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Paraná alcança maior participação da história na produção nacional de suínos

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O Paraná alcançou em 2024 a sua maior participação da história na produção nacional de suínos segundo dados mais recentes da Pesquisa Trimestral de abate de Animais do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). No último ano, os produtores paranaenses abateram 12,4 milhões de porcos, o equivalente a 21,5% de todos os abates ocorridos no Brasil no período.

Na última década, os produtores paranaenses de suínos mantiveram um ritmo constante de crescimento, o que fez com que a produção absoluta saltasse de 6,9 milhões em 2014 para os atuais 12,4 milhões em 2024. O aumento foi de 79% no período, acima da média nacional, que registrou uma variação positiva de 55%.

Em termos proporcionais, são cinco anos seguidos em que o Paraná amplia a sua participação nacional, que passou de 19,9% em 2019 para os atuais 21,5%.

Os resultados mais recentes mantêm o Estado como o segundo maior produtor de suínos do País, atrás apenas de Santa Catarina, responsável por 29,1% dos animais abatidos no último ano. A diferença entre os dois, no entanto, caiu, 0,7 ponto percentual entre 2023 e 2024, intervalo de tempo em que o Estado liderou o crescimento absoluto na produção de porcos e de frangos.

A expectativa é de que esses números tenham um reflexo direto na geração de novos empregos formais. Apenas no setor industrial, houve a criação de 4.060 vagas nos frigoríficos paranaenses voltados ao abate de suínos em 2023, de acordo com dados fornecidos pelo Ministério do Trabalho. Naquele ano, o Paraná foi responsável por 67% das vagas com carteira assinada criadas neste segmento.

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POLÍTICAS ESTADUAIS – O bom desempenho da agropecuária paranaense está ligado, entre outros fatores, às políticas públicas de incentivo ao setor desenvolvidas pelo Governo do Estado. Um dos principais marcos deste esforço aconteceu em maio de 2021, quando a Organização Mundial da Saúde Animal (OIE) reconheceu o Paraná como área livre de febre aftosa sem vacinação.

A chancela internacional foi um reconhecimento ao trabalho de sanidade feito no campo pelos próprios produtores, assim como as cooperativas agrícolas e os órgãos estaduais, e serviu como uma credencial para abrir novos mercados compradores da proteína animal produzida no Estado.

Desde então, as campanhas de vacinação que ocorriam duas vezes por ano foram substituídas pela atualização de rebanhos, cujo cadastro é obrigatório para garantir a rastreabilidade e a sanidade dos animais.

Durante a edição mais recente do Show Rural Coopavel, em Cascavel, em fevereiro deste ano, o presidente da Agência de Defesa Agropecuária do Paraná (Adapar), Otamir Cesar Martins, reforçou o compromisso do Governo do Estado com a biosseguridade (conjunto de medidas para prevenir, controlar e eliminar riscos biológicos) na criação de suínos e aves.

“O mundo não compra produtos, compra sanidade. Ao manter esse grau de sanidade e fortalecer a biosseguridade por meio do aprimoramento das técnicas de suinocultura e a avicultura, podemos continuar exportando e buscar novos mercados consumidores”, afirmou.

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Outro avanço ocorreu nesta terça-feira (18), em Curitiba, com o anúncio de um acordo de cooperação técnica entre o Instituto de Tecnologia do Paraná (Tecpar) e a empresa Biogenesis Bagó, da Argentina, que prevê a transferência e internalização de tecnologia para a criação de um banco nacional de antígenos e vacinas contra febre aftosa.

“Mais uma vez o Tecpar está fazendo a sua parte para ajudar não só a pecuária do Paraná, mas toda a estrutura que a produção de frango, suíno e gado traz para a economia do Estado”, disse o vice-governador Darci Piana, que participou do anúncio da nova parceria. “Precisamos nos antecipar contra doenças como a febre aftosa e a brucelose, por isso além dos cuidados que o Estado já toma vamos sair na frente com esta iniciativa para ajudar no crescimento da nossa pecuária”.

PRODUÇÃO DE PROTEÍNA – O Paraná liderou o crescimento nacional da produção de frangos e suínos no ano passado, de acordo com as Estatísticas da Produção Pecuária de 2024. O Estado produziu 53,3 milhões de frangos e 281,4 mil cabeças de suínos a mais em 2024 em relação a 2023, além de acumular altas também na produção bovina, de ovos e de leite. 

