NOVA AURORA

AGRONEGÓCIO

Vetos ao março temporal devem ser discutidos quinta

Publicado em

O Congresso Nacional deve votar vetos presidenciais, incluindo o veto ao marco temporal, na próxima quinta-feira (14.12). A expectativa é de que os vetos presidenciais sejam derrubados e prevaleça a posição dos produtores, defendida pela Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA).

A questão do Marco Temporal preocupa os produtores rurais porque muitas áreas agrícolas consolidadas podem ser desapropriadas, o que traz insegurança jurídica ao setor.

A Constituição de 1988 definiu o Marco Temporal em 5 de outubro de 1988, só faltava  uma lei para regulamentar. O STF então não reconheceu o marco, previu indenização das propriedades desapropriadas, o que só fez aumentar a insegurança dos produtores. O Congresso  aprovou uma lei mantendo o marco que foi parcialmente vetada pelo Presidente Lula.

Segundo especialistas do setor, a agricultura ocupa hoje menos de 8% do território nacional enquanto os indígenas ocupam de 13% a 14% e com o Marco Temporal chegariam praticamente 30%.

CASE – Um exemplo do que pode ocorrer em todo o País, caso os vetos sejam mantidos, vem de Araquari, Norte de Santa Catarina. Agricultores, com mais de 60 anos de posse das terras, estão em conflito com indígenas desde 2012. O confronto já virou caso de polícia por conta das cercas em suas propriedades. Os indígenas alegam ocupação tradicional e registraram queixa contra os agricultores.

Leia Também:  Colheita atinge 83% em março, com ritmo acelerado em Mato Grosso

“Meu pai comprou essas terras com muito esforço. Não é justo a Funai alegar agora que são território indígena. Eles se sentem impotentes, não podem falar nem andar em suas próprias terras”, lamenta Rosane Maia, filha dos agricultores, lamentou a produtora rural.

Fonte: Pensar Agro

COMENTE ABAIXO:
Advertisement

AGRONEGÓCIO

Produtores cobram ações contra invasões e pedem mais segurança

Published

on

By

Produtores rurais de todo o Brasil acompanharam com atenção a audiência pública realizada no Senado Federal nesta semana, que colocou em pauta um tema sensível e urgente para o setor: as invasões de propriedades rurais e a falta de segurança jurídica no campo.

O encontro, promovido pela Comissão de Agricultura e Reforma Agrária, contou com a presença do ministro do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar, e teve como foco o impacto das ocupações recentes, especialmente as mobilizações do chamado “Abril Vermelho”.

Durante a audiência, senadores da Frente Parlamentar da Agropecuária destacaram que o direito à propriedade precisa ser respeitado e garantido pelo Estado, como determina a Constituição. Segundo os parlamentares, o cenário atual preocupa produtores rurais que, mesmo com título da terra e anos de trabalho, vivem sob constante ameaça de invasões.

Além disso, foi questionada a criação de novos assentamentos sem a devida revisão e regularização dos já existentes. De acordo com dados apresentados no debate, hoje há mais de 200 mil lotes vagos em assentamentos pelo país e cerca de 17 milhões de hectares que estão ociosos.

Leia Também:  Julho começa com otimismo no mercado físico do boi gordo

Outro dado citado aponta mais de meio milhão de beneficiários do programa de reforma agrária com indícios de irregularidades. A cobrança dos parlamentares foi clara: antes de ampliar o número de assentamentos, é preciso organizar e dar transparência ao que já existe.

Por outro lado, o governo apresentou ações voltadas para a agricultura familiar, como o aumento de recursos no Plano Safra 2023/2024 e a criação do programa Desenrola Rural, que visa renegociar dívidas de pequenos agricultores. Também foi anunciada a meta de inclusão de mais de 300 mil famílias no programa de reforma agrária, com foco na redução de conflitos no campo.

Mesmo assim, os senadores reforçaram que nenhuma política pública pode avançar se a segurança jurídica for deixada de lado. A preocupação com os impactos das invasões vai além da posse da terra. Há prejuízos diretos à produção, ao abastecimento e ao acesso ao crédito rural, além do desestímulo ao investimento no setor agropecuário.

Outro ponto sensível abordado foi a situação da região amazônica, que concentra milhares de assentamentos e enfrenta desafios logísticos e fundiários ainda maiores. Lá, produtores relatam dificuldades com a documentação da terra, acesso a crédito, infraestrutura e assistência técnica.

Leia Também:  Na Cotrijal, Rio Grande do Sul apresenta nova previsão de safra e fala em recordes

A audiência pública trouxe à tona um sentimento comum entre os produtores: é preciso garantir o direito de produzir com segurança e respeito à lei. O campo quer apoio, quer regularização fundiária e políticas eficientes, mas exige, acima de tudo, que o Estado atue com firmeza para coibir ações ilegais que colocam em risco o trabalho de quem alimenta o país.

Fonte: Pensar Agro

COMENTE ABAIXO:
Continuar lendo

PARANÁ

POLÍCIA

ENTRETENIMENTO

ESPORTES

MAIS LIDAS DA SEMANA