6 de Abril de 2025
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    Colheita do milho faz preços dos frentes dispararem, diz Conab

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    Os preços dos fretes rodoviários no Brasil registraram aumentos significativos em várias rotas, especialmente nos estados produtores de grãos, devido à intensificação da colheita e à alta demanda por exportações de milho e soja. Os dados constam do Boletim Logístico de junho da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).

    O boletim informa que o avanço da colheita das culturas que já se encontram em estágio de maturação, em especial aquelas cultivadas na 2ª safra, como o milho, e o aquecimento nos embarques de soja, seja pela melhoria verificada nos preços da oleaginosa, destravando a comercialização, ou ainda pelo aumento da demanda do grão ou ainda pela necessidade de liberar espaços nos armazéns, influenciaram na procura pelo serviço de transporte refletindo no aumento de preços em importantes estados produtores, como Mato Grosso.

    Nas rotas do maior estado produtor de grãos, a Conab verificou o aumento dos fretes na maior parte delas. A demanda por caminhões se encontrou bastante elevada, dado o ritmo mais intenso de carregamento para liberação de espaço em armazéns em uma conjuntura de uma melhora nos preços da soja. “Para junho, a tendência seria de aquecimento no mercado e elevação nos preços, tendo em vista a sazonalidade do mercado de fretes rodoviários, uma vez que a colheita acarreta relação mais apertada entre oferta e demanda por transporte. No entanto, é possível que as condições de preços para o milho possam influenciar este mercado, diminuindo a pressão na demanda pelo transporte dos produtos”, analisa o superintendente de Logística Operacional da Conab, Thomé Guth.

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    Alta também verificada para os fretes praticados em Minas Gerais. No estado mineiro, a intensificação da colheita do café é um dos principais fatores para o incremento. No Maranhão, no Piauí, em Goiás, no Paraná e na Bahia as cotações praticadas na maioria das rotas registraram elevação no último mês.

    Já em São Paulo e em Mato Grosso do Sul, os preços se mantiveram próximos à estabilidade com ligeiras altas. No estado sul-mato-grossense as perdas provocadas no milho de segunda safra e no trigo pela estiagem e má distribuição das chuvas implicou maior disponibilidade de veículos e menor demanda de serviços de transporte no período. Em contrapartida, a comercialização da soja apresentou reação no mercado regional nos últimos meses em virtude da maior demanda pelo produto para exportação e prêmios positivos nos portos utilizados. Em São Paulo, o boletim da Conab aponta que com a tragédia no Rio Grande do Sul e a comercialização mais lenta das safras de milho e soja, o mercado de fretes apresentou um comportamento de estabilidade a uma leve alta em relação ao mês anterior.

    No Distrito Federal o cenário foi de queda na maior parte das praças pesquisadas, com destaque para as rotas de Uberaba e Araguari, em Minas Gerais, Santos/SP e Imbituba/SC, com recuos de médios na ordem de 8%. As reduções nas cotações foram motivadas, sobretudo, pela menor demanda, prioritariamente de soja e milho. Outro fator que manteve os fretes em queda foi o comportamento do preço médio do diesel, item que compõe a maior parcela do frete vem mantendo o valor com pouca variação.

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    Exportações Os embarques de milho em maio/24 atingiram 0,42 milhão de toneladas contra 0,07 milhão, observado no mês passado e 0,47 milhão ocorridas no mesmo período de 2023.  De janeiro a maio deste ano, já foram enviadas ao mercado internacional 7,5 milhões de toneladas. Deste total,  45,3% foram embarcados pelos portos do Arco Norte.

    Já as exportações de soja atingiram em maio 13,47 milhões de toneladas, contra 14,7 milhões ocorridas no mês anterior – decréscimo de 8,3%, revertendo um movimento recorde observado naquele mês.O mercado da soja tem apresentado variações influenciadas por diversos fatores globais e regionais. No acumulado dos cinco primeiros meses deste ano foram exportadas 50,2 milhões de toneladas, sendo 36,4% escoadas pelos portos do Arco Norte.

    O periódico mensal coleta dados em dez estados produtores, com análises dos aspectos logísticos do setor agropecuário, posição das exportações dos produtos agrícolas de expressão no Brasil, análise do fluxo de movimentação de cargas e levantamento das principais rotas utilizadas para escoamento da safra. O Boletim traz também informações sobre a movimentação de estoques da Conab, realizada por transportadoras contratadas via leilão eletrônico. Confira a edição completa do Boletim Logístico – Junho/2024, disponível no site da Companhia.

    Fonte: Pensar Agro

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    Melhoramento genético revoluciona a cafeicultura e torna mais produtiva

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    A cafeicultura mineira tem experimentado avanços significativos graças às pesquisas em melhoramento genético conduzidas pela Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais (Epamig), em colaboração com a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) e universidades.

    Esses estudos resultaram no desenvolvimento de cultivares adaptadas aos diversos sistemas de produção do estado, promovendo aumentos expressivos na produtividade e aprimorando a qualidade sensorial dos cafés. Na década de 1980 a média que era de sete sacas por hectare, agora atinge 25 até 30 sacas por hectare.

    Desde a década de 1970, a Epamig coordena o Programa de Melhoramento Genético do Cafeeiro, que já registrou 21 cultivares com características superiores. Essas cultivares são, em sua maioria, resistentes à ferrugem, principal doença que afeta o cafeeiro, e apresentam atributos como alta produtividade, qualidade sensorial da bebida, resistência a nematoides, adequação à mecanização e adaptação a diferentes condições climáticas e de solo.

    Um dos pilares desse programa é o Banco Ativo de Germoplasma de Café, localizado no Campo Experimental de Patrocínio. Este banco é fundamental para a conservação e caracterização dos recursos genéticos do cafeeiro, servindo como base para o desenvolvimento de novas cultivares que atendam às demandas do setor produtivo.

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    Entre as cultivares desenvolvidas, destaca-se a MGS Paraíso 2, lançada em 2012. Resultado do cruzamento entre Catuaí Amarelo IAC 30 e Híbrido de Timor UFV 445-46, essa variedade apresenta porte baixo, frutos amarelos, resistência à ferrugem, maturação intermediária e excelente adaptação tanto a sistemas de cultivo irrigado quanto de sequeiro. Além disso, facilita a colheita mecanizada e possui elevado potencial para a produção de cafés especiais.

    A transferência dessas tecnologias para o campo é facilitada por projetos de avaliação de desempenho em propriedades comerciais. Essas iniciativas permitem que os cafeicultores conheçam as novas cultivares e observem seu desempenho em condições reais de cultivo, promovendo a adoção de tecnologias que resultam em sistemas produtivos mais eficientes e sustentáveis.

    De acordo com o pesquisador em cafeicultura da Epamig, Gladyston Carvalho, as pesquisas buscam gerar conhecimento para o cafeicultor e oferecer, por meio da genética do café, aumento de produtividade e transformação no sistema produtivo. “São 587 municípios cultivando café, somos o estado maior produtor de café do Brasil, detemos média de 50% da área cafeeira e 40% da produção nacional. São muitos produtores que dependem da cultura e da pesquisa agropecuária”, explica.

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    Fonte: Pensar Agro

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