Na avicultura, o Estado se mantém como líder absoluto, sendo responsável por 34,2% da produção de frango no País. O setor teve um crescimento de 2,47% no abate em relação ao ano anterior, somando mais de 2,2 bilhões de aves produzidas no ano passado no Paraná, superando o recorde de 2023, quando esse número chegou 2,15 bilhões de unidades.

Fonte: Governo PR

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Paraná pode ter maior área de cevada da história e aumentar liderança nacional de produção

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A cultura da cevada, que está em início de plantio, volta a ganhar espaço no Paraná com previsão de se ter a maior área já semeada no Estado. Maior produtor desse cereal de inverno, o Paraná pode ter 94,6 mil hectares plantados e uma produção 40% superior à registrada no ano passado, chegando a 413,8 mil toneladas.

Esse é um dos assuntos detalhados no Boletim de Conjuntura Agropecuária referente à semana de 11 a 16 de abril. O documento do Departamento de Economia Rural (Deral), da Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento (Seab), também fala sobre as consequências climáticas em outras culturas e analisa o desempenho paranaense em proteínas animais.

Em 2024 o Paraná colheu 296,1 mil toneladas de cevada em 80,5 mil hectares. O aumento de 18% de áreas paranaenses a receber a cultura na safra que se inicia é reflexo principalmente do retorno de intenção de plantio na região de Guarapuava. A previsão é que sejam semeados 36,9 mil hectares, ou 25% superior aos 29,6 mil hectares colhidos ano passado.

Mesmo com esse aumento em Guarapuava, a região dos Campos Gerais ainda tem previsão de ter maior área plantada, com 38 mil hectares. “O ganho acontece especialmente na região de Guarapuava em função do ânimo com as melhores cotações e os resultados satisfatórios a campo experimentados no Centro-Sul paranaense em 2024”, afirmou o agrônomo Carlos Hugo Godinho, do Deral.

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As maltarias instaladas no Paraná precisam de malte, o que levou a recorde na compra. No primeiro trimestre foram adquiridas cerca de 200 mil toneladas para manter o Paraná como maior produtor de malte brasileiro. “A confirmação de uma produção maior e de boa qualidade é essencial para a diminuição da necessidade de importação de cevada”, disse Godinho.

SOJA E MILHO – O boletim fala ainda sobre perda de 5,3% no campo na primeira safra de soja. A região Sul até apresentou ganho de produtividade de 4,7%, no entanto as demais regiões, sobretudo o Noroeste, foram bastante impactadas pela estiagem e por ondas de calor atípicas.

As lavouras de milho estão com bom desempenho, principalmente nas regiões Sul e Sudoeste, que concentram a maior parte da área plantada. Mas, da mesma forma que na soja, as demais regiões sentem os efeitos de chuvas escassas e calor intenso.

PECUÁRIA – No setor pecuário, o documento do Deral salienta que as exportações de bovinos pelo Brasil geraram US$ 3,2 bilhões no primeiro trimestre de 2025. Em média, cada quilo de carne enviado ao Exterior custou US$ 4,78. No mesmo período de 2024 custava US$ 4,40.

No atacado, o traseiro e o dianteiro bovinos seguem com o preço em alta. Em média, são comercializados no Paraná por R$ 25,01 e R$ 18,54, respectivamente.

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SUINOS – O Paraná manteve, pelo quarto ano seguido, a liderança na produção de carne suína em frigoríficos sob inspeção estadual, que permite comercialização exclusiva no mercado interno. O Estado produziu 155,9 mil toneladas, respondendo por 20% da produção nacional nesse regime de inspeção.

Quanto ao número de animais abatidos em estabelecimentos com inspeção estadual, o Paraná é o terceiro, com 1,66 milhão de suínos. Por terem maior peso médio eles produzem mais quilos de carne. Quando se leva em conta a produção nas três instâncias de inspeção – federal, estadual e municipal – o Estado é o segundo colocado, com 12,4 milhões de suínos abatidos e produção de 1,14 milhão de toneladas de carne.

FRANGO – O Agrostat/Mapa, ferramenta que monitora o comércio exterior no segmento agropecuário, mostra que o Brasil exportou 1,3 milhão de toneladas de frango no primeiro trimestre de 2025, com faturamento de US$ 2,534 bilhões. No mesmo período do ano passado tinham sido 1,1 milhão de toneladas a US$ 2,101 bilhões.

O Paraná foi responsável por 559.108 toneladas no primeiro trimestre deste ano, volume 12,3% superior às 497.727 toneladas de 2024. Em receita, entraram no Estado US$ 1,041 bilhão, aumento de 12,7% sobre os US$ 847 milhões do ano anterior.

Fonte: Governo PR

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