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Citricultores paulistas devem entregar relatório até 15 de janeiro

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Termina no próximo dia 15 de janeiro, no estado de São Paulo, o prazo de envio do relatório semestral sobre cancro cítrico e Greening. O documento, obrigatório, deve ser preenchido no sistema Gedave, da Coordenadoria de Defesa Agropecuária (CDA) da Secretaria de Agricultura e Abastecimento (SAA) do Estado de São Paulo e deve conter os resultados das vistorias realizadas entre 1º de julho e 31 de dezembro de 2024 em todas as plantas cítricas da propriedade.

O Greening, também conhecido como HLB, é uma das doenças mais preocupantes para a citricultura global. Causado pela bactéria Candidatus Liberibacter spp. e transmitido pelo inseto psilídeo (Diaphorina citri), ele não tem cura. Plantas contaminadas continuam agindo como fonte de inoculo, favorecendo a disseminação da doença.

O cancro cítrico, por sua vez, é causado pela bactéria Xanthomonas citri pv. citri. Essa doença provoca lesões em folhas, frutos e ramos, além de causar desfolha e queda de frutos em casos de alta incidência. Ambas as doenças representam desafios significativos para o setor, especialmente no Estado de São Paulo, o maior produtor de citros do país.

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Conforme a Portaria MAPA nº 317/2021, o Programa Nacional de Prevenção e Controle ao HLB (PNCHLB) determina a eliminação de plantas com sintomas da doença em pomares com menos de oito anos. Além disso, o monitoramento e o controle do psilídeo são obrigatórios em todos os pomares, independentemente da idade.

“As informações prestadas no relatório não são usadas de forma punitiva, mas são essenciais para orientar ações de Defesa Agropecuária e para a formulação de políticas públicas estaduais”, afirma Veridiana Zocoler, engenheira agrônoma e gerente do Programa Estadual de Sanidade dos Citros.

De acordo com Alexandre Paloschi, diretor do Departamento de Defesa Sanitária e Inspeção Vegetal, o relatório semestral é uma ferramenta fundamental para diagnosticar as condições dos pomares no Estado. “Quanto mais precisas as informações fornecidas pelos produtores, melhores serão os resultados das ações de combate ao Greening e ao cancro cítrico”, explica Paloschi.

A citricultura é uma das principais cadeias produtivas do agronegócio paulista e nacional, com grande impacto econômico. O relatório semestral, além de cumprir as exigências legais, ajuda a garantir a sustentabilidade sanitária da produção e a preservação do setor.

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O sistema Gedave está disponível para todos os produtores cadastrados. Nele, é possível preencher o relatório com os dados das vistorias realizadas. Em caso de dúvidas ou dificuldades, a CDA orienta que os citricultores procurem o escritório regional mais próximo ou entrem em contato com o suporte técnico.

Com prazos claros e apoio técnico disponível, o setor citrícola reforça sua posição como referência no combate a doenças e na preservação de uma produção sustentável e competitiva.

Fonte: Pensar Agro

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Com cenário global favorável, Estado quer ampliar exportações em 10%

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Goiás exportou 13,2 milhões de toneladas de soja em 2024, com receita superior a US$ 7,3 bilhões, consolidando-se como o terceiro maior exportador do grão no Brasil. Com a crescente disputa comercial entre China e Estados Unidos e a reconfiguração dos fluxos globais de grãos, o estado projeta um aumento de até 10% nas exportações em 2025, impulsionado pela demanda asiática e pela capacidade de resposta da produção goiana.

O aumento da procura por fornecedores alternativos por parte da China, que em abril recebeu 40 navios de soja brasileira com cerca de 700 mil toneladas, fortalece o posicionamento de Goiás como polo estratégico na oferta global de alimentos. O estado, com uma área plantada superior a 4 milhões de hectares e rendimento médio acima de 60 sacas por hectare, já se beneficia da maior competitividade brasileira no mercado internacional.

Além da soja, que responde por mais de 60% do total exportado pelo agronegócio goiano, produtos como milho, carnes e algodão também têm registrado crescimento. No primeiro trimestre de 2025, o estado já apresenta um incremento de 7% nas exportações para a China em relação ao mesmo período do ano anterior, segundo dados da Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais (Abiove).

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Goiás reúne condições favoráveis para aproveitar o novo ciclo: clima propício, produtividade crescente, empresários rurais tecnificados e uma logística em processo de modernização. Ainda há gargalos, especialmente em transporte e armazenagem, mas a infraestrutura vem sendo adaptada para atender a esse salto de demanda.

O momento geopolítico não é apenas uma conjuntura passageira — ele representa uma mudança estrutural na forma como as grandes potências lidam com segurança alimentar. A preferência da China por parceiros estáveis, previsíveis e com grande capacidade produtiva coloca estados como Goiás no radar estratégico dos importadores.

Com planejamento técnico, inteligência de mercado e políticas voltadas à sustentabilidade e à competitividade, Goiás transforma a tensão global em oportunidade concreta. A meta agora é clara: consolidar o protagonismo do estado como um dos principais celeiros do agronegócio mundial.

Fonte: Pensar Agro

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