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Arte & Cultura conversa com autor do livro que conta a história do Teatro de Comédia do Paraná

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O entrevistado desta semana do programa Arte & Cultura, produzido pela TV Assembleia, da Assembleia Legislativa do Paraná, é o jornalista e produtor cultural Alvaro Colaço, que acaba de lançar um livro que conta a história do Teatro de Comédia do Paraná (TCP). O livro “Teatro de Comédia do Paraná – 60 Anos” conta uma trajetória que começou em 1963, dentro do Teatro Guaíra. Durante o bate-papo, o autor falou sobre a história e curiosidades das seis décadas do TCP. A entrevista vai ao ar nesta quinta-feira, às 13h10, no Canal 10.2 da TV Assembleia, com reprises às sextas-feiras às 17 horas. Na quinta, às 13h30, a atração está disponível no canal do YouTube do Poder Legislativo.

A intensa pesquisa feita pelo jornalista resultou em uma obra de mais de 500 páginas que registra todas as 74 peças apresentadas pelo TCP, incluindo adaptações de textos de William Shakespeare, Millôr Fernandes, Henrik Ibsen e Dalton Trevisan. O livro também traz detalhes da participação de atores já consagrados de outros centros no grupo, como Cláudio Correia e Castro, Paulo Goulart e Nicette Bruno, além de Paulo Autran. Trata ainda da participação de grandes artistas paranaenses, como Oraci Gemba, Lala Schneider, Antonio Carlos Kraide e Edson Bueno.

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O livro traz a memória e o legado histórico do TCP, resgatando montagens que marcaram o teatro paranaense. “O convite para escrever a obra surgiu de Áldice Lopes, diretor artístico do Teatro Guaíra. Antes, não existia nada sobre o tema. Não se sabia quantas peças haviam sido produzidas. Era uma história que necessitava ser contada”, diz.

Alvaro Collaço traz o registro e detalhes de todas as montagens produzidas unicamente pelo TCP, com um vasto acervo documental, incluindo informações sobre encenações icônicas baseadas em obras de dramaturgos consagrados. “No livro, decidimos que cada uma dessas peças representaria um capítulo. Buscamos atores e diretos que participaram dessas peças”, revela. O autor entrevistou 92 pessoas para escrever a obra. Além disso, fez pesquisas em jornais da época, publicações de críticas, livros, programas e espetáculos e entrevistas em vídeos. Em todos os espetáculos produzidos, mais de 1.500 pessoas trabalharam junto às montagens ao longo de 60 anos.

Collaço lembra que antes da criação do TCP, as produções no Estado eram amadoras. O momento que se tornou um marco foi a estreia de “Um Elefante no Caos”, primeira peça encenada pelo grupo em 1963, com texto de Millôr Fernandes e direção de Cláudio Corrêa e Castro. Segundo o autor, esta montagem será o sempre um símbolo da transformação no teatro do Paraná. Segundo ele, o primeiro espetáculo consolidou o teatro profissional no Estado. “Antes disso, ninguém viva de teatro no Paraná”, reforça.

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Além de celebrar a memória do TCP com o lançamento do livro que traz as memórias das peças encenadas, o Teatro Guaíra anuncia que em março de 2025, grupo vai encenar a peça “Daqui Ninguém Sai”. O espetáculo é uma homenagem ao centenário do escritor curitibano Dalton Trevisan, com direção de Nena Inoue.

O programa Arte & Cultura traz artistas, músicos, cineastas e comunicadores paranaenses e brasileiros para debater a produção cultural e histórica do Paraná e do Brasil. A cada semana, atração recebe grupos folclóricos, coreógrafos, maestros, diretores de museus, artistas plásticos, diretores e produtores de teatro, escritores e poetas para um papo descontraído sobre o mundo das artes. O programa é gravado no Salão Nobre da Assembleia Legislativa, num cenário com piano de cauda e obras do artista paranaense Poty Lazzarotto.

Fonte: ALPR PR

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Assembleia recebe a exposição “Araucárias Vivas” do artista plástico Toto Lopes

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“Araucárias Vivas” é o tema da exposição do artista plástico Toto Lopes, aberta nesta segunda-feira (05), no Espaço Cultural da Assembleia. A mostra, uma iniciativa da deputada Cristina Silvestri (PP), é um convite à reflexão sobre a relação entre arte, natureza e sustentabilidade, através de esculturas únicas que emergem do refugo de tapumes de obra e compensados de madeira reflorestada. “Nós temos que valorizar o que é nosso. O Toto é um artista, eu sempre digo, que ama o Paraná. E ele consegue transmitir esse amor através da sua arte, representando a nossa história, a nossa cultura, as nossas raízes”, disse a deputada, ao destacar que o que ela mais valoriza no artista é o seu lado social, o seu lado humano.

