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Governo do Paraná conclui capacitação de 540 brigadistas florestais em 100 municípios

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Os 100 municípios paranaenses que possuem ou estão próximos das 73 Unidades de Conservação (UCs) estaduais, gerenciadas pelo Instituto Água e Terra (IAT), ou que possuam próprias áreas de proteção ambiental, contam agora com equipes treinadas para auxiliar no combate a incêndios florestais e ambientais. Eles podem reduzir o tempo de resposta até a chegada do Corpo de Bombeiros Militar do Paraná (CBMPR).

Promovido pelo Governo do Estado e iniciado em 8 de outubro, o cronograma de treinamentos foi concluído nesta sexta-feira (22), com a últimas turmas em Londrina, Maringá e Apucarana. Ao todo 540 pessoas participaram do curso de 16 horas realizado em dois dias, com aulas teóricas e atividades práticas.

A Força-Tarefa de Combate a Queimadas ofereceu aulas em todas as regiões do Estado, numa parceria entre a Defesa Civil Estadual e o CBMPR. Segundo o coordenador estadual da Defesa Civil, coronel Fernando Schunig, o conteúdo preparou as turmas para agir diante de situações de pequeno, médio e grande porte. “Essa iniciativa busca diminuir o tempo de resposta que a defesa civil e CBMPR tem em alguns locais onde não há o serviço de bombeiro implantado”, explica.

Nos treinamentos, os brigadistas tiveram conteúdo abrangendo noções sobre prevenção e teoria de propagação do fogo em florestas, além de técnicas e táticas para o combate a incêndios florestais e ambientais. Os treinamentos foram executados levando em conta o deslocamento dos servidores de acordo com a abrangência de cada uma das Coordenadorias Regionais de Proteção e Defesa Civil (Corpedec), com turmas de até 30 pessoas.

Para o subcomandante-geral do Corpo de Bombeiros, coronel Antonio Hiller Lino, a Operação de Prevenção e Combate a Incêndios Florestais vem mostrando anualmente que a melhor solução para impedir e combater a propagação de incêndios é o trabalho integrado entre os órgãos governamentais e a sociedade civil.

“Esse esforço coletivo tem funcionado muito bem no nosso Estado. Desse modo, o CBMPR vê como muito importante a capacitação desses 500 brigadistas, treinados para prestar apoio a 100 municípios paranaenses. Essa iniciativa garante ao Paraná braços extras para o combate a focos de incêndio, para que eles sejam debelados antes de se tornarem ameaças mais sérias ou, pelo menos, para controlar a situação até que o Corpo de Bombeiros possa chegar ao local para executar seu trabalho”, avalia.

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REFORÇO EM TODO O ESTADO – Nesta semana, servidores de nove municípios dos Campos Gerais estiveram em Ponta Grossa para participar do treinamento. O engenheiro Rafael Vaeza trabalha em Telêmaco Borba, região com extensas plantações de pinus e eucaliptos, além das áreas de mata nativa. “Gostei muito da parte técnica e também usamos equipamentos bons na prática. É importante ter essa qualificação para poder auxiliar no futuro, se for necessário”, avalia.

Everton Martins, que trabalho como motorista em Tibagi, por diversas vezes foi a campo auxiliar na tentativa de conter as chamas que atingiram o cânion do Guartelá, principal atração turística do município. “Esse aprendizado do curso vai nos ajudar bastante, temos uma grande área onde vivem muitos animais”, explica.

“Temos uma área de proteção na Usina Mauá onde já tivemos incêndios florestais. No curso aprendemos coisas que eu não sabia como o uso de equipamentos bem interessantes”, avalia Robson Maciel, servidor de Ortigueira.

Todos os servidores receberem um kit completo com equipamentos de proteção individual (EPI), como capacete, óculos, luvas e bandana, e das ferramentas de trabalho como abafadores, sopradores e material para fazer aceiros (área em que se retira a vegetação para prevenir a passagem ou propagação do fogo) .

