utilizando programação, considerada a 3ª fase. Nela, eles precisaram lidar com um conjunto de dados técnicos e aprender a utilizar metodologia apropriada para obter os resultados esperados com o uso da IA.

“A presença de 34% de paranaenses na etapa final da Olimpíada Nacional de IA já representa um resultado muito positivo para o Paraná, demonstrando que os nossos alunos têm um ensino de excelência nessa área. Isso nos deixa animados para que o Estado tenha representantes na Olimpíada Internacional, que acontecerá em Pequim, na China”, afirmou o secretário estadual da Inovação e Inteligência Artificial, Alex Canziani.

INCENTIVO ESTADUAL – Como forma de premiar e estimular a participação na competição, o Governo do Estado, por meio das secretarias da Inovação e Inteligência Artificial (Seia) e da Educação (Seed), garantiu a entrega de notebooks e tablets para os 50 alunos que obtiveram as melhores notas na prova da 3ª fase da ONIA.Ao todo, foram 70 prêmios, que somam R$ 380 mil em investimentos estaduais.

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“O Paraná tem a melhor educação pública do Brasil e é protagonista também no uso de tecnologias aliadas à educação, como mostra esse resultado expressivo dos estudantes paranaenses na Olimpíada Nacional de Inteligência Artificial. Nossos parabéns a todos os estudantes que participaram da competição, aos professores, agentes educacionais e funcionários das escolas estaduais, que trabalham diariamente pela educação do Paraná”, declarou o secretário estadual da Educação, Roni Miranda.

ETAPA INTERNACIONAL – Entre a terceira e a última fase da Olimpíada, os estudantes passaram por um treinamento específico para a fase final, focada na preparação para a Olimpíada Internacional de IA (IOAI). Neste período, os participantes tiveram aulas com especialistas de ensino em IA e ciências da computação.

Ao final, os 4 melhores participantes serão premiados com medalhas de ouro e, além de participaram de uma cerimônia de premiação, seguirão em treinamento para participar da IOAI 2025, que aconteceráentre os dias 2 e 9 de agosto em Pequim, na China.

Confira a lista dos 85 estudantes classificados para a etapa final da ONIA por estado:

Paraná: 29

São Paulo: 17

Ceará: 13

Piauí: 11

Tocantins: 3

Rio de Janeiro: 3

Rio Grande do Sul: 3

Pernambuco: 2

Minas Gerais: 1

Distrito Federal: 1

Mato Grosso do Sul: 1

Pará: 1

Fonte: Governo PR

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