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CNA e Cepa lançam indicador nacional de preços do feijão

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Na quarta-feira (23.10), a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) e o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) lançaram, em Brasília, um indicador nacional de preços para o feijão.

A partir de agora, o Cepea vai divulgar diariamente os preços médios pagos pelo grão nas principais regiões produtoras do país: Paraná, São Paulo, Minas Gerais, Goiás, Mato Grosso e oeste da Bahia. O indicador abrangerá tanto o feijão preto quanto o carioca, trazendo uma visão mais transparente e atualizada do mercado.

O lançamento, realizado na sede da CNA, contou com a presença do presidente da CNA, João Martins, e de especialistas, produtores e representantes do setor. Na abertura, Martins ressaltou a importância da iniciativa para aumentar a qualidade e a competitividade da produção nacional de feijão, um item básico no prato dos brasileiros.

O vice-presidente da Comissão Nacional de Cereais, Fibras e Oleaginosas da CNA, José Borghi, celebrou a criação do indicador como um avanço histórico, que trará informações mais claras e confiáveis para o setor. Segundo ele, essa ferramenta oferece segurança e transparência ao mercado, além de ajudar a combater especulações nos preços do feijão.

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Lucilio Alves, pesquisador do Cepea, explicou que os dados para o indicador são obtidos por meio de contato diário com agentes de mercado nas regiões analisadas, permitindo uma apuração precisa dos preços. Esse levantamento detalhado possibilita aos produtores acompanhar a variação dos valores e ajustar suas estratégias de negociação com base nas médias regionais, ajudando a reduzir a assimetria de informações.

O evento também trouxe apresentações sobre os custos de produção e as oportunidades de expansão do mercado de feijão no Brasil e no exterior. Especialistas falaram sobre a importância do grão no portfólio agrícola, destacando seu papel como opção de rotação de culturas e sua viabilidade econômica em diferentes safras.

O pesquisador da Embrapa, Alcido Wander, finalizou com um panorama das inovações desenvolvidas pela instituição para o setor de feijão, incluindo avanços em bioinsumos e na sustentabilidade do cultivo, além de novas variedades mais produtivas.

Produtores e interessados podem acompanhar o indicador diariamente pelo site do Cepea (www.cepea.esalq.usp.br/br/feijao.aspx), com informações atualizadas sobre os preços médios do feijão preto e carioca.

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Fonte: Pensar Agro

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Com cenário global favorável, Estado quer ampliar exportações em 10%

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Goiás exportou 13,2 milhões de toneladas de soja em 2024, com receita superior a US$ 7,3 bilhões, consolidando-se como o terceiro maior exportador do grão no Brasil. Com a crescente disputa comercial entre China e Estados Unidos e a reconfiguração dos fluxos globais de grãos, o estado projeta um aumento de até 10% nas exportações em 2025, impulsionado pela demanda asiática e pela capacidade de resposta da produção goiana.

O aumento da procura por fornecedores alternativos por parte da China, que em abril recebeu 40 navios de soja brasileira com cerca de 700 mil toneladas, fortalece o posicionamento de Goiás como polo estratégico na oferta global de alimentos. O estado, com uma área plantada superior a 4 milhões de hectares e rendimento médio acima de 60 sacas por hectare, já se beneficia da maior competitividade brasileira no mercado internacional.

Além da soja, que responde por mais de 60% do total exportado pelo agronegócio goiano, produtos como milho, carnes e algodão também têm registrado crescimento. No primeiro trimestre de 2025, o estado já apresenta um incremento de 7% nas exportações para a China em relação ao mesmo período do ano anterior, segundo dados da Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais (Abiove).

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Goiás reúne condições favoráveis para aproveitar o novo ciclo: clima propício, produtividade crescente, empresários rurais tecnificados e uma logística em processo de modernização. Ainda há gargalos, especialmente em transporte e armazenagem, mas a infraestrutura vem sendo adaptada para atender a esse salto de demanda.

O momento geopolítico não é apenas uma conjuntura passageira — ele representa uma mudança estrutural na forma como as grandes potências lidam com segurança alimentar. A preferência da China por parceiros estáveis, previsíveis e com grande capacidade produtiva coloca estados como Goiás no radar estratégico dos importadores.

Com planejamento técnico, inteligência de mercado e políticas voltadas à sustentabilidade e à competitividade, Goiás transforma a tensão global em oportunidade concreta. A meta agora é clara: consolidar o protagonismo do estado como um dos principais celeiros do agronegócio mundial.

Fonte: Pensar Agro

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