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CCJ aprova proposta que cria a política de naming rights e aproveitamento de espaços públicos

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A Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), presidida pelo deputado Ademar Traiano (PSD), aprovou a proposta do Governo do Estado que cria a Política Estadual de Aproveitamento Socioeconômico de Bens Públicos, incluindo a cessão onerosa do direito à denominação de bens públicos (naming rights), a cessão de uso de bens públicos para ações publicitárias e a adoção social de bens públicos.

O projeto de lei complementar 3/2025, explica o Governo, é uma espécie de marco zero sobre o tema. Além das três possibilidades, ele prevê a criação do Conselho Curador de Bens Públicos (CCBP), órgão colegiado e deliberativo formado por representantes do Estado e da sociedade civil, para organizar os bens públicos que podem ser alvo dessa política pública, e estabelece as regras gerais de cada modalidade e as vedações, como apologia ao crime ou promoção de atividades prejudiciais à saúde pública. A regulamentação acontecerá por decreto.

Também do Poder Executivo, os deputados analisaram e aprovaram o projeto de lei 119/2025 que institui o quadro próprio fazendário, com voto contrário dos deputados Ana Júlia (PT) e Renato de Freitas (PT).

CNH Social

Em regime de urgência, os deputados também debateram e aprovaram o projeto de lei 159/2025, do Poder Executivo, que institui o Programa Social de Formação, Qualificação e Habilitação Profissional de Condutores de Veículos Automotores (CHN – Social). A proposta visa garantir gratuitamente o acesso de pessoas de baixa renda à habilitação para condução de veículos.

O programa será gerido pelo Detran/Paraná e visa atender pessoas com renda familiar mensal igual ou inferior a três salários mínimos, estudantes da rede pública estadual (ensino médio), mulheres de baixa renda e pessoas com deficiência (PcD). Para participar do programa a pessoa tem que ser maior de idade e penalmente imputável; saber ler e escrever; possuir CPF e RG; comprovar residência no Paraná; estar inscrito no CadÚnico; e não ter penalidade de suspensão/cassação do direito de dirigir. Para aluno é necessário também ter concluído ou estar cursando o ensino médio na rede pública e comprovar bom desempenho escolar.

O programa, de acordo com o Governo, terá execução e custeio feitos pelo Detran/Paraná que poderá firmar convênios com clínicas, autoescolas, laboratórios e outras instituições. E os recursos podem vir do orçamento próprio, convênios, doações e emendas parlamentares. Ele recebeu voto contrário do deputado Renato Freitas (PT) que apresentou voto em separado que deverá virar emenda quando a votação for para Plenário.

Regime de urgência

Ainda do Poder Executivo, em regime de urgência e com emendas parlamentares, foram aprovados o projeto de lei complementar 02/2024 que altera a Lei Complementar nº 26/1985, que trata do estatuto da Procuradoria-Geral do estado e a Lei nº 14.234/2003, que cria o Fundo Especial da Procuradoria-Geral do Estado e revoga a Lei nº 18.919/2016, que autoriza a Procuradoria-Geral do Estado a celebrar composições em execuções fiscais; o projeto de lei 88/2025 que autoriza a concessão de uso da Pedreira do Atuba, em Colombo; o projeto de lei 89/2025 que altera as leis nº 17.046/2012, que dispõe sobre normas para licitação e contratação de Parcerias Público-Privadas, e nº 19.811/2019, que cria o Programa Parcerias do Paraná e o projeto de lei complementar 1/2025 que institui o Fundo Estadual para Custeios de Estudos e Projetos de Serviços Públicos Delegados.

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Educação

Também com emendas de Plenário foram aprovados os projeto de lei 787/2024, do Poder Executivo, que autoriza as instituições estaduais de ensino superior a criarem Programa de Segurança Alimentar e Nutricional para o corpo discente universitário os projetos de lei 125/2023 e 969/2023, que insere os parágrafos 1º e 2º no artigo 8º da lei nº 14.855/2005, que trata sobre padrões técnicos de qualidade nutricional, a serem seguidos pelas lanchonetes e similares, instaladas nas escolas de ensino fundamental e médio, particulares e da rede pública.

