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Portos do Arco Norte se consolidam como rota estratégica para exportação de grãos

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Os portos do Arco Norte, localizados na região amazônica, têm se destacado como rota crucial para a exportação de milho e soja do Brasil, respondendo por 40% da carga dessas commodities escoadas do país entre janeiro e agosto de 2024. A movimentação é monitorada mensalmente pela Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq), que confirma o crescimento da participação desses portos nas exportações brasileiras, especialmente para os mercados internacionais.

De acordo com Flávio Acatauassú, diretor-presidente da Associação dos Terminais Portuários e Estações de Transbordo de Cargas da Bacia Amazônica (Amport), o desempenho crescente dos portos do Arco Norte reflete uma década de avanços. Esses portos, situados estrategicamente em uma região com ampla rede de rios navegáveis, se mostram cada vez mais vantajosos em comparação às rotas de exportação do Sudeste e Sul, oferecendo redução significativa no tempo e custo do transporte até os destinos internacionais.

Acatauassú destaca que a logística privilegiada da região não só proporciona eficiência econômica, mas também atende a uma crescente demanda por operações sustentáveis. “Nossa localização permite uma logística otimizada e menor emissão de carbono, aspectos cada vez mais exigidos por importadores de grãos no exterior”, afirmou.

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A tendência de crescimento das exportações via Arco Norte, segundo especialistas do setor, deve se manter. Atualmente, os portos da região possuem capacidade instalada para movimentar cerca de 52 milhões de toneladas de grãos anualmente. No entanto, investimentos em andamento projetam a expansão dessa capacidade para 100 milhões de toneladas nos próximos cinco anos, acompanhando o aumento da produção agrícola do Brasil, que tem batido recordes sucessivos.

Os investimentos incluem ampliação de terminais de transbordo e melhorias em infraestrutura de armazenamento, reforçando a vocação natural da região para exportação de granéis. “Além da proximidade com as lavouras de grãos no Centro-Oeste, os terminais do Arco Norte possuem acesso a hidrovias que facilitam o escoamento da produção e trazem economia para os produtores”, explica Acatauassú.

O crescimento da exportação via Arco Norte também vem acompanhado de uma preocupação com a sustentabilidade e o impacto ambiental das operações na Amazônia. As iniciativas incluem a modernização das embarcações, o aprimoramento dos processos logísticos para reduzir o consumo de combustível e a implementação de práticas sustentáveis nos terminais portuários. Para Acatauassú, a sustentabilidade é um diferencial que fortalece a competitividade dos portos do Arco Norte, alinhando-os com as exigências de importadores preocupados com as práticas ambientais.

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Além disso, o fortalecimento dos portos do Arco Norte contribui para o desenvolvimento econômico local, gerando empregos diretos e indiretos na região e promovendo investimentos em infraestrutura. Essa expansão representa uma importante fonte de crescimento para a economia regional e uma alternativa sólida para o Brasil diversificar suas rotas de exportação.

Com a previsão de aumento na produção agrícola e a ampliação da infraestrutura, o Arco Norte se consolida cada vez mais como um pilar estratégico para o escoamento de grãos do Brasil. Este crescimento reforça a posição do país como um dos maiores exportadores globais de soja e milho e abre novas oportunidades para o setor agrícola atender a demanda global com eficiência logística e compromisso ambiental.

Fonte: Pensar Agro

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Com cenário global favorável, Estado quer ampliar exportações em 10%

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Goiás exportou 13,2 milhões de toneladas de soja em 2024, com receita superior a US$ 7,3 bilhões, consolidando-se como o terceiro maior exportador do grão no Brasil. Com a crescente disputa comercial entre China e Estados Unidos e a reconfiguração dos fluxos globais de grãos, o estado projeta um aumento de até 10% nas exportações em 2025, impulsionado pela demanda asiática e pela capacidade de resposta da produção goiana.

O aumento da procura por fornecedores alternativos por parte da China, que em abril recebeu 40 navios de soja brasileira com cerca de 700 mil toneladas, fortalece o posicionamento de Goiás como polo estratégico na oferta global de alimentos. O estado, com uma área plantada superior a 4 milhões de hectares e rendimento médio acima de 60 sacas por hectare, já se beneficia da maior competitividade brasileira no mercado internacional.

Além da soja, que responde por mais de 60% do total exportado pelo agronegócio goiano, produtos como milho, carnes e algodão também têm registrado crescimento. No primeiro trimestre de 2025, o estado já apresenta um incremento de 7% nas exportações para a China em relação ao mesmo período do ano anterior, segundo dados da Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais (Abiove).

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Goiás reúne condições favoráveis para aproveitar o novo ciclo: clima propício, produtividade crescente, empresários rurais tecnificados e uma logística em processo de modernização. Ainda há gargalos, especialmente em transporte e armazenagem, mas a infraestrutura vem sendo adaptada para atender a esse salto de demanda.

O momento geopolítico não é apenas uma conjuntura passageira — ele representa uma mudança estrutural na forma como as grandes potências lidam com segurança alimentar. A preferência da China por parceiros estáveis, previsíveis e com grande capacidade produtiva coloca estados como Goiás no radar estratégico dos importadores.

Com planejamento técnico, inteligência de mercado e políticas voltadas à sustentabilidade e à competitividade, Goiás transforma a tensão global em oportunidade concreta. A meta agora é clara: consolidar o protagonismo do estado como um dos principais celeiros do agronegócio mundial.

Fonte: Pensar Agro

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