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Audiência Pública na UFPR debate projeto de 662/2024, do Poder Executivo, que altera licenciamento ambiental no Paraná

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Os participantes da Audiência Pública “Análise do Projeto de Lei nº 662/2024, que dispõe sobre normas gerais para o licenciamento ambiental no Estado do Paraná”, realizada, nesta terça-feira (12), no Auditório Multiuso do Prédio Histórico da UFPR, na Praça Santos Andrade, foram unânimes em destacar que a aprovação do projeto de lei representa um retrocesso sem precedentes na legislação de proteção ambiental do Paraná.

“A proposta contida no PL 662/2024, de simplificação e flexibilização dos processos de licenciamento ambiental e a retirada do caráter deliberativo do Conselho Estadual do Meio Ambiente (Cema), diante da atual crise das emergências climáticas, é um retrocesso inadmissível e coloca em risco todo o meio ambiente e a biodiversidade do Paraná”, disse o deputado Goura (PDT), um dos proponentes da audiência e membro titular do Conselho Estadual do Meio Ambiente (Cema).

Para o deputado Arilson Chiorato (PT), presidente da Comissão de Ecologia, Meio Ambiente e Proteção aos Animais da Assembleia Legislativa, também proponente da audiência, ao retirar atribuições do Cema, o PL 662/2024 está retirando da sociedade o poder de fiscalização das políticas ambientais no estado. “Este PL usurpa competências, é ilegal e inconstitucional, e é uma agressão ao meio ambiente”, disse.

Contra a urgência

Outra questão unânime entre os participantes da audiência diz respeito ao regime de urgência na tramitação do PL 662/2024. “Um projeto de lei com essa complexidade não poderia ser tratado com essa urgência. Mesmo que façamos o possível para impedir a votação ela deverá ocorrer nas próximas duas semanas”, criticou o deputado Arilson.

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Para o deputado Goura, a urgência e a falta de debate com a sociedade é o modus operandi do governo Ratinho Jr. “É sempre assim. O governo atropela o debate e impõe sua vontade a qualquer custo. Neste caso, os interesses econômicos vão se sobrepor aos interesses da natureza”, destacou.

Mobilização social

“Com essa audiência estamos fazendo o que o governo não quer fazer. Por isso, precisamos mobilizar a sociedade para impedir a aprovação desse projeto de lei que é uma aberração, que é ilegal e inconstitucional”, conclamou Goura. “Não podemos permitir esse retrocesso tão grande na legislação de proteção ambiental do Paraná”, emendou Arilson.

O presidente do Sindicato Estadual dos Servidores Públicos da Agricultura e Meio Ambiente Agricultura, Meio Ambiente, Fundepar e Afins (Sindiseab), Roberto Andrade e Silva, a mobilização social é o maior desafio no momento para barrar o PL 662/2024. “Não temos outra alternativa. Só com a oposição da sociedade vamos impedir a aprovação deste PL”, disse.

Inconstitucional

Para a professora e coordenadora do Ekoa- Núcleo de Pesquisa e Extensão em Direito Socioambiental da Faculdade de Direito da UFPR, Katya Regina Isaguirre-Torres, o projeto de lei é flagrantemente inconstitucional e também fere normas internacionais das quais o Brasil e o Paraná são signatários.

“O PL 662/2024 é um desrespeito à OIT 169 e à Autodeterminação dos Povos. Além de impedir a participação popular ao alterar a competência do Cema. Esse projeto não poderia ser tratado dessa forma superficial pelo governo”, criticou a professora Katya.

Ralph Albuquerque, superintendente substituto do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis do Paraná (Ibama – Paraná), disse que o Cema não pode ser um órgão meramente formal. “O Cema, como o Conama (Conselho Nacional do Meio Ambiente) são importantes para garantir o controle social nas questões de licenciamento ambiental”, disse. “Vamos ter conflitos nos licenciamentos entre Ibama e o governo estadual”.

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Para Arthur Conceição, do Centro de Estudos Defesa e Educação Ambiental (Cedea), a audiência pública representa uma instância relevante e sugeriu alguns encaminhamentos.

“Seria importante que essa audiência encaminhasse à Assembleia Legislativa que seja mantido o caráter deliberativo do Cema; que as audiências públicas sejam vinculantes dos processos de tomada de decisão das políticas ambientais e licenciamento e que seja retirado o regime de urgência”, afirmou.

A representante do Grupo Formigas de Adrianópolis, Antônia Dalva Dias, disse que todos os grandes empreendimentos, mesmo com as atuais leis ambientais, dão um jeito de extrapolar suas atividades que ao final afetam negativamente o meio ambiente.

“Sempre prometem maravilhas, empregos e desenvolvimento. Mas isso nunca acontece. No Vale do Ribeira, em Adrianópolis temos vários exemplos. As grandes empresas exploram e o povo continua pobre. Se esse PL for aprovado o Vale do Ribeira vai virar um buraco só por causa dos pedidos de mineração”, denunciou.

Entidades participantes

Participaram da audiência pública representantes das entidades Direitos Aquilombados/UFPR; Terra de Direitos; Revolução Socialista PSOL; NAPI Emergência Climática / UFPR; AOPA – Associação para o Desenvolvimento da Agroecologia; Sociedade de Pesquisa em Vida Selvagem e Educação Ambiental (SPVS); Instituto ARAYARA e FUNABI.