Autoria parlamentar

De autoria dos parlamentares, foi aprovado o projeto de lei 66/2025, do deputado Márcio Pacheco (PL), cria o Abril Verde e Amarelo, mês dedicado a ações de conscientização sobre a importância e a legitimidade da defesa da propriedade privada. A proposta teve dois votos contrários (dos deputados Ana Júlia e Renato Freitas, ambos do PT) e uma abstenção (deputado Luiz Claudio Romanelli (PSD). E o projeto de lei 58/2025, do deputado Hussein Bakri (PSD), que declara a carne de onça como patrimônio de natureza cultural imaterial do Paraná.

Retorno de diligência

Dois projetos com retorno de diligência foram analisados pelos deputados. O projeto de lei 993/2024, dos deputados Evandro Araújo (PSD) e Gugu Bueno (PSD), que determina que o projeto e a execução de obras de construção de rodovias estaduais incluam acostamento foi aprovado. O deputado Luiz Claudio Romanelli (PSD) solicitou que fosse anexado à proposta o projeto de lei 495/2024, de sua autoria, que trata do mesmo tema. Já o projeto de lei 557/2023, do deputado Renato Freitas (PT), que trata sobre a obrigatoriedade de fornecimento de documento de identidade físico aos egressos do sistema prisional no momento de sua soltura teve pedido de vistas solicitado pelo deputado Tito Barichello (União).

Títulos de cidadania

Os deputados também aprovaram duas propostas que concedem título de cidadania para pessoas que contribuem com o desenvolvimento do Paraná. São eles: o projeto de lei 456/2024, das deputadas Maria Victoria (PP) e Mabel Canto (PSDB) e do deputado Hussein Bakri (PSD), que concede o título de Cidadão Benemérito do Paraná ao desembargador Fernando Quadros da Silva. Natural de União da Vitória (PR), Fernando Quadros da Silva é desembargador e presidente do Tribunal Regional Federal da 4ª Região. Advogado especialista em Direito Penal e mestre em Direito do Estado.

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E o projeto de lei 710/2024, da deputada Luciana Rafagnin (PT), que concede o título de Cidadão Honorário do Paraná ao professor Evaristo Castanha. Ele é formado em Matemática, Ciências, Física, Biologia, Pedagogia e pós-graduação em Educação Religiosa e Escolar. Autor de vários livros, lecionou e influenciou gerações, se aposentando após 36 anos de trabalho com a comunidade de Francisco Beltrão e região.

Utilidade pública

Antes do término da reunião, os deputados aprovaram em bloco propostas que tratam da concessão de títulos de utilidade pública. São eles: projeto de lei 82/2025, do deputado Batatinha (MDB), à Associação dos Guardas Municipais de Foz do Iguaçu; o projeto de lei 90/2025, do deputado Thiago Bührer (União), à Associação Para Vida Sem Drogas de São José dos Pinhais; o projeto de lei 103/2025, do deputado Alexandre Curi (PSD), à Associação Desportiva Atlética Bituruna (Adab); o projeto de lei 97/2025, da deputada Cloara Pinheiro (PSD), à Associação de Voleibol Ibiporã e o projeto de lei 749/2024, do deputado Denian Couto (Podemos), ao Grupo Escoteiro Dom Orione – 112/PR de Curitiba.

Ao final do encontro, o presidente do colegiado, deputado Ademar Traiano (PSD), solicitou que todos os integrantes da Comissão recebam e analisem o projeto de lei 186/2023, das deputadas Maria Victoria (PP) e Cristina Silvestri (PP) e dos deputados Ademar Traiano (PSD), Ricardo Arruda (PL), Adão Litro (PSD), Soldado Adriano José (PP) e dos ex-deputados Marcel Micheletto (atual prefeito de Assis Chateaubriand) e Tiago Amaral (atual prefeito de Londrina), que estabelece sanções aos ocupantes ilegais e invasores de propriedades no estado do Paraná. Em breve ele deve ser analisado pela comissão. E a deputada Ana Júlia (PT), citando o artigo 78 do Regimento Interno da Assembleia, solicitou que seja analisada a possível substituição de um integrante do colegiado (o deputado Ricardo Arruda, do PL) devido a sua ausência a mais de quatro reuniões.

