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Rotas cervejeiras em Curitiba e Região fomentam o turismo gastronômico do Paraná

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Em evidência nas produções e atrativos ligados à gastronomia – que envolve tanto comida, quanto bebidas –, o Estado é destaque no turismo cervejeiro, com rotas consolidadas na Capital e na Região Metropolitana. De acordo com a Associação Brasileira de Bebidas (Abrabe), em 2024 o Paraná se estabeleceu como um dos estados com maior número de empresas do ramo, com mais de 170 cervejarias registradas e uma produção estimada em 7,8 milhões de litros por ano.

Curitiba conta com a Rota Cervejeira, uma opção para conhecer mais da cultura que envolve a produção e degustação da bebida. Lançada em 2024 pela Associação das Microcervejarias do Paraná (Procerva), o roteiro conta com apoio do Governo do Estado, por meio da Secretaria do Turismo (Setu-PR) e do Viaje Paraná.

O tour passa por 17 bairros e conta em seu itinerário com mais de 20 pubs, bares e empreendimentos. O roteiro conecta turistas, apreciadores e profissionais à cena curitibana das produtoras artesanais, dando destaque às microcervejarias. Confira as participantes e o trajeto completo AQUI.

Já em Pinhais, na Região Metropolitana (RMC), é possível visitar a Rota da Cerveja Artesanal, que conta atualmente com sete empreendimentos em seu itinerário. O roteiro é outra boa opção para os turistas que podem conhecer um município de fácil acesso, localizado a aproximadamente 10 km de carro do Centro de Curitiba e a 18 km do Aeroporto Internacional Afonso Pena, na vizinha São José dos Pinhais.

Irapuan Cortes, diretor-presidente do Viaje Paraná – órgão de promoção comercial do setor no Estado -, afirma que as rotas são atrativos importantes, que destacam os municípios e fomentam a regionalização.

“Muitas vezes, um município que não conta com tantos atrativos turísticos encontra na sua cultura e na criação de rotas um novo fluxo e produto que valoriza o turismo municipal. A regionalização é muito importante, porque o turista que vem fazer a Rota Cervejeira de Curitiba pode conhecer a Rota da Cerveja em Pinhais, visitar o Caminho do Vinho em São José dos Pinhais e aproveitar muitos outros atrativos na Região Metropolitana”, afirmou.

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TOUR PELA ROTA – Ainda em Pinhais, acontece a 2ª edição do Tour da Rota da Cerveja Artesanal, apresentando a cultura cervejeira do município aos turistas. O evento será no próximo sábado (26) e as inscrições começam nesta quinta-feira (24).

Organizado pela Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico e Inovação (Semde) e Departamento de Turismo de Pinhais, o passeio é gratuito e tem cerca de quatro horas de duração. As inscrições têm início no meio-dia desta quinta-feira e são limitadas. Saiba mais AQUI.

O passeio acontece de ônibus, por meio da Linha Turismo de Pinhais. Durante o roteiro, os participantes poderão visitar três cervejarias (Yellow Bird, Way Beer e Rubira), além de fazerem uma parada no Parque das Águas – onde está o Caneco, escultura em alusão à Rota da Cerveja – e outra no Bosque Municipal.

Essa é a segunda edição do tour cervejeiro no município. O primeiro passeio aconteceu em 12 de abril, quando 25 pessoas conheceram as cervejarias Coice da Mula, Lobos e Ovelha. Segundo a Prefeitura, a ideia é que o tour opere mensalmente, tornando o passeio uma programação fixa de Pinhais.

TAMANHO NÃO É DOCUMENTO – Pinhais é o menor município do Estado em área territorial, com cerca de 60 km² de território, conforme o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Como medida de comparação, a Capital do Paraná é quase oito vezes maior em extensão, com cerca de 430 km².

Apesar do tamanho, a cidade é economicamente forte na cultura cervejeira, tornando-se um polo a partir de 2017, com a criação da Lei Nº 1834 que instituiu a Rota da Cerveja Artesanal, atraindo muitas empresas e investimentos. É o que explica Fabiana Moraes, diretora do Departamento de Turismo da Prefeitura.

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“Hoje, a rota faz parte da economia do município, porque além da atratividade das cervejarias aos turistas e à própria população, elas também acarretam em geração de emprego e renda. Pinhais tem se consolidado como um grande polo cervejeiro, com qualidade, história e gastronomia, tornando esse pacote um produto turístico forte da região”, explicou.

OUTROS EXEMPLOS – Ainda no ano passado, a Heineken – uma das maiores marcas de cerveja do mundo – criou um tour envolvendo sua produção no Estado. O tour dura cerca de duas horas e só pode ser feito em dois municípios brasileiros: em Jacareí (SP) e Ponta Grossa, nos Campos Gerais do Paraná.

Com a inauguração da experiência Inside the Star, a unidade paranaense – que possui a maior produção de Heineken e Heineken 0.0 da companhia no Brasil – também passou a oferecer uma visitação, focada na conexão dos consumidores com o processo produtivo da bebida.

Outro exemplo que vale a pena conhecer fica em Foz do Iguaçu (Oeste), na Cervejaria 277 Craft Beer. O estabelecimento foi premiado na 4ª Copa Cerveja Brasil, realizada pela Associação Brasileira de Cerveja Artesanal (Abracerva) no final de 2024, em São Paulo (SP).

A Canoa Quebrada, rótulo foz iguaçuense, conquistou a medalha de prata no concurso, que reuniu cerca de 1.060 cervejas de 135 empreendimentos brasileiros. O título se somou as mais 240 medalhas e premiações conquistadas por empresas paranaenses no Festival Brasileiro da Cerveja – o maior do ramo no País – desde 2019, segundo a Procerva.

