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AGRONEGÓCIO

2023 foi marcado pela revolução tecnológica no agronegócio

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Neste ano de 2023 a revolução tecnológica no agronegócio transformou a maneira como o setor opera, desde a semente até a colheita. Com o avanço da digitalização, fazendas antes isoladas e operações manuais estão dando lugar a um novo cenário onde a conectividade e a automação são peças-chave para aumentar a eficiência e a sustentabilidade.

Um exemplo, é o caso da Agropecuária Jerusalém em Mato Grosso. Por meio de uma parceria estratégica com a Case IH, parte do grupo CNH Industrial, a fazenda se tornou um laboratório vivo para a aplicação e o teste de máquinas agrícolas avançadas e dispositivos digitais. Este projeto, chamado Fazenda Conectada, não apenas testemunhou um aumento substancial na produção de soja, mas também viu melhorias significativas em eficiência, com redução do consumo de combustível e da pegada de carbono.

As máquinas embarcadas com tecnologia digital na Agropecuária Jerusalém permitiram uma gestão mais precisa de recursos, resultando em colheitas mais rápidas e com menos desperdício. O monitoramento em tempo real das máquinas minimizou a ociosidade dos motores e maximizou o tempo de trabalho, traduzindo-se em uma colheita mais eficiente e uma economia expressiva de combustível. Essa eficiência operacional é apenas um dos múltiplos benefícios que a tecnologia traz para o agronegócio moderno.

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A conectividade é o cerne dessa transformação. A instalação de antenas de telefonia 4G tem proporcionado uma infraestrutura que permite não apenas a comunicação rápida e eficiente, mas também a integração de uma gama de tecnologias digitais. Com a internet, sistemas de inteligência artificial podem monitorar e gerenciar operações agrícolas, desde o acompanhamento por imagens de satélite e drones até a telemetria avançada e a análise meteorológica.

A propagação dessas tecnologias tem o potencial de impactar não somente grandes fazendas, mas também pequenas e médias propriedades, democratizando o acesso a dados e informações que podem revolucionar a produtividade e a sustentabilidade. No município de Água Boa, por exemplo, a expansão do sinal 4G já alcança dezenas de propriedades rurais, abrindo caminho para uma adoção mais ampla dessas ferramentas.

O investimento em tecnologia no campo, embora significativo, promete retornos a longo prazo. A estimativa é que a digitalização possa trazer economias milionárias em escala estadual, como demonstrado pela redução no consumo de combustível na Agropecuária Jerusalém. Além disso, a diminuição da emissão de CO2 por tonelada de soja colhida reflete a crescente preocupação com a sustentabilidade no setor agrícola, um aspecto cada vez mais valorizado em mercados globais.

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O agronegócio brasileiro está diante de uma oportunidade sem precedentes de evolução tecnológica. Ainda que aproximadamente 70% das propriedades rurais no país não tenham acesso à internet, iniciativas como as de Água Boa sinalizam um futuro promissor, onde a conectividade poderá ser a norma, e não a exceção. A tecnologia está pavimentando o caminho para um agronegócio mais produtivo, eficiente e sustentável, e os frutos dessa revolução estão apenas começando a ser colhidos.

Com informações da Forbes

Fonte: Pensar Agro

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AGRONEGÓCIO

Com cenário global favorável, Estado quer ampliar exportações em 10%

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Goiás exportou 13,2 milhões de toneladas de soja em 2024, com receita superior a US$ 7,3 bilhões, consolidando-se como o terceiro maior exportador do grão no Brasil. Com a crescente disputa comercial entre China e Estados Unidos e a reconfiguração dos fluxos globais de grãos, o estado projeta um aumento de até 10% nas exportações em 2025, impulsionado pela demanda asiática e pela capacidade de resposta da produção goiana.

O aumento da procura por fornecedores alternativos por parte da China, que em abril recebeu 40 navios de soja brasileira com cerca de 700 mil toneladas, fortalece o posicionamento de Goiás como polo estratégico na oferta global de alimentos. O estado, com uma área plantada superior a 4 milhões de hectares e rendimento médio acima de 60 sacas por hectare, já se beneficia da maior competitividade brasileira no mercado internacional.

Além da soja, que responde por mais de 60% do total exportado pelo agronegócio goiano, produtos como milho, carnes e algodão também têm registrado crescimento. No primeiro trimestre de 2025, o estado já apresenta um incremento de 7% nas exportações para a China em relação ao mesmo período do ano anterior, segundo dados da Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais (Abiove).

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Goiás reúne condições favoráveis para aproveitar o novo ciclo: clima propício, produtividade crescente, empresários rurais tecnificados e uma logística em processo de modernização. Ainda há gargalos, especialmente em transporte e armazenagem, mas a infraestrutura vem sendo adaptada para atender a esse salto de demanda.

O momento geopolítico não é apenas uma conjuntura passageira — ele representa uma mudança estrutural na forma como as grandes potências lidam com segurança alimentar. A preferência da China por parceiros estáveis, previsíveis e com grande capacidade produtiva coloca estados como Goiás no radar estratégico dos importadores.

Com planejamento técnico, inteligência de mercado e políticas voltadas à sustentabilidade e à competitividade, Goiás transforma a tensão global em oportunidade concreta. A meta agora é clara: consolidar o protagonismo do estado como um dos principais celeiros do agronegócio mundial.

Fonte: Pensar Agro

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