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Produções audiovisuais de ex-alunos da Unespar são destaques nacionais

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Profissionais ligados à Universidade Estadual do Paraná (Unespar) estão tendo destaque no circuito audivisual nacional. Em agosto, no 52º Festival de Cinema de Gramado – principal premiação do país -, cineasta Adriel Nizer, formado em cinema e audiovisual pela Unespar, conquistou o Troféu Kikito de melhor roteiro, com o curta-metragem “A Casa Amarela”.

Outros dois profissionais relacionados à Unespar estão envolvidos em grandes projetos. O baiano Aly Muritiba, indicado ao Emmy Internacional em 2022 pela série documental “O Caso Evandro”, e o paranaense Bruno Costa, que dirigiu Mirador (2021), drama ganhador do prêmio Ibero-American Film Festival Miami 2021. Atualmente os dois cineastas estão à frente da direção da série Cidade de Deus, da plataforma Max, derivada do filme homônimo lançado em 2002 e amplamente premiado.

Proporcionando formação acadêmica e experiências práticas, a Unespar contribui para a qualificação de profissionais preparados para o mercado da produção cinematográfica e de audiovisual paranaense, que segue a tendência nacional de expansão. A instituição de ensino superior ligada ao Governo do Estado conta com um curso de graduação na modalidade de bacharelado e com um curso de mestrado em nível de pós-graduação na área.

O cineasta Luis Fernando Severo, que integra o corpo docente da instituição, destaca o impacto da graduação na produção do cinema paranaense. “Na criação do curso, o cinema vinha de um período de estagnação, com baixo investimento e pouca renovação de profissionais nas várias áreas”, afirma. “À medida que as primeiras turmas se formaram, surgiram roteiristas, diretores, fotógrafos, editores e técnicos de som, que supriram uma carência no estado”, salienta o docente, que acumula experiência em mais de 40 filmes premiados no Brasil e no exterior e com mais de 70 prêmios nacionais e internacionais.

Para o diretor e crítico Wellington Sari, egresso da terceira turma do curso, a formação superior integra diferentes perspectivas para pesquisa e o ensino em cinema e o audiovisual. “A influência que o curso da Unespar teve para o cenário paranaense é gigante, uma vez que o curso promoveu o encontro de diversas pessoas, às vezes de outros estados, o que proporcionou essa troca muito interessante”, pontua o profissional, que também é mestre pelo Programa de Pós-Graduação em Cinema e Artes do Vídeo da Unespar.

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NOVOS NOMES – Entre os profissionais graduados mais recentemente pela Unespar, estão nomes que já vêm se destacando no cenário local da produção audiovisual, como Gabriel Borges e Mia Marzy, formados nos anos de 2021 e 2024, respectivamente.

Natural de Ponta Grossa, na região dos Campos Gerais, o egresso atua, principalmente, na área de curadoria para festivais, cineclubes e mostras de filmes, como o Festival Internacional de Curitiba Olhar de Cinema, o Festival do Cinema Universitário Brasileiro Metrô, o Festival do Cinema Negro Brasileiro Griô e o Festival de Finos Filmes.

“Cada vez mais, produções regionalizadas surgem em diferentes centros fora do eixo Rio-São Paulo, apoiadas por leis como a Aldir Blanc e a Paulo Gustavo, que visam à capitalização e democratização do acesso. E é fundamental que esses recursos cheguem a outras cidades e centros de produção que antes não eram contemplados”, sinaliza o produtor, que também concluiu o curso de mestrado em cinema e artes do vídeo.

Com dez anos de carreira artística, a atriz e produtora Mia Marzy atua principalmente na produção de filmes de guerrilha, os chamados filmes de curta e longa-metragem com pouco ou nenhum orçamento. De acordo com a egressa da Unespar, a trajetória profissional, aliada à formação acadêmica, proporciona qualificação e novas oportunidades de trabalho.

“Posso dizer que a minha vida profissional mudou muito depois da graduação em cinema e audiovisual da Unespar, pois além do aprendizado teórico, do repertório de filmes e dos exercícios práticos, logo no primeiro semestre da faculdade fui indicada por um professor para participar de uma produção cinematográfica e depois disso muitos outros trabalhos começaram a surgir, frutos desse diálogo na universidade”, explica.

Na filmografia, Mia reúne produções como Traição Entre Amigas (2024) e Doutor Monstro (2023). Ela também atuou na organização dos eventos de pré-estreia do filme Estômago 2 (2024), em Curitiba, Rio de Janeiro e São Paulo. A produção é uma sequência do aclamado Estômago (2007), do diretor paranaense Marcos Jorge.

POLÍTICAS PÚBLICAS – No Paraná, o Governo do Estado, por meio da Secretaria da Cultura (Seec), atua para desenvolver políticas públicas relacionadas ao setor do cinema e produção audiovisual. Exemplo desse compromisso governamental, o Programa Estadual de Fomento e Incentivo à Cultura do Paraná (Profice) assegura isenção fiscal do Imposto sob Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) para fomentar a atividade cultural em todo o território paranaense.