KIT PICAPE – O governo estadual também vai fornecer para as prefeituras um kit picape, equipamento com bomba e reservatório com capacidade para 400 litros de água que pode ser usado na carroceria de caminhonetes para o combate direto ao fogo em locais de difícil acesso.

“Essa ação de treinamento e formação de brigadistas, reforça o cuidado que o governo Ratinho Junior tem para com a natureza. Estamos capacitando pessoas para que possam nos ajudar a combater as queimadas florestais, agindo tecnicamente e com rapidez diante de uma questão tão séria nos dias atuais”, destaca o secretário de Estado do Desenvolvimento Sustentável, Everton Souza.

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AUMENTO DAS OCORRÊNCIAS – No total acumulado do ano, até o dia 18 de novembro, o Paraná registrou 13.247 chamados para combater incêndios florestais. Como comparação, no ano passado inteiro, haviam sido 6.483; e, no anterior, 4.659. Só em setembro foram 2.233 ocorrências – mais do que o dobro de situações no mesmo mês ano passado, com 924 casos.

As principais ocorrências foram nos municípios de Ponta Grossa e Palmeira, nos Campos Gerais. No final de setembro dois incêndios mobilizaram um grande contingente do Corpo de Bombeiros para conter as chamas numa área de mata às margens da BR-376, perto do autódromo de Ponta Grossa. As pistas da rodovia foram interditadas nos dois sentidos pela Polícia Rodoviária Federal (PRF) por causa da espessa coluna de fumaça que se formou. O fogo consumiu uma área de 103 hectares de mata nativa.

Outra situação grave aconteceu em Palmeira onde as chamas atingiram cerca de 20 hectares nas proximidades da Fazenda Baroneza, propriedade do Exército Brasileiro. Nas duas ocorrências o Governo do Paraná acionou aeronaves específicas para o combate em ações combinadas com as equipes de solo para obter maior eficiência.

“Foi a primeira vez em que nós contratamos aviões de asa fixa, que carregam um boa quantidade de água e chegam a locais de difícil acesso por terra. Quando a ação é em conjunto com quem está em solo o resultado é muito melhor e evitamos perdas ambientais maiores”, avalia o coordenador da Defesa Civil, coronel Fernando Schunig.

“O cenário que tivemos esse ano pode se repetir. Estamos trabalhando antecipadamente para que quando ocorrerem incêndios estejamos com os materiais nos municípios e o pessoal treinado e em condições de atuar em apoio à Defesa Civil e o Corpo de Bombeiros”.

Fonte: Governo PR

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1 em cada 4 alimentos da agricultura familiar destinados às escolas do Paraná são orgânicos

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Pães caseiros, frutas, verduras e sucos naturais. Esses foram alguns dos alimentos orgânicos na alimentação escolar dos estudantes da rede estadual de ensino no último ano. A maior parte dos ingredientes é proveniente da agricultura familiar – 20 mil famílias paranaenses fornecem, para as escolas, mais de 10 mil toneladas de alimentos anualmente. Cerca de 1,4 mil dessas famílias atendem a demanda de orgânicos, que representa mais de 2,7 mil toneladas ou 25% de todos os produtos que vêm da agricultura familiar.

Em 2025, esse percentual tende a aumentar. O Governo do Paraná prevê incluir novos alimentos orgânicos ao cardápio. O processo de aquisição de leite e iogurte natural orgânicos já está em andamento.

Pela primeira vez, o Governo do Paraná participa com recursos próprios do montante utilizado para a contratação de produtos da agricultura familiar. A lei federal que esteve anteriormente em vigor limitava o valor para compras desse tipo a um teto de R$ 100 milhões. A partir da vigência da nova Lei de Licitações (nº 14133/2021), recursos estaduais também poderão ser aportados para esse fim, e o Governo do Paraná já destinou um adicional de R$ 175 milhões a essas contratações, chegando a R$ 275 milhões.

“No último ano, todas as escolas estaduais do Paraná receberam algum alimento orgânico, como frutas, arroz, legumes e tubérculos. Com a nova lei de licitação, pudemos estimular a participação de mais famílias de agricultores em nossa chamada pública. Ampliamos a oferta de alimentos oriundos da agricultura familiar aos nossos estudantes da rede pública do estado”, diz Eliane Teruel Carmona, diretora-presidente da Fundepar, responsável pela gestão estadual do programa voltado à alimentação escolar.

