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Conab vai ampliar o monitoramento agrícola em todo Brasil

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A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) vai ampliar o monitoramento agrícola em todo Brasil, para que agricultores possam planejar suas atividades de maneira mais precisa, considerando informações sobre clima, custos de produção, preços de mercado e outros elementos cruciais.

Os técnicos da Conab empregam análises agrometeorológicas e espectrais para monitorar as lavouras de verão e inverno. Esses dados são divulgados regularmente no Boletim de Monitoramento Agrícola (BMA), proporcionando informações de qualidade aos produtores do país. Esses modelos permitem uma análise ampla dos efeitos das condições climáticas e práticas de manejo na produção de alimentos.

Além disso, a Conab realiza o acompanhamento semanal das condições hídricas e de temperatura para diversos cultivos, divulgando essas informações no Progresso de Safra. Em 2023, foram publicados 52 documentos dessa natureza, acessíveis no site da estatal, facilitando o planejamento das ações necessárias com maior precisão para atores públicos, privados e a sociedade em geral.

Todas essas ações contribuem para os Levantamentos de Safras da Conab, que utilizam informações de campo coletadas pelos técnicos da empresa. São divulgados ao longo do ano 32 boletins referentes à produção de café, cana-de-açúcar e grãos, oferecendo informações valiosas para políticas agrícolas, tomada de decisões e acompanhamento do setor.

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Além das análises regulares, os técnicos da Conab realizaram visitas in loco para verificar lavouras de soja e arroz na região Sul, subsidiando o mapeamento das safras dessas culturas. Campanhas de campo também foram conduzidas para estimar a produtividade objetiva de soja, milho 2ª safra e trigo.

A Conab também contribui para publicações internacionais, participando de encontros com representantes dos principais países produtores de grãos para analisar as condições das lavouras globais de arroz, milho, soja e trigo. Essas informações são compartilhadas no Agriculture Market Information System (Amis), onde a Conab representa o Brasil, oferecendo sua análise para o mercado agrícola internacional.

Fonte: Pensar Agro

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AGRONEGÓCIO

Algodão volta a crescer no Paraná e reforça liderança do Brasil no mercado mundial

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Depois de anos praticamente fora do mapa da cotonicultura, o Paraná está voltando a produzir algodão em pluma e reacendendo um ciclo que já foi símbolo de força agrícola no Estado. Quem se lembra das décadas de 1980 e 1990 sabe: o Paraná já foi o líder nacional na produção da fibra. Mas com o passar do tempo, a infestação do bicudo-do-algodoeiro, o avanço da soja e dificuldades econômicas acabaram derrubando a cultura.

Agora, o cenário é de esperança e retomada. A Associação dos Cotonicultores Paranaenses (Acopar) lançou um projeto para incentivar o plantio de algodão e recuperar a importância da pluma na região. Para a safra 2024/25, a área plantada no Estado deve chegar a 1,8 mil hectares, segundo estimativas da Conab. Pode parecer pouco, mas o plano é ambicioso: a meta da Acopar é atingir 60 mil hectares nos próximos anos.

Entre os fatores que tornam essa retomada promissora está o menor custo de produção no Paraná, quando comparado a outras regiões produtoras. O clima mais ameno em certas áreas, o uso mais eficiente de insumos e a proximidade com portos e centros industriais ajudam a melhorar a competitividade da pluma paranaense.

Outro ponto a favor é o avanço tecnológico. Com sementes mais resistentes, maquinário moderno e práticas de manejo mais sustentáveis, os produtores têm hoje condições muito melhores do que nas décadas passadas para lidar com pragas como o bicudo e obter bons rendimentos.

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Brasil na liderança mundial – O momento não poderia ser mais favorável. O Brasil é, desde 2024, o maior exportador de algodão do mundo, ultrapassando os Estados Unidos. O setor cresceu nos últimos anos com base em três pilares: tecnologia, qualidade e rentabilidade. A produção brasileira de pluma aumentou pelo terceiro ano seguido em 2023 e segue firme em 2024.

Na safra 2023/24, o Brasil cultivou 1,9 milhão de hectares de algodão, com uma produção estimada em 3,7 milhões de toneladas de pluma. A produtividade média ficou em 1,8 tonelada por hectare, e o principal destino da exportação foi a China, um mercado exigente que reconhece a qualidade da fibra brasileira.

Os principais estados produtores continuam sendo Mato Grosso, Bahia e Mato Grosso do Sul, mas o avanço do Paraná mostra que o mapa do algodão pode voltar a se expandir.

Um pouco da história – O ciclo do algodão no Brasil começou no século 18, especialmente no Nordeste. Durante os séculos XVIII e XIX, o país chegou a ser um dos maiores fornecedores do mundo. Mas nas décadas de 1980 e 1990, a cultura foi gravemente afetada pelo bicudo-do-algodoeiro, uma praga devastadora que levou muitos produtores a abandonarem o cultivo.

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Com o tempo, o setor se reorganizou, investiu pesado em pesquisa, controle biológico e práticas sustentáveis, e reconquistou espaço no mercado internacional.

A iniciativa da Acopar é vista com entusiasmo por técnicos, agrônomos e produtores. A retomada do algodão no Paraná representa não só diversificação da produção agrícola, mas também mais opções de renda para o campo, geração de empregos e incremento para a indústria têxtil regional.

Além disso, a cotonicultura permite o uso racional da área agrícola, com sistemas de rotação de culturas que ajudam a preservar o solo e controlar pragas de forma natural.

Para o produtor rural, o momento é de olhar com atenção para o algodão. Com planejamento, tecnologia e apoio técnico, a pluma pode voltar a brilhar nas lavouras do Paraná — e com ela, toda uma cadeia produtiva pode se fortalecer.

Fonte: Pensar Agro

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