“Ele trabalha com crianças, com idosos, com crianças especiais, transformando objetos que provavelmente iriam para o lixo em arte levando esperança às pessoas, transformando a vida deles. Além disso, ele faz pinturas lindas em hospitais de crianças e de forma voluntária. Então esse lado social do Toto também me encanta muito. Por isso, é uma pessoa que merece ser homenageada e que sua obra seja divulgada para o Paraná e para o mundo”, disse a deputada, ao entregar uma menção honrosa ao artista, como forma de reconhecimento à sua contribuição para a cultura do estado.

Presente na aberta da mostra, o presidente da Assembleia, deputado Alexandre Curi (PSD), disse que é importante valorizar aqueles que valorizam o Paraná como Toto Lopes que é um apaixonado por esse estado, e que tem no pinheiro araucária, sua principal referência. “Para nós é uma honra muito grande ter você aqui nessa Casa e, em nome dos 54 deputados, quero agradecer todo o trabalho que você faz como artista, mas principalmente o trabalho que você faz divulgando o estado do Paraná, esse estado que é pujante, de gente séria, de gente trabalhadora, que está vivendo um momento extraordinário, mas que tem que valorizar os nossos artistas”, afirmou.

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Preservação

Toto Lopes falou um pouco sobre a sua exposição. “São araucárias que são feitas com reaproveitamento de material, tapumes de obra, compensados, que eu reutilizo e transformo elas em arte”, explicou. “A escolha de trabalhar com madeira reflorestada não é apenas uma opção estética, mas uma declaração de compromisso com a preservação ambiental e a valorização dos recursos naturais”, disse, ao destacar que a coleção “Araucárias Vivas” se inspira na majestosa araucária angustifolia, uma árvore que desempenha um papel vital em nosso ecossistema, mas que está ameaçada de extinção. “Minhas esculturas servem como um poderoso lembrete da fragilidade da natureza e da importância de sua preservação”, alertou. “É uma forma de repensar nossos hábitos de consumo e a importância de uma abordagem mais consciente em relação ao meio ambiente, é promover essa jornada de transformação e conscientização ambiental através da arte”, finalizou.

O artista também tem uma ligação grande com a questão social. “Na minha infância eu tive o privilégio de participar de um projeto gratuito, que transformava a arte junto com as crianças. Eu fui privilegiado de ter participado desse projeto e eu vi que a arte realmente tem um poder de transformação na vida de pessoas. E, hoje, eu utilizo a minha arte como um reflexo de tudo que eu recebi, mas também plantando várias sementinhas aí, mostrando para as crianças que a arte pode mudar a vida delas também”, explicou. A mostra fica em cartaz até o dia 09 de maio, das 09 horas às 18 horas, no Espaço Cultural da Assembleia.

Perfil

Tanielton Lopes Pereira, conhecido como Toto Lopes, nasceu em Campo Largo (PR), é especialista em reutilização de materiais descartados e formado em artes visuais pela Universidade Federal do Paraná (UFPR). É um artista plástico autodidata, fundador da Toto Artes – Soluções Artísticas e se destaca pelo impacto social de seu trabalho.
Desde 2007, ministra oficinas de artes plásticas em projetos sociais do município de Campo Largo e Região Metropolitana de Curitiba, desenvolvendo oficinas para todos os públicos e faixas etárias, incluindo crianças com vulnerabilidade social, portadores de necessidades especiais, adultos, idosos, dentre outros.

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É idealizador e coordenador do Projeto Eco Natal que mobilizou mais de cinco mil pessoas para criar a decoração natalina de Campo Largo com materiais recicláveis; do projeto “Fazendo Arte”, que já atendeu mais de três mil crianças com vulnerabilidade social e do projeto “Medicando Alegria”, que visa levar apresentações de teatro, contação de história, música, circo para pacientes, familiares e funcionários de hospitais. Toto também é voluntariado do HI Hospital Infantil Waldemar Monastier, em Campo Largo. Além de ter suas obras reconhecidas no Brasil, o quadro “A Santa”, participou de três mostras de arte em Napoli e Roma (Itália), sendo uma delas o “Fórum Mundial da Cultura pela Paz”, organizada pena Unesco.

Premiações

O artista já recebeu diversas premiações, entre elas o prêmio de honra ao mérito “Professora Odila Portugal Castagnoli”, pelos relevantes serviços prestados a cidade e a cultura de Campo Largo; o “Prêmio Personalidades Empreendedoras do Paraná”, pelos relevantes serviços prestados para sociedade paranaense e a “Medalha das Ordens das Araucárias”, conferida pelo Tribunal Regional do Trabalho do Paraná (TRT/PR). Sua obra “Acaé Azul” foi reconhecida pelo Governo do Paraná para fazer parte do acervo artístico do cerimonial do estado, assim como a obra “Mestre Fandangueiro do Paraná”, que já faz parte do acervo artístico do Palácio Iguaçu.

Fonte: ALPR PR

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