Os alimentos orgânicos são servidos pelo Governo do Paraná desde 2011, porém a quantidade e a variedade de opções vêm sendo ampliadas nos últimos anos, com a contribuição de iniciativas como o programa Paraná Mais Orgânico, que orienta os agricultores familiares com interesse em investir na produção orgânica.

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Mais de 195 mil estudantes da rede pública estadual de ensino têm frutas, hortaliças, legumes, temperos e tubérculos 100% orgânicos na alimentação escolar. Eles representam cerca de 20% dos estudantes da rede e estão distribuídos em 209 escolas de dez municípios do Paraná: Balsa Nova, Bocaiúva do Sul, Campo Magro, Cerro Azul, Curitiba, Doutor Ulysses, Mandirituba, Pinhais, São Mateus do Sul e Tijucas do Sul.

Além dos orgânicos provenientes da agricultura familiar – em maioria frutas, legumes e tubérculos –, também fazem parte do cardápio da alimentação escolar o arroz e feijões orgânicos, adquiridos via licitação. Com mais de 700 toneladas consumidas no ano passado, o arroz orgânico está presente em escolas de todos os 399 municípios paranaenses.

CARDÁPIO – A equipe de nutricionistas da Fundepar reavalia as opções de cardápio da alimentação escolar a cada 2 meses, de modo a garantir sempre a segurança alimentar e nutricional dos estudantes.

Frutas, verduras e legumes são servidos todos os dias nas escolas da rede pública estadual, para cerca de 1 milhão de alunos. Uma média de 100 gramas por dia de proteína animal também é calculada para compor o cardápio do bimestre de cada aluno. A alimentação escolar é responsável pelo suprimento de pelo menos 30% das necessidades alimentares dos estudantes.

“Sabemos que o rendimento escolar dos estudantes está diretamente relacionado à segurança alimentar e à qualidade nutricional das refeições. Por isso, todo investimento que fazemos em alimentação escolar é também um investimento no aprendizado dos nossos alunos em sala de aula”, afirmou o secretário de Estado da Educação, Roni Miranda. 

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O acesso dos estudantes a uma alimentação mais saudável na escola, com alimentos de qualidade e distribuídos em refeições balanceadas, é prioridade para a equipe de nutricionistas da Fundepar e também funciona como uma medida educativa dentro do universo da comunidade escolar.

A Fundepar possui uma parceria com a Secretaria de Estado de Saúde (Sesa-PR) no sentido de realizar a análise de resíduos de agrotóxicos nas amostras de alimentos a serem adquiridos e garantir que as exigências da legislação sejam cumpridas em todas as compras.

“Mais do que garantir a segurança alimentar e nutricional dos estudantes no período em que ficam na escola, estamos pensando no incentivo a hábitos que todos podem cultivar ao longo da vida: o de buscar alimentos mais saudáveis, para uma vida mais equilibrada e feliz”, diz a nutricionista Responsável Técnica do Programa Nacional de Alimentação Escolar da Fundepar, Andréa Bruginski.

CHAMADA PÚBLICA – A seleção dos produtos da agricultura familiar dispensa o procedimento licitatório, pois é feita por meio de chamadas públicas: os critérios são estabelecidos no edital de convocação exclusivo para agricultura familiar, publicado no site da Fundepar e aberto ao credenciamento das associações, cooperativas e dos produtores interessados.

As prioridades de seleção incluem fornecedores que mantenham proximidade a uma comunidade escolar, associações que possuam mais de 50% de agricultores assentados da reforma agrária, indígenas ou quilombolas e, por fim, se dentro dessas propostas há produção de alimento orgânico. Caso o fornecedor tenha interesse em ofertar um orgânico, ele manifesta esse diferencial no processo da chamada pública e envia a certificação que comprova a produção diferenciada.

Fonte: Governo PR

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