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Paraná assina convênio com ABDI para o desenvolvimento de bengalas tecnológicas

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O Governo do Paraná, por meio da Secretaria Estadual de Inovação, Modernização e Transformação Digital (SEI), e a Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI), firmaram nesta quinta-feira (28) um convênio que tem como foco o desenvolvimento de soluções tecnológicas assistivas, com destaque para a criação de bengalas inteligentes para pessoas com deficiência visual. A ação também contará com apoio da Secretaria de Desenvolvimento Social e Família, colaborando nas etapas de identificação das necessidades e aplicação das soluções tecnológicas.

A proposta do convênio inclui o lançamento de um concurso público para o desenvolvimento de novas bengalas inteligentes, que poderão incorporar sensores, sistemas de navegação e inteligência artificial. O objetivo é oferecer uma solução mais durável, acessível e tecnologicamente avançada para os desafios enfrentados pelas pessoas cegas e com baixa visão. A expectativa é de que o concurso seja lançado no primeiro trimestre de 2025. O investimento do Estado na ação será de R$ 3 milhões.

O secretário da Inovação, Modernização e Transformação Digital, Alex Canziani, destacou que o convênio é inédito no Brasil, e se alinha às políticas públicas estaduais voltadas à inovação, já que parte da população cega ou com baixa visão não tem acesso às tecnologias assistivas pelo alto custo dos equipamentos no mercado.

“O Paraná tem sido um estado referência em projetos de tecnologia que impactam diretamente a qualidade de vida da população. Essa parceria com a ABDI reforça nosso compromisso com a acessibilidade e a inclusão por meio da inovação. O concurso de bengalas é apenas o primeiro passo de um plano mais amplo, que prevê a implementação de outras iniciativas voltadas para diferentes tipos de deficiência”, afirma Canziani.

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De acordo com dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o Paraná possui mais de 300 mil pessoas com deficiência visual total ou com alto nível de dificuldade de enxergar. Destas, mais de 80 mil estão cadastradas no Cadastro Único para Programas Sociais (CadÚnico), sendo 13 mil com cegueira total, e 82 mil com baixa visão.

Para o secretário do Desenvolvimento Social e Família, Rogério Carboni, essa é mais uma ação que busca a melhoria da qualidade de vida para as pessoas com deficiência. “Na gestão do governador Ratinho Júnior, tivemos um salto enorme nas políticas públicas de atendimento à pessoa com deficiência e essa é mais uma ação de respeito e fortalecimento da garantia de direitos.”

IMPACTO SOCIAL  Segundo o presidente da ABDI, Ricardo Cappelli, a colaboração com o Paraná é uma oportunidade de ampliar o impacto social da tecnologia no Brasil. “Queremos não só atender as demandas de acessibilidade com esses projetos, mas também incorporar tecnologias mais avançadas, como sensores, big data, internet das coisas e inteligência artificial, promovendo a segurança, autonomia de pessoas com deficiência visual e, sobretudo, a inclusão social”, destaca.

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Este será o primeiro concurso público desenvolvido pela SEI para contratação de uma nova tecnologia. A iniciativa fortalece instrumentos previstos no Marco Legal de Ciência, Tecnologia e Inovação do Paraná. O diretor de relações institucionais da SEI, Diego Nogueira, destaca que o Estado tem desenvolvido ações desde 2021 voltadas para o setor. “Esse será o primeiro concurso de inovação promovido pela nossa secretaria, consolidando o compromisso com avanços tecnológicos que transformem vidas.”

RECONHECIMENTO – Em 2024, o projeto paranaense de tecnologia assistiva Óculos Amigo foi o vencedor na votação popular da 28ª edição do Concurso Inovação no Setor Público, promovido pela Escola Nacional de Administração Pública (Enap). Idealizado em 2023 pela Secretaria da Inovação, em conjunto com as secretarias estaduais do Desenvolvimento Social e Família (Sedef) e da Educação (Seed), a ação promove a inclusão social e a melhoria da qualidade de vida de crianças e adolescentes com deficiência visual.

O projeto Óculos Amigo possibilitou a entrega do Orcam MyEye 2.0, um dispositivo de tecnologia assistiva, para 147 alunos da rede pública de ensino do Paraná. Por meio de uma câmera e saída de áudio, o equipamento fabricado em Israel fica acoplado à haste do óculos e usa a inteligência artificial para transmitir informações em tempo real aos usuários. Sem a necessidade de conexão à internet, o equipamento tem capacidade de ler textos em qualquer superfície, reconhecer diversos objetivos e cores e identificar até 200 rostos.

Fonte: Governo PR

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1 em cada 4 alimentos da agricultura familiar destinados às escolas do Paraná são orgânicos

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Pães caseiros, frutas, verduras e sucos naturais. Esses foram alguns dos alimentos orgânicos na alimentação escolar dos estudantes da rede estadual de ensino no último ano. A maior parte dos ingredientes é proveniente da agricultura familiar – 20 mil famílias paranaenses fornecem, para as escolas, mais de 10 mil toneladas de alimentos anualmente. Cerca de 1,4 mil dessas famílias atendem a demanda de orgânicos, que representa mais de 2,7 mil toneladas ou 25% de todos os produtos que vêm da agricultura familiar.

