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TJPR recebe Caravana Nacional da Cooperação Judiciária para debater litigância abusiva

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TJPR RECEBE CARAVANA NACIONAL DA COOPERAÇÃO JUDICIÁRIA PARA DEBATER LITIGÂNCIA ABUSIVA

Encontro organizado pelo Conselho Nacional de Justiça discute os impactos da litigância abusiva no Judiciário em diversos setores da sociedade

19/05/2025

Atualizado hoje

O Tribunal de Justiça do Estado do Paraná (TJPR) recebeu na segunda-feira (19/05) a Caravana Nacional da Cooperação Judiciária – “Como combater a litigância abusiva?”. Organizado pela Revista Justiça & Cidadania, o encontro teve o apoio institucional da Escola Nacional de Formação e Aperfeiçoamento de Magistrados (Enfam), além do Centro de Inteligência do Poder Judiciário e do Fórum Nacional do Poder Judiciário para a Saúde (Fonajus), ambos vinculados ao Conselho Nacional de Justiça (CNJ).

O evento contou com representantes de vários setores da sociedade e teve como objetivo sensibilizar e capacitar magistradas, magistrados, profissionais e estudantes de Direito sobre os impactos da litigância abusiva no funcionamento da Justiça brasileira. O encontro também promoveu a disseminação da Recomendação nº 159 do Conselho Nacional de Justiça, que trata do combate à litigância abusiva e do uso qualificado do poder de cautela ampliado pelas magistradas e pelos magistrados.

Na abertura, a presidente do Tribunal de Justiça do Estado do Paraná, desembargadora Lidia Maejima, destacou a importância do encontro e os impactos da litigância abusiva. “O evento é absolutamente oportuno, e isso porque a multiplicação abusiva de demandas compromete a celeridade processual e a qualidade da apreciação jurisdicional, pois exige do magistrado que se debruce detidamente sobre feitos ajuizados de modo deliberadamente túrbido, atrasando a análise de outras causas legítimas e que realmente necessitam de resposta ágil”, afirmou.

Para o Corregedor Nacional de Justiça, ministro Mauro Campbell Marques, o tema é essencial para a jurisdição como um todo, começando pelosjurisdicionados. “O que se busca com isso não é fazer nenhum dique de contenção de demandas que devam chegar ao Judiciário Brasileiro. Nós temos que fazer barreiras contra fraudes processuais, encetadas a fazer com que haja o mau uso do aparato judiciário nacional, com demandas sem lastro, abusivas e que, necessariamente, não produzem isonomia e igualdade social”, afirmou.

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Impactos negativos da litigância abusiva

A abertura dos painéis foi realizada pela conselheira do Conselho Nacional de Justiça, Daniela Madeira, juíza federal do Tribunal Regional Federal da 2.ª Região e integrante do Grupo Decisório do Centro de Inteligência do Poder Judiciário do CNJ. Em sua apresentação, a magistrada abordou sua atuação no grupo de trabalho, que atua para identificar e propor o tratamento adequado de demandas estratégicas ou repetitivas e de massa no Poder Judiciário brasileiro. “Esse é um tema muito importante para a Justiça Federal como um todo”, afirmou. “Queremos que os juízes analisem os casos concretos e auxiliem todo o sistema, conversem com todos os atores do sistema de justiça, para que possamos combater de forma correta essas litigâncias abusivas”, declarou.

Na sequência, a magistrada Jurema Carolina da Silveira Gomes, juíza auxiliar da presidência e Coordenadora do Grupo Operacional do Centro de Inteligência do TJPR, falou sobre como prevenir a litigância abusiva. “A litigância responsável é um compromisso com a Justiça como bem comum. É proteger o Judiciário do colapso silencioso que o excesso causa e é, sobretudo, preservar o acesso à Justiça como um direito fundamental a toda sociedade”, afirmou.

A conselheira do CNJ, Daiane Nogueira de Lira, supervisora do Fórum Nacional do Poder Judiciário para a Saúde, abordou a questão na área do Direito da Saúde, apresentando algumas sugestões no tratamento de demandas predatórias para preservar a sustentabilidade do sistema de saúde público e suplementar. “Tudo isso acaba tendo impacto na própria prestação jurisdicional ao cidadão que precisa ter o acesso à justiça para ter garantido o seu direito à saúde”, afirmou.

O vice-presidente da Federação Nacional da Saúde Suplementar (FenaSaúde), Pablo Menezes, trouxe a visão do problema no sistema privado, elogiando o diálogo de ideias promovido pelo Poder Judiciário. “É necessário que a gente tenha um olhar contra a litigância abusiva”, afirmou, destacando os impactos para o sistema de saúde suplementar e o aumento nos custos do plano de saúde.

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O médico especialista em Gestão de Saúde, Daniel Azevedo, abordou a questão das ações envolvendo o Transtorno do Espectro Autista (TEA) e o equilíbrio entre o tratamento e direitos da infância. “O primeiro ponto que leva a uma fragilidade sistêmica para a litigância em relação ao TEA são as prescrições médicas”, afirmou.

