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Projeto no Amazonas pretende reduzir dependência de potássio importado

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O Brasil enfrenta um grande desafio no setor agrícola: a dependência de potássio importado, com cerca de 95% do insumo vindo de países como Canadá, Rússia e Bielorrússia.

O potássio é um macronutriente vital para as plantas, sendo o segundo nutriente mais requisitado, logo após o nitrogênio. Sua função é crucial em várias etapas do crescimento das culturas, incluindo o transporte de açúcares e ácidos orgânicos, que são essenciais para o desenvolvimento saudável de raízes, grãos e frutos.

Além disso, o potássio influencia a fotossíntese, pois participa da síntese da rubisco, a enzima responsável pela fixação de carbono. Ele também desempenha um papel fundamental na abertura e fechamento dos estômatos, o que afeta diretamente a absorção de água pelas plantas, e ativa mais de 60 enzimas que são essenciais para processos metabólicos. A falta desse nutriente pode deixar as plantas mais suscetíveis a estresses, como a falta de água, e aumentar a vulnerabilidade a pragas e doenças.

Para enfrentar essa questão, a Brazil Potash Corp. está desenvolvendo um projeto bilionário para construir uma mina de potássio no município de Autazes, no Amazonas.

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Com um investimento previsto de R$ 13,7 bilhões, a mina poderá iniciar sua produção a partir de 2028, contribuindo para reduzir em 20% a dependência brasileira de potássio importado. Durante a fase de construção, o projeto gerará cerca de 2,6 mil empregos diretos e 17 mil indiretos, enquanto sua operação deve manter 1,3 mil postos de trabalho.

A produção local de potássio não apenas fortalecerá a independência do Brasil no mercado de fertilizantes, mas também proporcionará uma solução para garantir a produtividade das lavouras.

Com o acesso a potássio de origem nacional, os agricultores poderão fazer uma adubação mais adequada e eficiente, melhorando a qualidade das colheitas e aumentando a segurança alimentar do país.

Fonte: Pensar Agro

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AGRONEGÓCIO

Com cenário global favorável, Estado quer ampliar exportações em 10%

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Goiás exportou 13,2 milhões de toneladas de soja em 2024, com receita superior a US$ 7,3 bilhões, consolidando-se como o terceiro maior exportador do grão no Brasil. Com a crescente disputa comercial entre China e Estados Unidos e a reconfiguração dos fluxos globais de grãos, o estado projeta um aumento de até 10% nas exportações em 2025, impulsionado pela demanda asiática e pela capacidade de resposta da produção goiana.

O aumento da procura por fornecedores alternativos por parte da China, que em abril recebeu 40 navios de soja brasileira com cerca de 700 mil toneladas, fortalece o posicionamento de Goiás como polo estratégico na oferta global de alimentos. O estado, com uma área plantada superior a 4 milhões de hectares e rendimento médio acima de 60 sacas por hectare, já se beneficia da maior competitividade brasileira no mercado internacional.

Além da soja, que responde por mais de 60% do total exportado pelo agronegócio goiano, produtos como milho, carnes e algodão também têm registrado crescimento. No primeiro trimestre de 2025, o estado já apresenta um incremento de 7% nas exportações para a China em relação ao mesmo período do ano anterior, segundo dados da Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais (Abiove).

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Goiás reúne condições favoráveis para aproveitar o novo ciclo: clima propício, produtividade crescente, empresários rurais tecnificados e uma logística em processo de modernização. Ainda há gargalos, especialmente em transporte e armazenagem, mas a infraestrutura vem sendo adaptada para atender a esse salto de demanda.

O momento geopolítico não é apenas uma conjuntura passageira — ele representa uma mudança estrutural na forma como as grandes potências lidam com segurança alimentar. A preferência da China por parceiros estáveis, previsíveis e com grande capacidade produtiva coloca estados como Goiás no radar estratégico dos importadores.

Com planejamento técnico, inteligência de mercado e políticas voltadas à sustentabilidade e à competitividade, Goiás transforma a tensão global em oportunidade concreta. A meta agora é clara: consolidar o protagonismo do estado como um dos principais celeiros do agronegócio mundial.

Fonte: Pensar Agro

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