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CNA é contra a ampliação da cota de importação de trigo com alíquota zero

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A Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) manifestou sua oposição à proposta de ampliação da cota de importação de trigo com alíquota zero do Imposto de Importação, em ofício enviado ao governo. A Associação Brasileira da Indústria do Trigo (Abitrigo) havia sugerido o aumento de 500 mil toneladas dessa cota à Secretaria-Executiva da Camex e ao Ministério da Agricultura, após a elevação dos preços do cereal no mercado interno.

Atualmente, a cota de importação sem taxa é de 750 mil toneladas, e o processo está em consulta pública. No documento enviado ao vice-presidente da República e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio Exterior e Serviços, Geraldo Alckmin, e ao ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, o presidente da CNA, João Martins, argumenta que a medida não é justificada, considerando o desempenho da produção de trigo nos últimos anos.

A CNA destacou que o Brasil atingiu recorde de produção de trigo em 2022 e manteve o abastecimento em 2023, mesmo enfrentando adversidades climáticas. Para 2024, a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) projeta uma produção de 8,95 milhões de toneladas, um aumento de 11% em relação à última safra.

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Além disso, a entidade lembra que a Argentina, principal fornecedora de trigo para o Brasil e responsável por 73,5% das importações brasileiras, prevê um aumento na produção (14%) e nas exportações (35,3%) para este ano. O trigo argentino não é sujeito a tarifas de importação devido ao acordo do Mercosul.

“A medida, além de não influenciar os preços ao consumidor, que já estão em queda, poderia reduzir a competitividade e a sustentabilidade econômica dos produtores de trigo no Brasil”, concluiu a CNA no ofício.

Fonte: Pensar Agro

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AGRONEGÓCIO

Com cenário global favorável, Estado quer ampliar exportações em 10%

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Goiás exportou 13,2 milhões de toneladas de soja em 2024, com receita superior a US$ 7,3 bilhões, consolidando-se como o terceiro maior exportador do grão no Brasil. Com a crescente disputa comercial entre China e Estados Unidos e a reconfiguração dos fluxos globais de grãos, o estado projeta um aumento de até 10% nas exportações em 2025, impulsionado pela demanda asiática e pela capacidade de resposta da produção goiana.

O aumento da procura por fornecedores alternativos por parte da China, que em abril recebeu 40 navios de soja brasileira com cerca de 700 mil toneladas, fortalece o posicionamento de Goiás como polo estratégico na oferta global de alimentos. O estado, com uma área plantada superior a 4 milhões de hectares e rendimento médio acima de 60 sacas por hectare, já se beneficia da maior competitividade brasileira no mercado internacional.

Além da soja, que responde por mais de 60% do total exportado pelo agronegócio goiano, produtos como milho, carnes e algodão também têm registrado crescimento. No primeiro trimestre de 2025, o estado já apresenta um incremento de 7% nas exportações para a China em relação ao mesmo período do ano anterior, segundo dados da Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais (Abiove).

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Goiás reúne condições favoráveis para aproveitar o novo ciclo: clima propício, produtividade crescente, empresários rurais tecnificados e uma logística em processo de modernização. Ainda há gargalos, especialmente em transporte e armazenagem, mas a infraestrutura vem sendo adaptada para atender a esse salto de demanda.

O momento geopolítico não é apenas uma conjuntura passageira — ele representa uma mudança estrutural na forma como as grandes potências lidam com segurança alimentar. A preferência da China por parceiros estáveis, previsíveis e com grande capacidade produtiva coloca estados como Goiás no radar estratégico dos importadores.

Com planejamento técnico, inteligência de mercado e políticas voltadas à sustentabilidade e à competitividade, Goiás transforma a tensão global em oportunidade concreta. A meta agora é clara: consolidar o protagonismo do estado como um dos principais celeiros do agronegócio mundial.

Fonte: Pensar Agro

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