NOVA AURORA

AGRONEGÓCIO

Mudanças climáticas já causaram R$ 19,1 trilhões em perdas agrícolas

Publicado em

Um relatório publicado pela Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO) nesta sexta-feira (13.10), mostra que catástrofes climáticas e problemas similares causaram perdas no valor de R$ 19,1 trilhões em colheitas e pecuária ao longo dos últimos 30 anos.

Esse valor equivale a aproximadamente R$ 621 bilhões por ano, o que representa 5% da produção total gerada pelos agricultores no período de 1991 a 2021.

O relatório destaca o aumento significativo no número de catástrofes, que quadruplicou desde a década de 1970, e seu impacto significativo na agricultura e nos sistemas de produção de alimentos.

O aumento na ocorrência de catástrofes anuais é atribuído principalmente às mudanças climáticas, que trazem consigo temperaturas extremas, secas, inundações e tempestades, além de pandemias como a covid-19, epidemias como a peste suína africana e conflitos armados.

Embora o valor das perdas aumente, não necessariamente cresce em termos econômicos, mas sim em volume. Anualmente, em média, são perdidas 69 milhões de toneladas de cereais, 40 milhões de toneladas de frutas e vegetais, e 16 milhões de toneladas de carne, produtos lácteos e ovos.

Leia Também:  Agronegócio de São Paulo cresce 11,2% e alcança R$ 149,47 bilhões

Aproximadamente 23% das perdas econômicas causadas por catástrofes afetam o setor agrícola. Embora a Ásia tenha sofrido os maiores danos, representando 45% do total, isso equivale a apenas 4% de seu Produto Interno Bruto (PIB) agrícola.

Por outro lado, na região do Chifre da África, que frequentemente enfrenta a seca, ocorre uma perda média de 15% na produção agrícola e pecuária.

O relatório enfatiza que não há uma solução mágica para esse problema, mas sugere que uma série de práticas pode aumentar a resiliência dos sistemas agrícolas. Isso pode envolver o uso de técnicas agronômicas e a implementação de ações preventivas, como sistemas de alerta precoce.

Fonte: Pensar Agro

COMENTE ABAIXO:
Advertisement

AGRONEGÓCIO

Com cenário global favorável, Estado quer ampliar exportações em 10%

Published

on

By

Goiás exportou 13,2 milhões de toneladas de soja em 2024, com receita superior a US$ 7,3 bilhões, consolidando-se como o terceiro maior exportador do grão no Brasil. Com a crescente disputa comercial entre China e Estados Unidos e a reconfiguração dos fluxos globais de grãos, o estado projeta um aumento de até 10% nas exportações em 2025, impulsionado pela demanda asiática e pela capacidade de resposta da produção goiana.

O aumento da procura por fornecedores alternativos por parte da China, que em abril recebeu 40 navios de soja brasileira com cerca de 700 mil toneladas, fortalece o posicionamento de Goiás como polo estratégico na oferta global de alimentos. O estado, com uma área plantada superior a 4 milhões de hectares e rendimento médio acima de 60 sacas por hectare, já se beneficia da maior competitividade brasileira no mercado internacional.

Além da soja, que responde por mais de 60% do total exportado pelo agronegócio goiano, produtos como milho, carnes e algodão também têm registrado crescimento. No primeiro trimestre de 2025, o estado já apresenta um incremento de 7% nas exportações para a China em relação ao mesmo período do ano anterior, segundo dados da Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais (Abiove).

Leia Também:  Inmet prevê um outono difícil para o agronegócio brasileiro, com mais calor e menos chuvas

Goiás reúne condições favoráveis para aproveitar o novo ciclo: clima propício, produtividade crescente, empresários rurais tecnificados e uma logística em processo de modernização. Ainda há gargalos, especialmente em transporte e armazenagem, mas a infraestrutura vem sendo adaptada para atender a esse salto de demanda.

O momento geopolítico não é apenas uma conjuntura passageira — ele representa uma mudança estrutural na forma como as grandes potências lidam com segurança alimentar. A preferência da China por parceiros estáveis, previsíveis e com grande capacidade produtiva coloca estados como Goiás no radar estratégico dos importadores.

Com planejamento técnico, inteligência de mercado e políticas voltadas à sustentabilidade e à competitividade, Goiás transforma a tensão global em oportunidade concreta. A meta agora é clara: consolidar o protagonismo do estado como um dos principais celeiros do agronegócio mundial.

Fonte: Pensar Agro

COMENTE ABAIXO:
Continuar lendo

PARANÁ

POLÍCIA

ENTRETENIMENTO

ESPORTES

MAIS LIDAS DA SEMANA