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Produtores de algodão começam a semana com expectativa de alta na Bolsa

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A cotação do algodão enfrenta a expectativa de refletir as altas na Bolsa de Nova York da semana passada para compensar o desempenho negativo registrado em outubro até agora. Apesar de algumas oscilações, as quedas nos preços do algodão em pluma têm sido predominantes neste mês.

Conforme o indicador do Cepea, o fardo de algodão foi negociado a R$ 3,9226 por libra/peso ontem, registrando uma desvalorização de 3,71% no acumulado. A discrepância entre os preços e a qualidade dos lotes disponíveis, juntamente com o escasso interesse tanto de vendedores quanto de compradores, tem limitado a liquidez do mercado.

As indústrias relatam ter estoques de matéria-prima e produtos manufaturados. Por outro lado, alguns vendedores estão dispostos a ser flexíveis devido à necessidade de gerar caixa a curto prazo. Além disso, os investidores estão monitorando os dados do relatório das exportações norte-americanas, mas os ganhos permanecem contidos devido à valorização do dólar em relação a outras moedas.

Na análise semanal, o contrato futuro de algodão com vencimento em dezembro de 2023 apresenta um ganho de 3,2% até o momento. Esses contratos estão sendo negociados a 85,08 centavos de dólar por libra-peso, um aumento de 0,49 centavos, ou 0,56%, em comparação com o fechamento anterior.

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Na quinta-feira (26.10), os preços do algodão encerraram em alta, com suporte vindo de fatores técnicos, resultando em ganhos nas posições mais próximas e amplamente negociadas. No entanto, houve perdas nas posições mais distantes do mercado, devido à influência da queda nos preços do petróleo.

As vendas líquidas norte-americanas de algodão (upland) para a temporada 2023/24, que começou em 1º de agosto, totalizaram 186.100 fardos de algodão na semana encerrada em 19 de outubro, sendo a China o principal comprador, adquirindo 98.500 toneladas, de acordo com o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA).

Os contratos com entrega em dezembro de 2023 fecharam o dia a 84,59 centavos de dólar por libra-peso, apresentando um aumento de 0,78 centavos, ou 0,9%.

Fonte: Pensar Agro

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AGRONEGÓCIO

Guerra EUA x China: Brasil vira peça-chave e faz planos para um corredor transoceânico

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A guerra comercial entre China e Estados Unidos ganhou novos capítulos nesta semana, com reflexos importantes para o Brasil — principalmente para o agronegócio. A Casa Branca anunciou um aumento das tarifas sobre produtos chineses, que agora chegam a 245%. O motivo, segundo o governo americano, seria uma resposta a ações retaliatórias por parte da China. A notícia pegou o governo chinês de surpresa e provocou reações imediatas, incluindo pedidos formais de esclarecimento.

Imagem: reprodução/Ministério dos Transportes

Em meio a essa disputa, o Brasil pode sair ganhando, se conseguir resolver seus problemas logísticos (veja aqui). Uma comitiva do governo chinês esteve em Brasília nesta semana para conhecer projetos de infraestrutura e discutir caminhos que facilitem o acesso dos produtos brasileiros ao mercado asiático. Um dos temas centrais foi o Corredor Bioceânico, uma rota que ligará o Brasil ao Oceano Pacífico passando por países vizinhos, como Paraguai e Argentina, com destino aos portos do Chile.

O corredor tem um grande atrativo: facilitar a exportação de grãos e carnes para a Ásia, encurtando a distância até os mercados chineses e reduzindo custos logísticos.

A iniciativa também está diretamente ligada às ferrovias, como a Norte-Sul, a FIOL (Ferrovia de Integração Oeste-Leste) e a FICO (Ferrovia de Integração Centro-Oeste), todas integradas ao Novo PAC, o Programa de Aceleração do Crescimento. O objetivo é melhorar o escoamento da produção do Centro-Oeste, especialmente soja, milho e carne.

Durante a visita ao Brasil, a delegação chinesa se reuniu com representantes dos governos de Mato Grosso, Goiás, Rondônia e Acre, onde foram apresentados dados sobre produção agrícola, cultura e exportações. A agenda também incluiu visitas técnicas ao Porto de Ilhéus (BA), à FIOL, ao Porto de Santos (SP) e ao projeto do futuro Túnel Santos-Guarujá.

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O plano é transformar a Ferrovia de Integração Oeste-Leste (Fiol), que avança lentamente entre Caetité e Ilhéus, em um elo fundamental de um corredor bioceânico que levaria grãos, minérios e outros produtos brasileiros até o porto de Chancay, no Peru — e de lá, direto ao mercado asiático.

A missão chinesa desembarcou em Ilhéus nesta quarta-feira (16.04), visitou trechos da Fiol 1 e as instalações do Porto Sul, que ainda está em obras. A ideia é clara: entender o que falta, quanto custa e como viabilizar a conclusão dessa travessia ferroviária transcontinental, um projeto que, se sair do papel, poderá reduzir em até dez dias o tempo de navegação entre o Brasil e a Ásia.

Para os chineses, trata-se de uma oportunidade de ouro. Para o Brasil, uma chance — talvez a última por um bom tempo — de dar um salto logístico sem depender exclusivamente dos Estados Unidos ou de seus próprios (e lentos) investimentos públicos.

Mas o entusiasmo técnico contrasta com a realidade do chão. As obras da Fiol seguem a passos lentos, marcadas por entraves burocráticos, desafios ambientais e falta de recursos. A Bahia Mineração (Bamin), concessionária do trecho, tem sob sua responsabilidade não apenas a ferrovia, mas também a construção do Porto Sul — um complexo que ainda está longe de operar plenamente.

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A visita chinesa, no entanto, é simbólica. Marca o esforço de Pequim em reforçar laços com o Brasil em um momento em que a dependência mútua aumenta. Hoje, mais de um terço de tudo que o Brasil exporta tem a China como destino. E a maior parte disso — cerca de 60% — precisa de infraestrutura para sair do interior até os portos. Sem ferrovias eficientes, o Brasil seguirá perdendo tempo e dinheiro.

NOVA ROTA – Uma nova rota marítima lançada nesta semana, de forma simultânea no Brasil e na China, promete reduzir o tempo necessário para transportar produtos entre um país e outro, e também os custos logísticos. A rota vai ligar o Porto Gaolan, localizado em Zhuhai, no sul da China, aos Portos de Santana, no Amapá, e de Salvador, no Brasil, sem escalas. Com isso, a expectativa do embaixador da China no Brasil, Zhu Oinggiao, é que o trânsito de cargas leve 30 dias a menos que o habitual e os custos das operações também diminuam, em mais de 30%.

Fonte: Pensar Agro

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