Fonte: ALPR PR

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Visitas guiadas na Assembleia Legislativa promoveram educação e cidadania para os visitantes

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Quem visita a Assembleia Legislativa, além de conhecer como funciona o Poder Legislativo, recebe uma aula de história do Paraná através das obras de arte de artistas renomados como Teodoro de Bonna e Poty Lazzarotto. As visitas guiadas são verdadeiros suportes do ensino para estudantes e de ampliação de saberes para os mais diversos visitantes que passam todo ano pela Casa de Leis do Paraná. Os visitantes exploram e vivenciam uma grande diversidade de conteúdos e, ao entrarem em contato com o ambiente legislativo, compreendem melhor as atribuições dos parlamentares e os processos de criação das leis.

Em 2024, a Assembleia Legislativa recebeu 165 grupos de visitantes, em sua maioria estudantes do ensino médio e universitários de 50 diferentes municípios do Paraná, contabilizando 4.834 visitantes. Do Paraná, a Assembleia recebeu visitantes de Curitiba, Palmeira, São Jerônimo da Serra, Araucária, Campina Grande do Sul, Colombo, Rio Azul, São José dos Pinhais, Pato Branco, Coronel Vivida, Loanda, Ponta Grossa, Piraquara, Cascavel, Guarapuava, , Laranjeiras do Sul, Pinhais, Carambeí, Antônio Olinto, Pontal do Paraná, Telêmaco Borba, Palmas, Lapa, Porecatu, Quatro Barras, Reserva, Apucarana, Campo Largo, Fazenda Rio Grande, Castro, Paranavaí, União da Vitória, Tijucas do Sul, Cantagalo, Tomazina, Marechal Cândico Rondon, Rio Negro, Irati, Borrazópolis, Campo Mourão, Cruzeiro do Iguaçu, Rio Branco do Sul, São Jerônimo da Serra, Maringá, São Jorge do Ivaí, São João do Caiuá, Londrina e Japira. Além de um grupo da cidade de Canoinhas, em Santa Catarina e outro grupo de universitários intercambistas de Paris, França.

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Aula de História

A recepção dos visitantes feita pela equipe de Cerimonial da Assembleia acontece já na portaria e segue para o Plenarinho Deputado Luiz Gabriel Sampaio, onde é explicado um pouco sobre o funcionamento das audiências públicas e mostrado o painel de Poty Lazarotto, datado de 1974, em madeira, que representa os três poderes. Já no Salão Nobre, são mostradas as obras de arte expostas e se fala um pouco sobre a história da política e do Legislativo Paranaense.

Havendo sessão plenária os visitantes podem acompanhar o trabalho dos deputados em tempo real, caso o horário seja diverso da sessão plenária, os visitantes conhecem o Plenário, local das mais importantes decisões legislativas do estado. No local, ganham destaque as placas solenes com os Brasões Paranaenses. Uma das placas marca a Lei Imperial de 29 de agosto de 1853, quando o presidente da Província do Paraná era Zacarias de Góes de Vasconcelos e Dom Pedro II, era o Imperador do Brasil. Ali estão todos os nomes dos deputados daquela primeira legislatura, muitos que se transformaram em nomes de ruas em várias cidades paranaenses como Brigadeiro Franco, Barão dos Campos Gerais e Comendador Roseira, entre outros.

Há também, no plenário, outras duas placas: uma delas de 2003, momento em que o Paraná registrava uma grande safra e apresentava um expressivo crescimento industrial, e outra, bem no centro do plenário, revela o Brasão de armas do Estado. Ele foi criado por lei no ano de 1910 e tem como figura central um Semeador, que representa o trabalhador rural. Também aparecem no Brasão três montanhas com os três planaltos paranaenses: o de Curitiba, o de Ponta Grossa e o de Guarapuava. Ao lado, o Sol Nascente aqui e o Gavião-real, demonstrando a força do Paraná. Nas laterais, ramos de Araucária que destacam as riquezas naturais. Símbolos que revelam parte da identidade paranaense e que também nos contam um pouquinho da nossa história.

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Todo acervo é monitorado por especialistas que verificam as condições de preservação e a necessidade ou não de reparo dos quadros e esculturas espalhadas pelos corredores do Legislativo. As obras estão catalogadas e fazem parte do patrimônio e do acervo da Assembleia, valor cultural, histórico e econômico do acervo.

Para conhecer a Assembleia Legislativa em uma visita guiada, é preciso entrar em contato com o Cerimonial da Casa e fazer o agendamento. É necessário apresentar um ofício informando o nome da instituição (se for uma escola ou universidade), contato (nome, telefone e e-mail), grau de escolaridade dos alunos, idade dos visitantes e número de pessoas no grupo.

As visitas acontecem sempre de segunda à sexta-feira, das 9 às 17 horas. Porém, recomenda-se a visitação entre segundas e quartas-feiras, porque são dias em que ocorrem as sessões plenárias. Segunda e terça, a partir de 14h30 e nas quartas pela manhã. Para mais informações, o telefone da Coordenadoria de Cerimonial é o (41) 3350-4007. Ou acesse o site: www.assembleia.pr.leg.br/assembleia/visite-a-assembleia

Fonte: ALPR PR

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