Fonte: ALPR PR

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IFPR anuncia criação de curso de Técnico em Defesa Civil em reunião on-line promovida pelo deputado Goura (PDT)

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O Instituto Federal do Paraná (IFPR) vai ofertar 500 vagas do curso Técnico em Defesa Civil, sendo que as primeiras 250 poderão estar disponíveis ainda no segundo semestre deste ano. A previsão é que, em 2026, sejam 250 vagas por semestre.

“O anúncio foi feito durante a reunião on-line que promovemos, nesta quinta-feira (10), em favor do fortalecimento da Defesa Civil no Paraná e sobre o nosso PL 689/2024, que institui a Semana Estadual de Prevenção de Desastres e o Dia dos Agentes da Defesa Civil”, informou o deputado estadual Goura (PDT).

“A oferta do curso Técnico em Defesa Civil pelo IFPR é consequência da ação da Reitoria, em parceria com o Instituto Federal Catarinense (IFC), que está coordenando o processo, e com o Ministério da Educação”, informou Goura.

Novo curso no IFPR

O deputado explicou que a informação foi divulgada pela pró-reitora de Ensino do IFPR, que estava representando o Reitor Adriano William Pereira no evento, Sheila Cristiana de Freitas. “O curso técnico em Defesa Civil terá três anos de duração e está em fase final de aprovação pelo MEC”, disse ela.

A pró-reitora explicou que a oferta do curso no IFPR é resultado de uma parceria com o Instituto Federal Catarinense (IFC), que já oferece essa formação.

“O IFC coordena a oferta do curso em Defesa Civil para as cinco regiões do país. O objetivo é fomentar a profissionalização em gestão de riscos e desastres, com a continuidade da oferta de vagas ao longo dos anos”, explicou ela.

“Graças a isso, vamos conseguir fazer com que o IFPR também se torne um polo na oferta desse curso tão importante, levando essa capacitação essencial, com esses quadros de profissionais tão necessários para a prevenção de desastres”, destacou Goura.

Reitor do IFPR

O reitor do IFPR, Adriano Willian da Silva Viana Pereira, parabenizou o deputado Goura pela iniciativa de propor o PL 689/2024. “Uma iniciativa importante diante de um cenário em que muitas pessoas, inclusive políticos, negam as mudanças climáticas e o que o nosso planeta está enfrentando”, comentou.

“Trazer essa reflexão, por meio da criação de uma semana estadual de prevenção de desastres, é muito relevante. Isso porque muitos dos desastres poderiam ser evitados por meio de ações e políticas públicas de contenção e prevenção desses fenômenos e também por novas práticas mais sustentáveis”, destacou o reitor Adriano.

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Reunião em favor da Defesa Civil

A reunião on-line para a promoção da Defesa Civil reuniu representantes de instituições estratégicas para a prevenção e a gestão de riscos no estado. Esse evento marcou mais uma etapa de articulação interinstitucional para fortalecer a formação técnica, a capacitação de agentes e a valorização das Defesas Civis Municipais.

Entre os participantes, a pesquisadora Fernanda Dalla Libera Damacena, do Projeto Elos (parceria entre PNUD, SEDEC e CEMADEN), compartilhou os principais dados do diagnóstico nacional sobre as capacidades e necessidades das defesas civis municipais.

Segundo ela, dados do Diagnóstico Municipal em Proteção e Defesa Civil, resultado de levantamento feito em 1.993 municípios brasileiros, realizado pelo Projeto Elos, uma iniciativa do Sedec/MDR, em parceria com o PNUD (ONU) e Cemaden/MCTI, escancara a fragilidade estrutural desses órgãos no país.

