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Região do Cerrado Mineiro recebe reconhecimento histórico

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A Região do Cerrado Mineiro celebra uma importante conquista para a cafeicultura local: o reconhecimento oficial como um Arranjo Produtivo Local (APL) voltado para a produção de café. Esse marco, formalizado por meio da Resolução nº 18/2024, publicada no Diário Oficial do Estado de Minas Gerais, consolida a tradição cafeeira da região e abre portas para um novo horizonte de desenvolvimento.

O estado de Minas Gerais é responsável por mais de 50% da produção brasileira, sendo 98,8% de café arábica. As principais regiões produtoras são: Sul de Minas, Mantiqueira de Minas, Matas de Minas, Chapada de Minas e Cerrado Mineiro.

Com essa certificação, o Cerrado Mineiro se junta a outros dois APLs cafeeiros do estado, o Sudoeste de Minas e o Campo das Vertentes, destacando ainda mais a relevância da cafeicultura para a economia mineira.

Com uma abrangência que alcança 55 municípios, o Cerrado Mineiro conta com mais de 4.500 cafeicultores distribuídos pelo Triângulo, Alto Paranaíba e Noroeste do estado.

O café desempenha um papel fundamental na economia local, com mais de 255 mil hectares de plantações que representam 12,7% da produção nacional de café e 25,4% da produção em Minas Gerais, resultando em uma média de 6 milhões de sacas produzidas anualmente. Além disso, até março deste ano, mais de 8 mil hectares de café já haviam sido certificados em Agricultura Regenerativa.

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Os cafés produzidos na região possuem características únicas, influenciadas pelo clima distinto, com verões quentes e úmidos e invernos amenos e secos. Os grãos são cultivados em altitudes que variam entre 800 e 1.300 metros, resultando em uma bebida de sabor diferenciado e alta qualidade.

O reconhecimento como APL traz uma série de benefícios para a região, incluindo a facilitação do acesso a linhas de crédito e programas de fomento específicos para APLs, o estímulo à inovação por meio da colaboração entre empresas, instituições de pesquisa e universidades, o fortalecimento da identidade regional e a abertura de portas para políticas públicas direcionadas ao desenvolvimento socioeconômico local.

Há mais de duas décadas, o Sebrae Minas atua na região, oferecendo capacitações, estratégias para valorização do produto, busca de certificações e outras iniciativas para os produtores. A região foi pioneira em conquistas importantes, como a primeira Denominação de Origem para cafés no Brasil (2013), a Indicação de Procedência (2005) e o selo do Programa de Qualidade do Café (2019).

O reconhecimento como APL marca um novo capítulo na história da cafeicultura do Cerrado Mineiro, preparando o caminho para um futuro ainda mais promissor, onde a qualidade excepcional do café, a união dos produtores e o apoio de instituições como o Sebrae Minas continuarão a impulsionar o desenvolvimento da região e a elevar a reputação do café brasileiro nos mercados nacional e internacional.

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Fonte: Pensar Agro

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AGRONEGÓCIO

Com cenário global favorável, Estado quer ampliar exportações em 10%

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Goiás exportou 13,2 milhões de toneladas de soja em 2024, com receita superior a US$ 7,3 bilhões, consolidando-se como o terceiro maior exportador do grão no Brasil. Com a crescente disputa comercial entre China e Estados Unidos e a reconfiguração dos fluxos globais de grãos, o estado projeta um aumento de até 10% nas exportações em 2025, impulsionado pela demanda asiática e pela capacidade de resposta da produção goiana.

O aumento da procura por fornecedores alternativos por parte da China, que em abril recebeu 40 navios de soja brasileira com cerca de 700 mil toneladas, fortalece o posicionamento de Goiás como polo estratégico na oferta global de alimentos. O estado, com uma área plantada superior a 4 milhões de hectares e rendimento médio acima de 60 sacas por hectare, já se beneficia da maior competitividade brasileira no mercado internacional.

Além da soja, que responde por mais de 60% do total exportado pelo agronegócio goiano, produtos como milho, carnes e algodão também têm registrado crescimento. No primeiro trimestre de 2025, o estado já apresenta um incremento de 7% nas exportações para a China em relação ao mesmo período do ano anterior, segundo dados da Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais (Abiove).

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Goiás reúne condições favoráveis para aproveitar o novo ciclo: clima propício, produtividade crescente, empresários rurais tecnificados e uma logística em processo de modernização. Ainda há gargalos, especialmente em transporte e armazenagem, mas a infraestrutura vem sendo adaptada para atender a esse salto de demanda.

O momento geopolítico não é apenas uma conjuntura passageira — ele representa uma mudança estrutural na forma como as grandes potências lidam com segurança alimentar. A preferência da China por parceiros estáveis, previsíveis e com grande capacidade produtiva coloca estados como Goiás no radar estratégico dos importadores.

Com planejamento técnico, inteligência de mercado e políticas voltadas à sustentabilidade e à competitividade, Goiás transforma a tensão global em oportunidade concreta. A meta agora é clara: consolidar o protagonismo do estado como um dos principais celeiros do agronegócio mundial.

Fonte: Pensar Agro

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