A procuradora do Banco Central, Luciana Lima, abordou a litigância abusiva na área do Direito Financeiro. “A litigância abusiva também passa por uma crise de honestidade”, afirmou. “Toda mudança externa passa por uma mudança interna e pensar em exercer o direito de ação de uma maneira mais responsável, honesta e íntegra.”

No encerramento do evento, a diretora de Governança, Compliance e Estratégia Corporativa da Conexys Brasil, Daniele Crema, destacou em sua apresentação as demandas mais recorrentes do setor de telefonia e os impactos do uso indevido do direito de ação, evidenciando os indícios de litigância abusiva. A associação representa as principais operadoras de telefonia do país. "Esse é um custo socializado. Todos nós arcamos, de certa forma, com esse tipo de comportamento", afirmou.

Presenças

Compuseram o dispositivo de honra as seguintes autoridades: a presidente do Tribunal de Justiça do Paraná (TJPR), desembargadora Lídia Maejima; o Corregedor Nacional de Justiça, Ministro Maldo Canto Velmar; a conselheira do Conselho Nacional de Justiça, Daniela Madeira, integrante do Grupo Decisório do Centro de Inteligência do Poder Judiciário; a supervisora do Fórum Nacional do Judiciário para a Saúde, a conselheira Dayane Nogueira Ferreira; o desembargador Otávio Campos Fitcher, supervisor do Núcleo de Cooperação Judiciária; Marcel Ferreira dos Santos, presidente da Associação dos Magistrados do Paraná; o presidente da Associação dos Magistrados Brasileiros, doutor Federico Mendes Nunes; e o desembargador eleitoral Guilherme Federico, representando o Tribunal Regional Eleitoral do Paraná.

Fonte: TJPR

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Justiça

Mil casais dizem “sim” em casamento coletivo na Ligga Arena

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MIL CASAIS DIZEM “SIM” EM CASAMENTO COLETIVO NA LIGGA ARENA

Serviço oferecido de forma gratuita é uma das iniciativas do programa Justiça no Bairro

19/05/2025

Atualizado hoje

Luzes, música, tapete vermelho e celebração. Mil casais disseram “sim” no casamento coletivo realizado na Ligga Arena, em Curitiba, no dia 18 de maio.

“Já estamos juntos há uns 5 anos e já temos uma filha de 3. Decidimos nos casar neste ano, mas íamos nos casar apenas em agosto. Como surgiu essa oportunidade, esse evento, decidimos participar e está sendo incrível”, contou a noiva Jaqueline Ribeiro.

“Não esperava isso. Achei que um dia nos casaríamos só nós dois e estamos aqui. Estamos muito felizes com tudo isso que está acontecendo e espero que, daqui para frente, Deus abençoe”, afirmou o noivo Eduardo Melo.

Em sua 5ª edição, o casamento coletivo é promovido de forma gratuita pelo Tribunal de Justiça do Estado do Paraná (TJPR), por meio do programa Justiça no Bairro, em parceria com o Sistema Fecomércio Sesc Senac Paraná. A ação também contou com o apoio dos Cartórios de Registro Civil de Curitiba e Região Metropolitana, das Prefeituras de Curitiba e de municípios paranaenses, do Clube Athletico Paranaense, entre outros.

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“A maior importância é mostrar para as pessoas que o Poder Judiciário está próximo da população, que nós acompanhamos as suas agruras e também a sua felicidade. Esse momento sem igual mostra a união de todos os cartórios para concretizar o sonho de famílias que desejavam ter um casamento”, afirmou a idealizadora do programa Justiça no Bairro, desembargadora Joeci Machado Camargo.

Presente na cerimônia, a presidente do TJPR, desembargadora Lidia Maejima, saudou os noivos e falou sobre a importância da regularização. “Essa cerimônia é uma celebração do amor, mas principalmente um ato de cidadania que demonstra que a Justiça está próxima e ao alcance de todos, independentemente de qualquer condição financeira ou social. Ao oficializar a sua união perante a lei, vocês também exercem plenamente a sua cidadania. O casamento civil garante direitos e estabelece responsabilidades que são fundamentais para a vida em sociedade. Através dessa cerimônia, vocês terão acesso a direitos assegurados pela Constituição Federal e pelas leis vigentes do país. Saibam que o Tribunal de Justiça do Estado do Paraná estará sempre ao alcance de todos através das suas várias portas de entrada como o Programa Justiça no Bairro”, destacou a presidente.

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Solidariedade

Além da gratuidade das inscrições, uma ampla campanha de arrecadação também resultou na doação de centenas de vestidos de noiva, ternos, sapatos e acessórios para os casais que participaram da cerimônia. A mobilização ajudou na realização do sonho de muitas famílias, como é o caso do casal Maicon e Bianca: “É um frio na barriga, um nervoso, mas é uma sensação muito boa, uma energia muito legal e a expectativa está muito grande! A gente queria casar já faz um tempo, mas a condição financeira não estava muito boa. Então fomos até o CRAS para participar e deu super certo”, contou Bianca de Matos.

Assim como na história de Antônio e Regina: “Nos conhecemos pela internet, namoramos e depois decidimos morar juntos. Por vários anos assistimos às reportagens na TV sobre o casamento coletivo, então, agora, vimos a oportunidade e decidimos: vamos oficializar”, afirmou Regina Salete Berbiche.

Fonte: TJPR

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