Diagnóstico Defesas Municipais

“Os dados revelam que 30% das defesas civis municipais não possuem sequer um computador e mais de 60% operam sem viaturas ou acesso a softwares básicos”, destacou Fernanda. “Mais da metade não conta com celular com internet para comunicar ações de prevenção e apenas 28% têm orçamento próprio, o que limita a autonomia e a capacidade de resposta.”

O diagnóstico mostra que quase metade das defesas civis está lotada diretamente no gabinete do prefeito, “o que pode comprometer a continuidade das ações técnicas.”

Para a especialista, a maior dificuldade apontada no diagnóstico está na fiscalização e controle de ocupações em áreas de risco. “Em meio a tudo isso, um desejo aparece com força: valorização profissional e reconhecimento do trabalho realizado”, destacou.

Importância do PL 689/2024

“Por isso, projetos como o PL 689/2024, que cria a Semana Estadual de Prevenção de Desastres e institui o Dia dos Agentes da Defesa Civil no calendário oficial do Paraná proposta perlo deputado Goura, são importantes”, afirmou.

Também presente na reunião, o major Daniel Lorenzetto, da Defesa Civil do Paraná, falou sobre as ações que vêm sendo desenvolvidas no estado. Ele chefia a Divisão de Gestão de Riscos e Desastres da CEDEC-PR e é diretor do Centro Universitário de Estudos sobre Desastres.

A coordenadora nacional do curso Técnico em Defesa Civil, Cleonice Maria Beppler, do Instituto Federal Catarinense (IFC), destacou os avanços na oferta da formação a distância, feita em parceria com outras instituições federais. Cleonice é mestre em Engenharia de Transportes e Gestão Territorial pela UFSC e especialista em Gestão de Emergências.

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Reconhecimento profissional

A reunião também contou com a presença de Maicon de Lima Soares, coordenador da Defesa Civil de Campo Largo. Mestrando em Inovação e Tecnologia pelo IFPR e aluno do curso Técnico em Defesa Civil, Maicon trouxe a perspectiva dos gestores municipais e defendeu o reconhecimento dos profissionais que atuam na linha de frente.

“Essa reunião é mais um passo na articulação entre instituições de ensino, órgãos estaduais e gestores locais, em busca de ações mais integradas e efetivas para enfrentar os impactos da crise climática e fortalecer a cultura da prevenção. Por isso, é importante esse PL 689/2024 e a valorização e capacitação das defesas civis municipais”, destacou Maicon.

Construção coletiva

“A nossa proposta, que está sendo construída com a participação de diversos entes e colaboradores, reconhece o trabalho essencial da Defesa Civil e amplia o debate sobre os efeitos da crise climática no estado”, disse.

Pelo projeto, a Semana de Prevenção de Desastres será realizada anualmente na segunda semana de outubro, com ações voltadas à educação, capacitação e mobilização social.

O Dia dos Agentes da Defesa Civil será celebrado todo 10 de abril, como forma de valorização profissional e institucional.

Segundo Goura, além de homenagear os agentes, a iniciativa busca ampliar a cultura da prevenção. “Queremos criar um ambiente permanente de conscientização e resiliência. A Defesa Civil tem um papel estratégico nesse cenário e precisa de mais apoio, estrutura e visibilidade.”

“A crise climática tem intensificado eventos extremos como enchentes, inundações e ondas de calor. É urgente que a sociedade esteja preparada e que os profissionais da Defesa Civil sejam reconhecidos e fortalecidos”, afirmou Goura.

A proposta prevê a realização de palestras, mutirões, campanhas educativas e outras atividades durante a semana, com foco em comunidades de risco. Também abre espaço para parcerias com entidades da sociedade civil e setor privado.

.O texto do projeto também prevê a publicação de materiais educativos, operações de fiscalização e ações de formação continuada. Entre os principais objetivos estão o estímulo à percepção de risco, o fortalecimento das boas práticas e a construção de respostas mais eficazes aos desastres.

“Não é só uma data no calendário. É uma política pública de prevenção e valorização de quem está na linha de frente. Esperamos contar com o apoio dos colegas parlamentares para aprovar essa pauta tão necessária”, finalizou o deputado.

Fonte: ALPR PR

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