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Mato Grosso inicia período de defeso da piracema para proteger reprodução de peixes

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Desde esta terça-feira (01.10) está em vigor o período de defeso da piracema nos rios de Mato Grosso, que proíbe a pesca amadora e profissional até 31 de janeiro de 2025. A medida visa proteger o ciclo reprodutivo das espécies de peixes, garantindo a sustentabilidade dos estoques pesqueiros no futuro. A decisão foi tomada após reunião do Conselho Estadual de Pesca (Cepesca) e publicada no Diário Oficial em agosto, conforme informou o secretário executivo da Secretaria de Meio Ambiente de Mato Grosso (Sema-MT), Alex Sandro Marega.

Durante esse período, apenas a pesca de subsistência, realizada de forma artesanal por populações ribeirinhas e sem fins comerciais, é permitida. Cada pescador pode capturar até três quilos de peixe por dia, além de um exemplar de qualquer peso, respeitando os tamanhos mínimos de captura estabelecidos para cada espécie. A fiscalização será rigorosa, e quem descumprir a legislação poderá sofrer multas que variam de R$ 5 mil a R$ 200 mil, com acréscimo de R$ 150 por quilo de peixe apreendido, além da condução à delegacia e a apreensão de veículos e equipamentos utilizados na pesca irregular.

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As ações de fiscalização serão intensificadas em toda a região, com foco em áreas estratégicas como estradas e rios. O secretário de Integração Operacional da Secretaria de Segurança Pública (Sesp-MT), coronel Fernando Carneiro, ressaltou a importância do trabalho conjunto entre os órgãos de segurança e meio ambiente para garantir o cumprimento da legislação. “Vamos atuar ostensivamente no patrulhamento fluvial, nas estradas e no controle de estoque para assegurar que a piracema seja respeitada”, destacou Carneiro.

Para Alan Assis Silveira, coordenador de fiscalização de fauna da Sema-MT, o período da piracema é essencial para a reprodução dos peixes, momento em que estão mais vulneráveis. “É quando os peixes sobem às cabeceiras dos rios para a reprodução, e essa proteção é fundamental para manter o estoque pesqueiro sustentável no futuro”, explicou. As ações de fiscalização visam garantir que a fauna aquática se reproduza em segurança, preservando o ecossistema e o equilíbrio ambiental das bacias hidrográficas de Mato Grosso.

SAIBA MAIS – A piracema é o fenômeno natural em que os peixes migram contra a correnteza, subindo os rios em direção às áreas de cabeceira para se reproduzirem. Esse processo ocorre, geralmente, no período de chuvas, quando as condições dos rios, como o aumento do nível da água e a temperatura mais elevada, favorecem a desova das espécies. É um momento crucial para a perpetuação da fauna aquática, pois é durante a piracema que os peixes encontram locais seguros para depositar seus ovos, garantindo a continuidade das espécies e o equilíbrio dos ecossistemas aquáticos.

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O defeso da piracema é o período em que a pesca é proibida ou restrita para proteger os peixes durante sua reprodução. Essa medida é fundamental para evitar a captura em massa dos animais enquanto estão mais vulneráveis, assegurando que consigam se reproduzir com sucesso. A importância do defeso está na preservação dos estoques pesqueiros, evitando a sobrepesca e garantindo a sustentabilidade da atividade pesqueira a longo prazo, além de proteger a biodiversidade aquática e manter o equilíbrio ambiental nos rios e bacias hidrográficas.

Fonte: Pensar Agro

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Com cenário global favorável, Estado quer ampliar exportações em 10%

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Goiás exportou 13,2 milhões de toneladas de soja em 2024, com receita superior a US$ 7,3 bilhões, consolidando-se como o terceiro maior exportador do grão no Brasil. Com a crescente disputa comercial entre China e Estados Unidos e a reconfiguração dos fluxos globais de grãos, o estado projeta um aumento de até 10% nas exportações em 2025, impulsionado pela demanda asiática e pela capacidade de resposta da produção goiana.

O aumento da procura por fornecedores alternativos por parte da China, que em abril recebeu 40 navios de soja brasileira com cerca de 700 mil toneladas, fortalece o posicionamento de Goiás como polo estratégico na oferta global de alimentos. O estado, com uma área plantada superior a 4 milhões de hectares e rendimento médio acima de 60 sacas por hectare, já se beneficia da maior competitividade brasileira no mercado internacional.

Além da soja, que responde por mais de 60% do total exportado pelo agronegócio goiano, produtos como milho, carnes e algodão também têm registrado crescimento. No primeiro trimestre de 2025, o estado já apresenta um incremento de 7% nas exportações para a China em relação ao mesmo período do ano anterior, segundo dados da Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais (Abiove).

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Goiás reúne condições favoráveis para aproveitar o novo ciclo: clima propício, produtividade crescente, empresários rurais tecnificados e uma logística em processo de modernização. Ainda há gargalos, especialmente em transporte e armazenagem, mas a infraestrutura vem sendo adaptada para atender a esse salto de demanda.

O momento geopolítico não é apenas uma conjuntura passageira — ele representa uma mudança estrutural na forma como as grandes potências lidam com segurança alimentar. A preferência da China por parceiros estáveis, previsíveis e com grande capacidade produtiva coloca estados como Goiás no radar estratégico dos importadores.

Com planejamento técnico, inteligência de mercado e políticas voltadas à sustentabilidade e à competitividade, Goiás transforma a tensão global em oportunidade concreta. A meta agora é clara: consolidar o protagonismo do estado como um dos principais celeiros do agronegócio mundial.

Fonte: Pensar Agro

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