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Outra política pública é o Programa de Filmagens e Gravações, também chamado de PrFilm Commission, que tem amparo no decreto n.º 3.000/2023, com o objetivo de promover e apoiar a realização de filmes, séries e outros projetos audiovisuais. A iniciativa oferece apoio logístico na busca por locações e infraestrutura e orienta os produtores sobre incentivos fiscais e financeiros. O programa posiciona o Paraná como um destino atrativo para filmagens, contribuindo para o desenvolvimento do setor audiovisual e a economia criativa.

SETOR PRODUTIVO – O Paraná é um dos estados com mais produtoras de audiovisual, atrás apenas de Minas Gerais, Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro e São Paulo, segundo a Agência Nacional de Cinema (Ancine) e o Sindicato da Indústria Audiovisual do Paraná (Siapar).

Um estudo realizado pelo Sindicato Interestadual da Indústria Audiovisual (Sicav), em parceria com a Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan), aponta que o setor responde por R$ 27 bilhões do Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil. Das 300 empresas participantes desse levantamento, 15 são do Paraná.

CURSO – Desde a implantação da graduação em cinema e audiovisual, em 2005, a Unespar já formou 240 profissionais, que atuam em diferentes segmentos, como produção, direção, edição e roteirização, com impacto positivo no desenvolvimento do setor produtivo na região Sul e em todo o país. Atualmente, o curso é um dos mais procurados entre as 84 opções ofertadas pela instituição estadual de ensino superior. Até o fim dos anos 1990, quem tinha interesse em estudar a sétima arte contava apenas com cursos livres e disciplinas isoladas em cursos de comunicação social.

O curso também capacita profissionais em conhecimentos técnicos e artísticos específicos, a exemplo de fotógrafos, sonoplastas, animadores, cenógrafos e figurinistas. Durante a trajetória de formação, os alunos são habilitados para a análise e crítica do cinema e do audiovisual, por meio de pesquisa acadêmica nos campos da história, estética, crítica e preservação, com aspectos que envolvem a economia e a política do cinema e do audiovisual.

Fonte: Governo PR

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Decreto isenta de ICMS biogás, biometano e combustível sustentável de avião no Paraná

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O governador Carlos Massa Ratinho Junior assinou nesta segunda-feira (05) o Decreto nº 9.817 que concede isenção sobre o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) em operações para aquisições de bens destinados à fabricação de combustível sustentável de aviação (SAF, na sigla em inglês), biometano, biogás, metanol e CO2. 

Além disso, o decreto também concede a isenção do ICMS na aquisição de máquinas, equipamentos, aparelhos e componentes para geração de energia a partir do biogás, como bombas de ar ou de vácuo, compressores de ar ou de outros gases e ventiladores; coifas aspirantes, contadores de gases. As duas medidas buscam tornar o Paraná mais competitivo na atração de negócios em energia renovável, alavancando o desenvolvimento estadual.

O decreto internaliza os convênios 161/2024 e 151/2021, aprovados pelo Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz) durante o Encontro Nacional dos Secretários da Fazenda em dezembro. Com a regulamentação, as isenções já estão em vigor. 

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De acordo com o secretário estadual da Fazenda, Norberto Ortigara, a ideia é justamente estimular investimentos em combustíveis sustentáveis no Paraná, colocando o Estado em posição de destaque no cenário nacional. “Queremos consolidar o Paraná como uma referência e um polo na produção de novas energia e incentivos fiscais, como a isenção do ICMS, são formas de pavimentar esse caminho, estimulando investimentos no setor”, explica.

Um dos objetivos da iniciativa, aponta Ortigara, está em tornar o biometano economicamente viável. “O Paraná já é o maior produtor de proteína animal do Brasil, então queremos aproveitar o potencial que já existe aqui para fomentar a cadeira de biogás e biometano. Temos potencial para sermos uma Arábia Saudita do combustível renovável”, diz. “É usar dejetos de animais para gerar energia e, com as novas isenções, facilitamos o caminho para tornar o Estado ainda mais sustentável”.

SUSTENTABILIDADE – Os esforços do Paraná em se tornar referência na produção de combustíveis sustentáveis a partir do reaproveitamento do potencial agrícola não se limita apenas à isenção do ICMS. Embora a medida assinada pelo governador estimule ainda mais o setor, o Estado já aposta na geração de energia renovável também por meio de outros programas, como o Paraná Energia Rural Renovável (RenovaPR).

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Executado pelo IDR-Paraná, ele incentiva os produtores rurais a produzir sua própria energia ou combustível. O Estado também subsidia os juros dos empréstimos usados pelos produtores para a implantação de projetos de energia renovável, por meio do Banco do Agricultor Paranaense.

Segundo levantamento do Centro Internacional de Energias Renováveis (Cibiogás), o Paraná lidera com folga o número de plantas de biogás na região Sul, com 426 unidades instaladas, 348 delas da agropecuária. Em Santa Catarina são 126 plantas e no Rio Grande do Sul 84. O Paraná foi responsável com 53% do volume de geração de biogás na região no ano passado, com 461 milhões de metros cúbicos normais. .

Fonte: Governo PR

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