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Queda de braço entre produtores e compradores paralisa o mercado de arroz

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O mercado de arroz em casca no Brasil está passando por um momento de tensão, com negociações mais travadas e uma espécie de “queda de braço” entre produtores e compradores. Segundo dados do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) da Esalq/USP, a disputa se concentra na definição dos preços, com cada lado buscando defender seus interesses.

Os produtores de arroz, por sua vez, têm demonstrado preferência por comercializar a matéria-prima no porto de Rio Grande (RS), onde as ofertas para exportação se mostram mais atrativas, mesmo com a recente desvalorização do dólar. Essa estratégia visa garantir margens de lucro mais elevadas e aproveitar a demanda externa pelo produto.

Já os compradores, como as unidades de beneficiamento, têm mostrado resistência em elevar os preços de compra. A dificuldade na venda do arroz beneficiado, pressionada por varejistas e atacadistas, tem levado esses agentes a adiar novas aquisições. Somente aqueles com necessidade urgente de repor seus estoques se dispuseram a pagar valores ligeiramente superiores.

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Os pesquisadores do Cepea apontam que as negociações no mercado interno têm sido pontuais e com a conclusão de compromissos financeiros de vendedores que esperam uma valorização futura do arroz em casca. No entanto, essa expectativa pode não se concretizar, caso a demanda interna continue fraca e a pressão dos compradores se mantenha.

Fatores que influenciam o mercado:

  • Variação do dólar: A desvalorização da moeda norte-americana tem impactado diretamente a competitividade do arroz brasileiro
  • Demanda interna: A demanda interna por arroz tem sido mais fraca, pressionando os preços.
  • Custos de produção: O aumento dos custos de produção, como fertilizantes e energia, têm pressionado as margens dos produtores.
  • Estoques: Os níveis de estoque de arroz no país também influenciam a dinâmica do mercado.

Fonte: Pensar Agro

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Com cenário global favorável, Estado quer ampliar exportações em 10%

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Goiás exportou 13,2 milhões de toneladas de soja em 2024, com receita superior a US$ 7,3 bilhões, consolidando-se como o terceiro maior exportador do grão no Brasil. Com a crescente disputa comercial entre China e Estados Unidos e a reconfiguração dos fluxos globais de grãos, o estado projeta um aumento de até 10% nas exportações em 2025, impulsionado pela demanda asiática e pela capacidade de resposta da produção goiana.

O aumento da procura por fornecedores alternativos por parte da China, que em abril recebeu 40 navios de soja brasileira com cerca de 700 mil toneladas, fortalece o posicionamento de Goiás como polo estratégico na oferta global de alimentos. O estado, com uma área plantada superior a 4 milhões de hectares e rendimento médio acima de 60 sacas por hectare, já se beneficia da maior competitividade brasileira no mercado internacional.

Além da soja, que responde por mais de 60% do total exportado pelo agronegócio goiano, produtos como milho, carnes e algodão também têm registrado crescimento. No primeiro trimestre de 2025, o estado já apresenta um incremento de 7% nas exportações para a China em relação ao mesmo período do ano anterior, segundo dados da Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais (Abiove).

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Goiás reúne condições favoráveis para aproveitar o novo ciclo: clima propício, produtividade crescente, empresários rurais tecnificados e uma logística em processo de modernização. Ainda há gargalos, especialmente em transporte e armazenagem, mas a infraestrutura vem sendo adaptada para atender a esse salto de demanda.

O momento geopolítico não é apenas uma conjuntura passageira — ele representa uma mudança estrutural na forma como as grandes potências lidam com segurança alimentar. A preferência da China por parceiros estáveis, previsíveis e com grande capacidade produtiva coloca estados como Goiás no radar estratégico dos importadores.

Com planejamento técnico, inteligência de mercado e políticas voltadas à sustentabilidade e à competitividade, Goiás transforma a tensão global em oportunidade concreta. A meta agora é clara: consolidar o protagonismo do estado como um dos principais celeiros do agronegócio mundial.

Fonte: Pensar Agro

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