Em 2025, esse percentual tende a aumentar. O Governo do Paraná prevê incluir novos alimentos orgânicos ao cardápio. O processo de aquisição de leite e iogurte natural orgânicos já está em andamento.

Pela primeira vez, o Governo do Paraná participa com recursos próprios do montante utilizado para a contratação de produtos da agricultura familiar. A lei federal que esteve anteriormente em vigor limitava o valor para compras desse tipo a um teto de R$ 100 milhões. A partir da vigência da nova Lei de Licitações (nº 14133/2021), recursos estaduais também poderão ser aportados para esse fim, e o Governo do Paraná já destinou um adicional de R$ 175 milhões a essas contratações, chegando a R$ 275 milhões.

“No último ano, todas as escolas estaduais do Paraná receberam algum alimento orgânico, como frutas, arroz, legumes e tubérculos. Com a nova lei de licitação, pudemos estimular a participação de mais famílias de agricultores em nossa chamada pública. Ampliamos a oferta de alimentos oriundos da agricultura familiar aos nossos estudantes da rede pública do estado”, diz Eliane Teruel Carmona, diretora-presidente da Fundepar, responsável pela gestão estadual do programa voltado à alimentação escolar.

Os alimentos orgânicos são servidos pelo Governo do Paraná desde 2011, porém a quantidade e a variedade de opções vêm sendo ampliadas nos últimos anos, com a contribuição de iniciativas como o programa Paraná Mais Orgânico, que orienta os agricultores familiares com interesse em investir na produção orgânica.

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Mais de 195 mil estudantes da rede pública estadual de ensino têm frutas, hortaliças, legumes, temperos e tubérculos 100% orgânicos na alimentação escolar. Eles representam cerca de 20% dos estudantes da rede e estão distribuídos em 209 escolas de dez municípios do Paraná: Balsa Nova, Bocaiúva do Sul, Campo Magro, Cerro Azul, Curitiba, Doutor Ulysses, Mandirituba, Pinhais, São Mateus do Sul e Tijucas do Sul.

Além dos orgânicos provenientes da agricultura familiar – em maioria frutas, legumes e tubérculos –, também fazem parte do cardápio da alimentação escolar o arroz e feijões orgânicos, adquiridos via licitação. Com mais de 700 toneladas consumidas no ano passado, o arroz orgânico está presente em escolas de todos os 399 municípios paranaenses.

CARDÁPIO – A equipe de nutricionistas da Fundepar reavalia as opções de cardápio da alimentação escolar a cada 2 meses, de modo a garantir sempre a segurança alimentar e nutricional dos estudantes.

Frutas, verduras e legumes são servidos todos os dias nas escolas da rede pública estadual, para cerca de 1 milhão de alunos. Uma média de 100 gramas por dia de proteína animal também é calculada para compor o cardápio do bimestre de cada aluno. A alimentação escolar é responsável pelo suprimento de pelo menos 30% das necessidades alimentares dos estudantes.

“Sabemos que o rendimento escolar dos estudantes está diretamente relacionado à segurança alimentar e à qualidade nutricional das refeições. Por isso, todo investimento que fazemos em alimentação escolar é também um investimento no aprendizado dos nossos alunos em sala de aula”, afirmou o secretário de Estado da Educação, Roni Miranda. 

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O acesso dos estudantes a uma alimentação mais saudável na escola, com alimentos de qualidade e distribuídos em refeições balanceadas, é prioridade para a equipe de nutricionistas da Fundepar e também funciona como uma medida educativa dentro do universo da comunidade escolar.

A Fundepar possui uma parceria com a Secretaria de Estado de Saúde (Sesa-PR) no sentido de realizar a análise de resíduos de agrotóxicos nas amostras de alimentos a serem adquiridos e garantir que as exigências da legislação sejam cumpridas em todas as compras.

“Mais do que garantir a segurança alimentar e nutricional dos estudantes no período em que ficam na escola, estamos pensando no incentivo a hábitos que todos podem cultivar ao longo da vida: o de buscar alimentos mais saudáveis, para uma vida mais equilibrada e feliz”, diz a nutricionista Responsável Técnica do Programa Nacional de Alimentação Escolar da Fundepar, Andréa Bruginski.

CHAMADA PÚBLICA – A seleção dos produtos da agricultura familiar dispensa o procedimento licitatório, pois é feita por meio de chamadas públicas: os critérios são estabelecidos no edital de convocação exclusivo para agricultura familiar, publicado no site da Fundepar e aberto ao credenciamento das associações, cooperativas e dos produtores interessados.

As prioridades de seleção incluem fornecedores que mantenham proximidade a uma comunidade escolar, associações que possuam mais de 50% de agricultores assentados da reforma agrária, indígenas ou quilombolas e, por fim, se dentro dessas propostas há produção de alimento orgânico. Caso o fornecedor tenha interesse em ofertar um orgânico, ele manifesta esse diferencial no processo da chamada pública e envia a certificação que comprova a produção diferenciada.

Fonte: Governo PR

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