Fonte: Governo PR

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Egressa da rede estadual leva conhecimentos de programação a alunas do ensino médio

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Estefane de Lima, aluna egressa da rede estadual de ensino do Paraná, descobriu na programação um caminho de empoderamento, aprendizado e transformação social. Hoje universitária, ela cursa Engenharia da Computação e ministra ensino de programação a meninas estudantes da rede pública, dentro do projeto de incentivar mulheres na computação. A trajetória dela é alinhada ao princípio do Dia Internacional das Meninas nas Tecnologias de Informação e Comunicação (TIC), comemorado nesta quinta-feira, 24 de abril.

Instituída pela ONU, em 2010, a iniciativa fomenta a participação feminina na área de tecnologia por meio da promoção de ações de inclusão digital.

Estefane tinha 15 anos quando ganhou seu primeiro laptop, em 2020. Obrigada a estudar em casa devido às restrições impostas pela pandemia do coronavírus e prestes a ingressar no 2º ano do ensino médio, os pais pensaram que o computador poderia auxiliá-la nos estudos, que até então eram feitos pelo celular. Conseguiram, porém, muito mais que isso. “Para mim, se tornou uma porta para oportunidades que antes pareciam distantes”, lembra Estefane.

Natural de Rio Bom, município com pouco mais de 3 mil habitantes do Norte do Paraná, Estefane estudava no Colégio Estadual do Campo Dr. Rebouças quando, na mesma época, o Governo do Estado lançou o Edutech, programa de capacitação em tecnologia e programação para alunos da rede pública, desenvolvido em parceria com a Alura. Foi seu primeiro contato com programação, mais especificamente com desenvolvimento web. “Aprendi o básico de HTML, CSS e JavaScript, mas foi o suficiente para me encantar pela área e me incentivar a conhecer cada vez mais”.

Já em 2022, no último ano do ensino médio, Estefane uniu o interesse despertado pela programação a uma paixão antiga, a matemática. Ela escolheu o curso ao prestar o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), candidatou-se a uma vaga de Engenharia da Computação na Universidade Técnica Federal do Paraná (UTFPR), unidade de Apucarana, conquistando o terceiro lugar na classificação geral.

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“Quando iniciei minha graduação, senti que havia desbloqueado um novo mundo, cheio de oportunidades e novos caminhos”, recorda ela. “Entretanto, como mulher e ex-estudante de escola pública, passei por momentos desafiadores que colocaram à prova minhas escolhas”.

No segundo semestre do curso, Estefane precisou complementar sua renda, para contribuir com as finanças da família. A princípio em busca de um estágio, ela foi incentivada por um de seus professores, Fernando Barreto, a participar de um projeto de extensão recém-implantado na UTFPR. Foi assim que conseguiu uma bolsa de estudos para ministrar aulas de capacitação de professores da rede estadual em HTML, CSS e JavaScript. “As mesmas ferramentas de tecnologia que me fizeram entrar no mundo da programação e os mesmos professores que faziam parte da minha história na rede pública”.

INCENTIVO ÀS MULHERES – Mas Estefane não parou por aí. Ainda em meados de 2024, ela e uma amiga, Isabelle Rosvadoski Nofre, com quem estuda e divide uma casa, descobriram compartilhar um desejo em comum: um projeto para incentivar o ingresso de mulheres na área da computação.

“Eu conhecia mais do que ninguém todas as minhas dificuldades no curso de Engenharia de Computação, mas a Isabelle também tinha as suas, e provavelmente outras meninas que talvez nem conhecíamos, mas que passavam pelos mesmos entraves”, lembra.

Foi a partir desse desejo em comum que surgiu o Codificadoras, projeto de extensão que tem como objetivo ministrar oficinas de programação e robótica. Para coordenar o projeto, Estefane e Isabelle chamaram a professora Tamara Angélica Baldo, única mulher do corpo docente de Computação da UTFPR de Apucarana. O Codificadoras irá atender meninas do ensino médio e mulheres que já estejam envolvidas na área de computação.

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“Quando tinha 15 anos e ainda estava um pouco perdida, tenho certeza de que eu poderia ter sido uma aluna beneficiada por esse projeto. Agora, sei que ainda estou me desenvolvendo e trilhando meu caminho, mas já tenho condições de oferecer para outras pessoas as mesmas oportunidades que um dia recebi”, reflete Estefane. “Para mim, é isso que permite que alguém possa ir mais longe. E foi isso que me trouxe até aqui.”

DIA DAS MENINAS NAS TIC – Casos como o de Estefane ainda são raros. Segundo pesquisa do IBGE, divulgada em 2022, a presença feminina em cursos das áreas de Ciência da Computação e Tecnologia da Informação (TI) ainda é muito baixa. Naquele ano, apenas 15% dos concluintes eram mulheres.

Para mudar esse quadro, reduzindo a exclusão digital de gênero e incentivando a participação feminina nas carreiras da área de tecnologia, entre outros objetivos, foi criado o Dia Internacional das Meninas nas Tecnologias de Informação e Comunicação (TIC) pela União Internacional das Telecomunicações (UIT), agência vinculada à Organização das Nações Unidas (ONU).

“O Governo do Paraná acredita que a educação digital é capaz de transformar não só a vida dos alunos, mas também a sociedade”, declara o secretário estadual de Educação, Roni Miranda. “Por isso investimos no ensino tecnológico e incentivamos ações que busquem a afirmação e igualdade de gênero”, conclui.

Fonte: Governo PR

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